Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Festa de Convívio Aniversariante do Grupo Puro Portista: Jantar do 13.º Aniversário!

 

- 26/7/2025 – Sábado em final da tarde e a entrar pela noite dentro, teve lugar a festa anual do grupo Puro Portista, a comemorar o seu 13.º aniversário. Perante sala cheia de convivas, em dia oficial dos avós, com a presença de boa representatividade do mundo dos adeptos do FC Porto, de idades diversas e a fazer saltar o espumante de aniversário com a experiência de adeptos de sempre. Tal o ambiente da Festa dos 13 Anos do grupo Puro Portista.

Então, assinalando a passagem de mais um aniversário deste grupo deveras ativo dos meios informáticos, na rede social do Facebook, perfazendo o Puro Portista 13 anos já de existência, houve um convívio, através de concorrido jantar de aniversário, reunindo muitos portistas, para quem afinal eram os devidos Parabéns – que são para todos nós, os que ao longo destes 13 anos o mantiveram ativo. Cuja festa teve também homenagens a dois icónicos antigos futebolistas do FC Porto, João Pinto e Rui Barros, na linha de anos anteriores em que sempre foram homenageados personagens portistas. E desta vez os presentes homenagearam o eterno capitão João Pinto e a formiga atómica Rui Barros. Tendo a Direção do FC Porto estado representada pela Doutora Teresa Paula Figueiras, antiga nadadora campeã do FC Porto e atual elemento da Direção liderada por André Villas-Boas. Em cuja mesa de honra ressaltava também a presença de Albertino, antigo avançado da equipa principal do FC Porto dos tempos de Stessl e Pedroto, que depois passou a ser conhecido também como pintor de fama (sendo mesmo o "Albertini" que entregou em mão o galardão de homenagem a Rui Barros, em nome da organização); mais um portista que conduziu Rui Barros, desde a Nazaré, onde a equipa do FC Porto Vintage estava a diputar a Liga Portugal Legends, de modo ao Ruizinho estar em condições de jogar no dia seguinte (como se verificou depois, e com tão bons resultados que ele acabou no domingo por levantar a taça respetiva). 

Foi uma festa bonita, bem organizada e plenamente conseguida, transformada em grande noite de fervor clubista. Personificando um acontecimento entusiasmante a refletir a esperança e fé que reina nos verdadeiros portistas, diante dos ali vividos momentos de grande Portismo.

Também ali esteve presente o autor destes apontamentos, podendo finalmente marcar presença física no próprio local. E pelo facto ficando grato ao amigo Carlos Monteiro, pelo convite e por ter feito força para que eu pudesse estar presente. Além do amigo Argemiro que contribuiu com importante e interessante boleia em boa parte do percurso. Mais a bela convivência com as boas companhias da mesa e por fim os bons amigos das conversas de reencontros. Tudo ajudando a que ali tivesse sido vivido tão efusivo momento da vivência portista, revendo amigos e conhecidos, além de poder estar bem perto de antigos ídolos, e convivendo com gente do mesmo denominador comum que é o FC Porto que une tanta e tão boa gente.

Estão de parabéns os organizadores, que levaram a bom porto esta bela realização, em que pelo segundo ano esteve presente alguém em representação do FC Porto, como foi assinalado. Pois o ano passado pela primeira vez estivera um elemento da Direção, o Comandante Francisco Araújo, e este ano esteve a Dr.ª Teresa Figueiras.

Em suma, foram bons momentos, ao longo dumas boas horas, que quaisquer palavras serão sempre poucas para descrever. Tal o que se passou no jantar da festa do 13.º aniversário do grupo Puro Portista, quão fica na retina da memória. E como melhor narrativa ficaram felizmente as ocorrências registadas em fotografias, dando razão à noção que as imagens valem por muitas palavras descritivas.


















... E o cachecol alusivo, recebido na ocasião, já está no espaço do escritório caseiro cá do autor deste blogue! 


Nota: As fotos de reportagem são do grande fotógrafo portista José Lacerda. As pessoais são de captação por telemóvel pessoal. 

