Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Memória viva de Sá Pereira – antigo futebolista do FC Porto Campeão de 1956 !

  

Aqui há tempos, mais precisamente em 2020, havíamos feito neste espaço pessoal de Memória Portista um artigo a proporcionar uma justa lembrança sobre Sá Pereira, um dos antigos futebolistas Campeões do FC Porto de 1955/1956 e da “Dobradinha" da mesma época, tendo também sido o FC Porto então vencedor da Taça de Portugal da mesma temporada. Estava ele, Henrique Sá Pereira, então já na casa avançada dos oitentas de idade, sendo um dos sobreviventes desse Título Nacional e da Taça de tal era deveras longínqua mas sempre muito lembrada.

Ora, como felizmente o “Sá Pereira do Porto” ainda continua a resistir ao tempo, agora já com 89 anos, será propício voltar a puxar o fio da memória sobre o mesmo, sendo ele um dos resistentes da Portista Geração Dourada dos anos 50 (apenas acompanhado atualmente por Américo Lopes, o célebre antigo guarda-redes Américo, esse Campeão Nacional de 1958/59 e vencedor da Taça de Portugal de 1967/1968, agora com 91 anos feitos há meses). Estando Sá Pereira naturalmente sob efeitos dos muitos e bons anos vividos, algo esquecido mas vivo. No dizer de pessoa amiga, uma sua prima, que o fez sorrir ao mencionar a palavra PORTO: «apesar da idade, ele mantém aquele "charme" de atleta». Cujo testemunho (transmitido gentilmente ao autor), depois da pose fotográfica de registo presencial, será referenciado em justificado epílogo… Estando o nosso Sá Pereira num Lar (de Idosos, como se diz), mas presente no sentimento de quem sente o FC Porto de sempre, no sentido que «temos de estar sempre ligados ao presente e ao passado... Caso contrário, apenas vegetamos sem alimentar a mente.»

= Dr.ª Emília Sá Pereira Vasconcelos e seu primo Henrique Sá Pereira !

- …Eu com o meu primo Henrique Sá Pereira! Está muito esquecido. Mencionei a palavra Porto e, apenas, sorriu. Está num Lar, mas muito confortável.»)

Assim sendo calha reforçar a lembrança de Sá Pereira, que está bem vivo. Agora aqui recordado com o apreço devido aos craques que souberam vestir a camisola sagrada do FC Porto.

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Lembremos Sá Pereira, futebolista que jogou pelo FC Porto na década dos anos 50, tendo sido Campeão Nacional de juniores e seniores, no FC Porto. 

Henrique de Sá Pereira, de seu nome completo, nasceu em Matosinhos a 7 de abril de 1934. Sendo oriundo de família matosinhense ligada às conservas, indústria que foi de dedicação de seu núcleo familiar “Chalão”, como eram tradicionalmente conhecidos os seus membros. Tendo ele, no entanto, se dedicado mais ao desporto, primeiro como jogador de andebol no Leixões e depois futebol, seu desporto favorito, no Futebol Clube do Porto, clube de seu coração também.

Quando ingressou no FC Porto, em 1951, ainda encontrou nos juniores o guarda-redes Américo, entre outros valores, além dos que se manteriam com ele mais algum tempo.

= Sá Pereira na equipa de Juniores do FC Porto Campeões Regionais de 1952/53. Em cima, a partir da esquerda – Tavares, Baltazar, Sá Pereira, José Oliveira, Hermínio e Gonçalves; em baixo – Freitas, António Morais, Avelino, Valdemar e Óscar.

Ingressou então no FC Porto em 1951, «tendo-se vindo oferecer ao clube porque este era efetivamente o da sua simpatia» (como ficou registado n’ O Porto Magazine de 16 de junho de 1953, em peça dedicada aos Campeões Nacionais de juniores dessa época). Temporada em que a equipa de valores crescentes, em que sobressaía Sá Pereira, junto com outros valores como os irmãos Ângelo e Albano Sarmento, Óscar Silva, António Morais, Ferreirinha, Rezende, Avelino, etc. foram primeiro Campeões Regionais e depois Nacionais.

= Equipa júnior do FC Porto de 1952/53 a receber justa ovação do público das Antas, após a conquista do título do Campeonato Distrital, indo então disputar a fase do Nacional (em que chegariam à final, que venceram por fim).

