O título poderá nem ser tão assertivo como a certeza que é,
pois no F C Porto sempre se quer ganhar tudo, o que no caso do futebol quer
dizer todos os jogos, evidentemente (já que se for em ciclismo é corridas,
etapas, voltas, prémios, camisolas, individual e coletivamente; se for em natação
é provas de distâncias, individualmente ou de estafetas, etc. etc.). Contudo o âmago da questão está consubstanciado também em cima, que o F C Porto está sempre acima de tudo.
Ora, está para acontecer mais um duelo entre o F C Porto e o
Sporting de Lisboa em futebol e para o Campeonato da Liga Portuguesa. Desta vez
com um cenário que é bem conhecido do mundo desportivo português, pela
diferença existente nas posições classificativas, pontuações, etc. e tal.
Quadro que a comunicação social se tem esforçado por descrever e pintar a seu gosto
e na opinião pública não faltam comentários conforme as preferências. Contudo,
como o F C Porto é grandioso, naturalmente que só haverá no pensamento portista
o desejo de vitória. Pouco importando o resto, sabendo-se que caso a vitória sorria
para o F C Porto, ou mesmo em caso de empate, o Sporting perde pontos que
alargam a distância para o primeiro lugar (contando que o Benfica vença o seu
jogo, algo que não espanta tal o “colinho” que tem tido ao longo de toda a
época das arbitragens, através dos poderes de decisão do futebol luso). Apenas e tão só que o F C Porto é um caso à parte,
não tem nada a ver com santas alianças como os de Lisboa fizeram por sua vez
noutras ocasiões. E, sinceramente, entre um e outro, entre vermelhos e verdes,
é tudo o mesmo, adversários a quem o F C Porto sempre quer ganhar. Entre
Benfica e Sporting venha o diabo e escolha. O melhor é quando perdem os dois. A
ter de ser um só, eles que se entendam…
Este pensamento não tem nada a ver com o Sporting ter
cortado relações com o F C Porto na presidência de Bruno de Carvalho, nem com o
Benfica do Vieira dos pneus ter propagandeado a edição do tal livro escrito por
interpostas pessoas que deu para o caso do falso apito andar pelos trilhos judiciais e acabar
por mostrar que era mentira de manha grosseira. Tal qual as tentativas de
afastar o FC Porto das competições europeias foi sintomático e a realidade tem
mostrado como os que eram desse saco estão aos poucos a mostrar a face aos
quadrados. Isso tudo e mais, se é que há algo para além da morte, pode ser que
venha ainda a ser pago noutro mundo, pois bem se vê que neste nem os que
fizeram a crise monetária e social …
Assim sendo, como quem é portista só quer a vitória do F C
Porto, outra coisa não será de esperar, dentro da legalidade do jogo. A não ser
que no campo se não consiga, mas tem de se tentar!
Este caso, do F C Porto não depender do jogo (estando com
lugar já definido, que não pode já melhorar, tal qual afastado de melhor lugar
com tudo o que se passou) e eventualmente agora poder ter interferência no
desfecho do futuro vencedor do campeonato, faz lembrar um outro caso, conforme está
na lembrança do autor destas anotações. Pode até ter havido mais, mas pelo
menos um vem ao pensamento, com algumas diferenças mas em pé de igualdade na
generalidade. Conforme aconteceu em 1971, dentro da época de 1970/71.
Assoma na retina da memória esse jogo, decorrido na primavera
de 1971. Entrara então Abril no calendário e o F C Porto vira-se afastado da
luta pelo 1º lugar do campeonato num jogo disputado no Barreiro, onde, entre
diversas decisões prejudiciais ao F C Porto, foi expulso o goleador que nessa
época marcara seis golos em dois jogos ao Benfica (Lemos, que assim ficou
afastado da disputa do prémio de melhor goleador do campeonato, visto ter sido
castigado com 4 jogos, até ao fim da prova) Chegando, na semana seguinte, o
Porto-Sporting dessa época, com o F C Porto praticamente afastado da hipótese
de ser campeão, enquanto Benfica e Sporting estavam igualados no topo. Após na
jornada anterior o F C Porto haver perdido na Cuf e ter ficado com menos 3
pontos (o que correspondia a uma vitória e um empate de diferença, tais eram os
pontos atribuídos à época), quando o campeonato estava a três jornadas do fim e
os dois adversários diretos se acotovelavam igualados no 1º lugar. Tanto que,
fosse qual fosse o resultado, e contando que o Benfica teria a vitória no seu
jogo do mesmo dia, como clube sempre protegido do sistema nacional, então pouco
restava, a bem dizer. Pois, pese tudo isso, o F C Porto arregaçou as mangas e
lutou.