Armando Pinto

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domingo, 27 de julho de 2025

FC Porto Vintage grande vencedor da Liga Portugal Legends/2025 – Trunfo Portista no campeonato de antigos craques!

O FC Porto Vintage foi o grande vencedor da terceira edição do campeonato da Liga Portugal Legends, competição que reúne antigos craques do futebol português e que este ano decorreu no Estádio do Viveiro, na Nazaré. Em resultado do triunfo sobre o Benfica por 2-1 na final, na quarta vitória consecutiva em outros tantos jogos efetuados na prova.

Após a fase de eliminatória e apurados os vencedores para a fase de grupos, na sexta-feira, disputou-se no sábado a definição dos vencedores e consequente chegada às meias-finais e final, no términus do campeonato, no domingo. Com um final feliz para o FC Porto, que ao terceiro ano de competição da mesma prova triunfou, finalmente, dando razão ao ditado que à terceira é de vez.  

Bruno Vale (g.r.), Bruno Alves, Hélder Barbosa, Bruno Moraes, Nuno Coelho e Rolando foram os seis titulares eleitos pelo treinador/jogador Bruno Alves, tendo sido reforços Ricardo Silva, Marek Cech, Paulo Assunção, Rui Barros, Tiago Cintra e Fernando Valente "Joca", que jogaram também e bem.

Enquanto os lisboetas, orientados por Bruno Basto, alinharam com Bruno Costa (g.r.), Fejsa, Carlitos, Eliseu, Sílvio e André Almeida, mais Tiago Gomes, José Soares, Mantorras, Nélson e Manuel Fernandes.

Os Dragões alcançaram um registo perfeito na prova com quatro triunfos noutros tantos jogos: na fase de grupos bateram o Vitória SC por 1-0 e o Estrela da Amadora por 3-1; depois, voltando a defrontar a equipa da Amadora, como melhor segunda classificada entre os conjuntos com a mesma pontuação secundária dos grupos, nas meias-finais a equipa do FC Porto voltou a ser superior à dos tricolores, vencendo por 6-2; e, finalmente, na grande decisão, na final os representantes do FC Porto derrotaram os rivais da Luz por 2-1, recebendo e levantando no fim a taça de campeões do torneio anual de futebol de seis, que faz regressar aos relvados velhas figuras do futebol nacional.

Assim sendo, o FC Porto foi coroado grande vencedor da terceira edição da Liga Portugal Legends, ao bater o Benfica por 2-1, este domingo 27 de julho, no jogo decisivo do torneio que juntou antigos craques do futebol nacional no relvado do Estádio do Viveiro, na Nazaré. Depois de começarem o dia com um triunfo por 6-2 frente ao Estrela da Amadora na meia-final do torneio de futebol de seis, os dragões superaram os águias (que tinham eliminado o SC Braga nos penáltis) num jogo bem disputado. Bruno Moraes foi o herói da tarde, ao assinalar os dois golos do FC Porto. Completando assim cinco golos marcados a soma deste brasileiro de 41 anos, equipado com a camisola 9 azul e branca, Bruno Morais.

Rui Barros, capitão da equipa, antigamente conhecido por formiga atómica, e Bruno Alves, jogador-treinador da equipa, levantaram o troféu que fez do FC Porto o mais recente campeão da Liga Portugal Legends, sucedendo a Sporting (2024) e Vitória SC (2023).

Entre destaques paralelos deste campeonato, o SC Braga ficou em 3.º lugar, ao bater o Estrela da Amadora por 6-3 no jogo do 3.º lugar, conquistando, assim, o último lugar do pódio. E Bruno Vale, do FC Porto, foi o melhor guarda-redes.

Armando Pinto

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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Exposição Temporária "Artur Sousa PINGA-A Última Página" no Museu do FC Porto

 

- 25/7/2025 - Abertura da Exposição Temporária "Artur Sousa PINGA-A Última Página”, sobre “Pinga”, futebolista carismático que chegou a ter atribuição de seu nome no antigo galardão máximo do FC Porto, antecessor do Dragão de Ouro, o Troféu Pinga. 