Sá Pereira foi então um dos heróis desse primeiro título nacional do FC Porto na categoria de juniores, vencendo na final o Belenenses por 2-0 – a que se referem as imagens desse título, aqui colocadas pela devida importância desse feito (em poses de antes e depois do jogo, tendo no final já a taça do Campeonato Nacional de Juniores).

Essa geração teve tão bons exemplares que do plantel júnior subiram depois aos seniores oito jovens promessas (conforme a ordem da foto seguinte): Manuel Gonçalves (guarda-redes), Valdemar, Freitas, Avelino, Vítor Martins (guarda-redes), Ângelo Sarmento, Sá Pereira e José Oliveira. Assim como depois se seguiriam outros (tanto que Morais já fez parte do plantel campeão de 1958/59 e Ferreirinha integrou o plantel de 1959/60. Até seguirem por outros clubes, mais tarde).

Era ao tempo Henrique de Sá Pereira um jovem estudante com 19 anos, ascendendo portanto na época seguinte aos seniores. E na categoria superior incluiu o plantel principal, embora jogando mais pela equipa de Reservas (como era chamada a Equipa B), contudo sempre pronto a entrar no lote principal, do qual aliás fazia parte em jogos festivos e de caráter particular. Como aconteceu na visita duma equipa representativa do FC Porto a Felgueiras, por exemplo, no âmbito da campanha de jogos com fins a reverter para o pagamento do estádio das Antas – a que se refere a imagem da receção à embaixada portista na terra do pão de ló.

= Em Felgueiras, com o grande portista Adriano Sampaio Castro a cicerone, vê-se Barrigana como figura principal da equipa a ser rececionada nos Paços do Concelho, estando atrás Monteiro da Costa, Correia e Sá Pereira (ao lado do senhor de chapéu) e de um lado e de outro dois representantes do FC Porto, o diretor Carlos Nunes e o médico Dr. Sousa Nunes.  Imagem constante do livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", do autor destas linhas também e publicado em 1997 com o patrocínio do jornal Semanário de Felgueiras.

Uma equipa de Reservas de luxo do FC Porto, a meio dos anos 50: a partir da esquerda para a direita, em cima – Acúrcio, Gonçalves, Sá Pereira, Sarmento II, Albasini e José Oliveira; em baixo -  Hassane Aly, Eleutério, Noé, Quim e Zé Maria Matos. ´

= Sá Pereira (6º a contar da direita) no plantel de 1955/1956

Então, como médio, mas que também era defesa quando necessário, esteve nos seniores do FC Porto entre 1954/55 a 1957/58, tendo Sá Pereira sua estreia na equipa principal a 26 de Fevereiro de 1956, alinhando a defesa, em jogo no estádio das Antas diante do Braga, com vitória portista por 4-0, à 20.ª Jornada do Campeonato Nacional dessa época em que, também, foi Campeão Nacional e vencedor da Taça de Portugal em 1955/56, com o treinador Yustrich.

Como por esses tempos o FC Porto tinha um plantel muito bom, recheado de grandes valores, Sá Pereira foi depois jogar para o Leixões e de seguida para o Feirense, onde ainda jogou uma época.

= Sá Pereira (à direita da foto), junto com  Assane Aly, Jaburu e Albasini, seus colegas de equipa no FC Porto.

Sá Pereira, volvidos anos, teve a grata possibilidade de ter estado presente em homenagem prestada a Yustrich em 1987, no Porto. Tendo, ainda no entusiasmo desse ano da conquista da Europa pelo FC Porto, a Direção do FC Porto proporcionado uma vinda do polémico treinador para uma homenagem que lhe foi prestada no estádio das Antas e depois num encontro com alguns dos jogadores do seu tempo de treinador do FC Porto. Havendo sido essa uma ocasião em que quem conhecia de fisionomia ou apenas de nomes pôde ver e rever as caras dos jogadores portistas da geração dourada dos anos 50. Também, eles então, em outubro de 1987, ainda na casa dos cinquentas e tal anos de suas vidas. 

Sempre foi Sá Pereira uma figura de respeito,  muito bem vestido e de porte educado, como o descreveu um dia aqui, em 2020, ao autor destas linhas a sua prima (D. Emília Sá Pereira Vasconcelos), senhora minha amiga que foi professora em terras de Felgueiras, onde acompanha muito tudo o que for atividade cultural e com quem tenho boa amizade derivada de sua grande bagagem social.

Descrevia ela assim o seu «primo Henrique de Sá Pereira: Foi um jogador do Futebol Clube do Porto. Deixou as pescas, os mestres, as traineiras e a indústria das conservas de peixe que foi empenho da família. Pessoa com uma presença impecável, como se fosse sempre representar a seleção do clube... Continuando com seu charme.»