Estava-se no Domingo 4 de Abril de 1971. Com o estádio das
Antas cheio, o F C Porto entrou em campo disposto a honrar a camisola. E
venceu. Por 2-1, mas até podiam ter sido mais, tal a toada avassaladora que o F
C Porto imprimiu, sem dar veleidades ao adversário, desde uma segura atuação do
guarda-redes Armando Silva, que deu confiança aos companheiros, até ter
resultado numa tarde de futebol bem conseguida por todos os restantes elementos
dos diversos setores.
Para a história, nesse jogo da jornada 24 do campeonato nacional de 1970/71,
o F C Porto alinhou com:
Armando, Gualter, Manhiça, Rolando, Valdemar, Pavão, Custódio Pinto, Bené, Abel, Joaquinzinho e Nóbrega; tendo ainda entrado depois Manuel Duarte e Ricardo.
Enquanto pelo Sporting jogaram Damas, José Carlos, Hilário, Caló, Peres, Tomé, Nélson, Marinho, Chico Faria, Lourenço e Dinis; mais os suplentes Pedro Gomes e Manaca.
Ao final do prélio assinalava o marcador dois golos para o F C Porto, saídos dos pés e cabeça de Abel e Joaquinzinho, aos 41 e 75 minutos, respetivamente. Resultado que foi encurtado quase no fim, com um golo de Dinis aos 82 minutos. Dando razão a tão brilhante vitória portista
Então o F C Porto e o Sporting tinham os seus equipamentos genuínos, quer o F C Porto com a linda imagem da nossa camisola das duas listas azuis salientes e o Sporting com calções pretos a dar outro impacto às camisolas listadas de verde, tal qual no emblema o Sporting ostentava o distintivo antigamente seleto e no do F. C. do Porto não havia fogo a sair do emblemático dragão.
o F C Porto alinhou com:
Armando, Gualter, Manhiça, Rolando, Valdemar, Pavão, Custódio Pinto, Bené, Abel, Joaquinzinho e Nóbrega; tendo ainda entrado depois Manuel Duarte e Ricardo.
Enquanto pelo Sporting jogaram Damas, José Carlos, Hilário, Caló, Peres, Tomé, Nélson, Marinho, Chico Faria, Lourenço e Dinis; mais os suplentes Pedro Gomes e Manaca.
Ao final do prélio assinalava o marcador dois golos para o F C Porto, saídos dos pés e cabeça de Abel e Joaquinzinho, aos 41 e 75 minutos, respetivamente. Resultado que foi encurtado quase no fim, com um golo de Dinis aos 82 minutos. Dando razão a tão brilhante vitória portista
Então o F C Porto e o Sporting tinham os seus equipamentos genuínos, quer o F C Porto com a linda imagem da nossa camisola das duas listas azuis salientes e o Sporting com calções pretos a dar outro impacto às camisolas listadas de verde, tal qual no emblema o Sporting ostentava o distintivo antigamente seleto e no do F. C. do Porto não havia fogo a sair do emblemático dragão.
Desse jogo, além das recordações, ficam ao longo do artigo algumas imagens como
ilustração. Memorizando alguns momentos de registo, contando com o inicial aperto de mão entre capitães, com Rolando ostentanto a braçadeira do F C Porto, mais jogadas de ataque protagonizadas pelos nossos goleadores de serviço nesse jogo, Abel e Joaquinzinho.
Armando Pinto
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