Exposição temporária para decorrer de 25 de julho até 31 de dezembro, no Museu do FC Porto, marcando o início das comemorações dos 80 anos do término da carreira do icónico futebolista madeirense, que representou o FC Porto de dezembro de 1930 a julho de 1946. Cuja mostra destaca a influência e a presença de Artur de Sousa na história do Clube, além de reforçar a importância deste notável atleta no panorama do desporto português.

= Utilizando uma ficha de atleta única, conservada no arquivo histórico do Museu do FC Porto, o evento decorre na área temática de exposição permanente “Grandes Notícias”, embora no caso temporariamente apenas, para permitir, até ao final do ano, uma análise do percurso de Artur Pinga, desde a sua chegada ao Clube até ao simbólico momento de pendurar as chuteiras. A exposição reúne jogos memoráveis, golos notáveis, títulos e várias curiosidades, sob um visual apelativo sobre a carreira deste aclamado génio do futebol que vestiu a camisola do FC Porto.

ARMANDO PINTO

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quarta-feira, 23 de julho de 2025

De vez em quando… Efeméride do dia: chegada de BRAHIMI ao FC Porto, em 2014!

A 23 de julho de 2014 Yacine Brahimi foi oficializado como jogador do FC Porto. Futebolista que, depois que se conseguiu mostrar ao mundo portista, passou a ser visto como detentor duma qualidade técnica que fazia recordar o compatriota Rabah Madjer, o célebre autor do golo de calcanhar de Viena e por muitos considerado o melhor futebolista africano do século XX.

Ora, Brahimi, que teve no dorso a camisola 8 com as listas azuis e brancas, era jogador brilhante em Portugal e na Europa, como foi durante cinco temporadas, com momentos altos perpetuados na sua grande estreia na Liga dos Campeões e os 54 golos marcados em 215 jogos enquanto jogador do FC Porto.

Futebolista Argelino (nascido em França, mas de origem e nacionalidade argelina), tinha vindo do Granada para o FC Porto em 2014. Ganhou ao serviço do FC Porto o Campeonato da Liga Portuguesa de 2017/18 e a Supertaça de 2018, tendo-se destacado nessa época de 2017/2018 quando venceu o prémio de melhor Avançado Esquerdo do Site GoalPoint. Além de ter sido um dos exemplos da perseguição dos árbitros portugueses ao FC Porto, como foi o caso de ter sido expulso por certo árbitro que depois disse que não tinha percebido o que ele falara em francês…!

Enquanto jogou no FC Porto fez: em 2014/15 - 42 jogos, 13 golos, 7 assistências; em 2015/16 – 44 jogos, 9 golos, 5 assistências; em 2016/17 – 31 jogos, 7 golos, 4 assistências; em 2017/18 49 jogos, 12 golos, 11 assistências; e em 2018/19 – 49 jogos, 13 golos e 7 assistências.

Em julho de 2019 Yacine Brahimi deixou o FC Porto, após o término do seu contrato, sem renovar com o clube. Saindo a custo zero. Brahimi afirmou que sentiu necessidade de mudar e encontrar algo novo na sua carreira e vida pessoal, escolhendo o Qatar como destino imediato.

Armando Pinto

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sexta-feira, 18 de julho de 2025

Falecimento de Florência (1938 – 2025): Uma Portista que foi conhecida cantora!

Na noção pessoal que as mulheres mais bonitas são as que gostam de nós e do que mais gostamos, pode juntar-se ao caso as que são portistas. E entre essas naturalmente há apreço pelas conhecidas, ditas famosas, que quando se sabe serem portistas ganham mais simpatia pessoal. Não há como dar a volta, é a verdade. Assim como minha mãe nem ligava praticamente nada ao desporto mas gostava que o Porto ganhasse, por saber que era o que eu queria… bem como minha avozinha Júlia (que ficou paralítica por “ataque” sofrido quando me tinha a seu colo, tinha eu ainda poucos meses) e depois de sua cama me embalou puxando meu berço e com ela cresci a ouvir contar-me histórias, ela até sabia a que horas eu queria ouvir os relatos do Porto no rádio da sua mesinha de cabeceira… tal como a minha esposa antes nem dava grande atenção mas passou depois a dar… e minha filha sempre se sentiu ligada ao que eu gostava e gosto. Também assim quando eu sei que alguma das mulheres são portistas passo a ser mais fã delas em seu mister, mais no que as tornou famosas. Tal o caso, desde há muitos anos, de uma cantora de linda voz, que sempre gostei de ouvir cantar e mais apreciava ainda por ser portista – a cantora Florência.

Ora, faleceu hoje essa mesma Florência. Cançonetista de música ligeira, de voz timbrada. Que eu só conhecia de a ouvir cantar em discos e pelo som de rádio e televisão, mas qua gostava de ouvir e ver, achando-a bonita de voz também. Linda mulher nascida em 1938 e falecida agora em 2025, neste dia 18 de julho. Lembrando-me de ela ser uma das vozes nortenhas que davam vida a poemas de grandes autores de letras de canções, cá do Norte também, como o famoso José Guimarães (irmão de um colaborador do jornal O Porto, Alberto Guimarães).

Sobre ela, a Florência de voz alegre,  lê-se num belo texto que circula na internet:

«Partiu Florência, uma das vozes mais singulares da música portuguesa, que atravessou décadas com a mesma entrega com que começou a cantar aos 13 anos. Da voz clara que deu vida à “Moda da Amora Negra”, “João do Mar”, “São João Rapioqueiro”, “Não Me Chames Amor” ou a inesquecível "Rosa Branca", Florência foi presença viva nos palcos, na rádio, na televisão e no coração de quem a ouviu.

Filha do Norte, cedo partiu para o Brasil, onde brilhou na rádio e na televisão. De regresso a Portugal, encheu de alma os palcos dos casinos de Estoril, Espinho e Póvoa, somou êxitos discográficos, conquistou prémios e emocionou plateias em festivais nacionais e internacionais. Com o marido, Domingos Parker, criou o Rádio Clube de Matosinhos. Amada no palco da revista e admirada nas comunidades portuguesas além-fronteiras, Florência deixou gravado um legado notável: mais de 60 discos, inúmeros espetáculos, e a certeza de que se pode cantar o país com autenticidade. Vivia, desde 2023, na Casa do Artista, onde continuava a ser acarinhada por colegas, familiares e amigos.

Hoje, calou-se a voz, mas permanece a memória viva de uma mulher que cantou com uma emoção irrepetível, que foi timbre de uma época, rosto de uma força tranquila e presença que ficará para sempre na banda sonora de várias gerações.»

Sobre ela e seu percurso, vem agora a propósito evocar sua carreira através duma entrevista publicada em 1979 na revista Desportiva “Chuto”, quando juntava a seu palmarés das canções também a entrada no mundo do teatro de revista. Percebendo-se bem o porquê dessa entrevista ser integrada numa revista desportiva, lendo até ao fim a mesma reportagem.

Descanse em paz, Florência!

Armando Pinto

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Efeméride da inauguração do antigo Pavilhão Gimnodesportivo das Antas (Mais tarde rebatizado "Américo Sá")

 

A 14 de julho de 1973 ocorreu a solene inauguração do Pavilhão Gimnodesportivo das Antas, após longa e entusiasta campanha que possibilitou a sua edificação. 

Então, em 1973 foi concluído o célebre Pavilhão Gimnodesportivo das Antas, mais tarde rebatizado com o nome Américo Sá (na atribuição do nome do Presidente da Direção do tempo da sua concretização). Mas a campanha para a sua construção começou muito antes, para cujo fim houve uma autêntica campanha de angariação necessária de receitas, com muitas contribuições e realizações que foram surgindo. Entre as quais também houve alguma contribuição pessoal, aqui do autor destas lembranças. Tendo então havido diversos apelos no jornal O Porto (muito tempo antes de eu passar a ser ali colaborador, entenda-se), através de cujas páginas iam sendo dados passos em 1972 para esse desiderato. De modo que, por ser leitor assíduo do mesmo jornal do clube, foi por meio do mesmo que enviei a minha contribuição possível. Da qual, depois, foi publicado n’ O Porto uma chamada de atenção para o facto, por via de crónica do articulista ligado à história clubista no jornal, por esse tempo, Custódio Castro. Caso que, a propósito da efeméride em apreço recordo aqui e agora, avivando memórias do caso do pavilhão antigo, recorrendo a recorte do que foi publicado n’ O Porto, em agosto de 1972.

Depois disso, havendo entretanto sido lançada uma iniciativa dum sorteio monumental a reverter para o mesmo fim, da construção do pavilhão de jogos do F C Porto, e na sequência da ligação ao caso me enviaram uma caderneta de bilhetes para eu vender, ainda contribui com mais isso e inclusive com um bilhete que fiquei para mim, depois de ter vendido todos os outros. Ficando desse a recordação própria, que guardo, com a minha marca, na frente (rubrica de assinatura) da época. Como aqui se mostra, de ambos os lados.

Passado esse tempo e chegado então o verão de 1973, foi a 14 de julho inaugurado o pavilhão. De cuja fase ficou a constar um livro, que só consegui obter passados anos, mas desde então guardo na minha biblioteca portista.

Avivando essa ocorrência deveras importante na Vida do FC Porto desses anos 70 do século XX, relembre-se mais sobre o mesmo tema através de anteriores publicações  como já foi rememorado anteriormente neste blogue e se pode recordar (clicando) em

https://memoriaporto.blogspot.com/2021/07/efemeerde-da-inauguracao-do.html

Armando Pinto

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sexta-feira, 11 de julho de 2025

A propósito do Dia 1 da nova época do futebol do FC Porto

  

Começa hoje mais uma temporada futebolística, com o início dos trabalhos de preparação para a época de 2025/26. Sendo assim internamente a apresentação da equipa, entre os elementos do plantel, responsáveis e Direção. Neste que é então o Dia Um do futebol do FC Porto, no presente e para o futuro. Naturalmente ainda com a equipa em fase inicial, podendo haver mais reforços e outras mexidas. Sendo também este um dia que faz lembrar as apresentações de outrora, em tempo que a apresentação da equipa do FC Porto, no início de cada nova época, era feita com chegada de todos às Antas, quer dos jogadores como dos responsáveis, diante da multidão assistente que se aglomerava a matar saudades e a inteirar-se de novidades. Sendo agora obviamente diferente, ocorrendo o início dos trabalhos no Centro de Treinos do Olival, desde há largos anos já, e posteriormente a apresentação pública ocorre mais tarde, já com o plantel em bom andamento, no também já tradicional jogo de apresentação.

O tema, contudo, dá para recordar uma das vezes em que aqui o autor destas linhas também se deslocou propositadamente ao Porto para, em pleno estádio das Antas, assistir então a uma das apresentações que ficaram na memória. No caso, voltando a uma das vezes de um ano desse outro tempo, à época da apresentação de julho de 1996  como ficou, além da memória, também uma fotografia de recordação.


Armando Pinto
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terça-feira, 8 de julho de 2025

A propósito da efeméride da chegada ao FC Porto do treinador Kalmar: Uma recordação de tempos idos...

 

Tendo com a morte de Gyorgy (Jorge) Orth, em 1961/62, ficado Reboredo interinamente no comando da equipa, seguiu-se-lhe no início da época seguinte Jeno (Eugénio) Kalmar... também referido por Janos,  em 1962, para a época de 1962/63.

Em 1962, corria o mês de julho nos seus inícios, chegava ao Porto a 8 de julho um novo treinador, de nome Kalmar. Então, pouco mais de meio ano após a morte inesperada de Gyorgy Orth, o FC Porto contratou um novo treinador magiar. Antes de chegar à Invicta, Janos Kalmár já tinha sido quatro vezes campeão húngaro e passado pela Liga Espanhola, ao serviço do Sevilha e do Granada. No banco azul e branco conduziu os portistas a uma das melhores temporadas do longo jejum de 19 anos, mas um arranque tremido na época seguinte viria a ditar a sua substituição por Otto Glória, que também não teve resultados importantes (sendo esses tempos federativos do sistema BSB, havendo o mesmo brasileiro Otto tido sucesso antes e depois nos clubes de Lisboa). Assim, vem a calhar, na lembrança de Kalmar, algo recordatório, que apraz evocar.


Desse período em que Kalmar esteve à frente da equipa portista, o novo treinador acompanhou a evolução do caso da concretização do mausoleu para definitiva sepultura de Jorge Orth, no Porto. Tendo ele e sua esposa sido amigos e companheiros da viúva D. Ana Orth. 


E, na arquência desse período, vem a toque de caixa da recordação uma lembrança memoranda...

~~~ *** ~~~

Corria quente o início de verão de 1963. O tempo de aulas da primária findara por alguns meses e havia começado a fase das férias grandes dessa temporada estival. Começando o bom tempo de brincadeiras entre amigos durante todo o santo dia, que eram todos, decorrendo despreocupadamente tudo sem se dar pelas horas. E num desses dias, sabendo um dos amigalhaços que aqui o autor destas lembranças fazia anos… ofereceu-me um pedaço de jornal com a equipa do FC Porto, em foto recortada dum jornal que lhe havia chegado às mãos. Pois, sabendo ele como eu apreciava e guardava essas coisas, teve a preocupação e atenção de me vir dar. Algo que muito gostei de receber e guardei com muita estima, mantendo comigo anos a fio. Contudo, apesar de ter conseguido manter muitas das preciosidades que fui juntando, esse bocado de jornal por algum motivo extraviou-se anos depois. E com que pena verifiquei essa perda, por desaparecimento, quando me apercebi, por entre alguns objetos que se perderam com as diversas alterações do decorrer dos anos, ao longo da vida.  

Ora, há tempos um amigo emprestou-me por algum tempo uma coleção de alguns jornais O Porto, dos primeiros anos da década de 60. E com surpresa, numa bela e agradável surpresa, apareceu-me diante dos olhos, numa das páginas d’ O Porto de 1963, essa gravura. Tratando-se do plantel do FC Porto desse tempo, com os meus primeiros ídolos, o guarda-redes principal grande Américo, o Pinto (Custódio Pinto), o Hernâni, o Azumir, Arcanjo, Carlos Duarte, Virgílio, Perdigão. Estando na equipa também o Serafim que tantas esperanças dava (antes de ter sido vendido pelo presidente Nascimento Cordeiro ao Benfica…) Enquanto estavam a aparecer novos valores como Festa, Nóbrega, Joaquim Jorge, Almeida, Atraca, etc.

Pois então, nesse ano em que eu fizera 9 anos, esses eram os jogadores do plantel do futebol portista. Agora, como nunca mais esqueci aquilo, por quanto adorei a oferta e gostei de ter guardado essa autêntica relíquia de estimação, recordo o facto – na calha  da passagem desse aniversário, em que perfaz já uma boa conta de anos tal ocorrência. Tendo tido novamente diante dos olhos a mesma imagem, desta vez em página de jornal emprestado, mas que já nem tenho comigo, apenas guardei a imagem digitalizada. A foto que aqui publico, em atenção a toda a mesma envolvência.

LegendaPlantel do FC Porto da época de 1962/1963, numa pose de conjunto ao final da mesma época: Em baixo e da esquerda para a direita – Virgílio, Vasconcelos, Festa, Pinto, Carlos Duarte, Mesquita, Carlos Baptista, Atraca e Perdigão; em cima e pela mesma ordem - Rui, Jorge Gomes, Serafim, Azumir, Joaquim Jorge, Almeida, Arcanjo, Paula, Hernâni, Nóbrega e Américo.

Armando Pinto

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