= Instantâneo de um momento de camaradagem, entre futebolistas do FC Porto, Campeões de 1956. Sá Pereira está ao fundo, no início da sequência legendada. 

Agora em 2023, a mesma sua afeiçoada prima e amiga que muito prezo, acrescenta: «-…O meu primo Henrique Sá Pereira! Está muito esquecido. Mencionei a palavra Porto e, apenas, sorriu. Está num Lar, mas muito confortável (no Lar de Santana, em Matosinhos)Fui recebida na capela do Lar. Não está no Lar da Casa dos Pescadores que o avô dele criou. "Snobismos”. Mas eu tenho muito orgulho na minha família de pescadores, mestres de traineiras, empreendedores, amigos de colaborar com os que precisavam, em obras sociais e de cultura. Que Deus ajude o meu primo Henrique. Apesar da idade, ele mantém aquele "charme" de atleta. Os lares....não chega cuidar dos cuidados básicos...Temos de estar sempre ligados ao presente e ao passado....caso contrário, apenas vegetamos sem alimentar a mente. Dá que pensar.»

E assim também nós o recordamos, bem presente, como nome que nos habituamos a admirar, por o vermos em fotos com a camisola do Futebol Clube do Porto bem vestida. 

Sá Pereira faz parte do imaginário do universo portista! 

Muitos anos de vida, senhor Henrique de Sá Pereira. A saber que  continua a ser recordado como jogador de futebol Campeão do FC Porto!!!

Armando Pinto

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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

De vez em quando... Uma Foto interessante!

Adriano Quintanilha é uma figura conhecida também no universo portista, além naturalmente do seu círculo de muitos conhecimentos sociais e desportivos. Tendo ficado entre figuras gradas do FC Porto pela parceria da equipa de ciclismo W52-FC Porto que tantas alegrias proporcionou ao mundo Portista. Equipa que foi demasiado atacada pelos adversários, para por fim terem conseguido extingui-la com uma inventona urdida, de cujos contornos um dia acabará a verdade por vir acima, embora já tarde, como se sabe. Mas como sinal que Quintanilha continua a merecer muito respeito e admiração, aqui fica uma foto, captada pelo "Fotos da Curva" e que circula no Facebook, pelo menos. Que, como tal, logo que a vi me chamou a atenção e gostei de ver, obviamente. Reportando a instantâneo colhido fotograficamente no dia do jogo Moreirense-FC Porto, estando Adriano Quintanilha no camarote de honra, com sua boa disposição. Que melhor ficaria depois, no fim, com a vitória do FC Porto. Ali com ele também presente. Enquanto, sem sua presença, o ciclismo português corre em fraca figura ao longe, como se verifica pelo desinteresse público que está a ter a Volta a Portugal... 



Armando Pinto

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Efeméride: A inesquecível Supertaça Nacional do "Grito de Revolta" em 2010

 

A 7 de agosto de 2010 o FC Porto venceu a Supertaça Nacional de início da época de 2010/2011, a Supertaça que ficou conhecida por “Grito de Revolta”. Disputada entre os clubes vencedores do Campeonato da 1.ª Liga e da Taça de Portugal da época anterior, Benfica e FC Porto, respetivamente. Estando o FC Porto ferido pelo que se passara no Campeonato e todos os portistas ainda sentidos por tudo aquilo da emboscada preconcebida do túnel da Luz e castigos inventados...

Então esse jogo da disputa da Supertaça foi um dos momentos que mais vivi (senti) no sentido de desforra e imensa alegria. Ficando fã de André Villas-Boas, quão para sempre gravado ficou cá na retina da memória seu sorriso de vitória. Mais o esplendor daqueles jogadores em equipa a jogarem à Porto, como mais gostei.

O FC Porto vinha de uma época de campeonato perdido, e, nesse início de nova época, com novo treinador à frente do plantel portista, mal comecei a ver o jogo vi logo a equipa a jogar de outra forma e fiquei entusiasmado com a nova dinâmica da equipa. Então, apesar de me ter enervado muito por ver os vermelhos a darem pancada a torto e a eito com a complacência do árbitro, passei um dos meus momentos mais vitalmente pessoais, pois após o segundo golo ganhei nova vida cá no coração... Foi mesmo um jogo inesquecível. Só comparado com o do minuto 92, depois.

Disso ficou tanta coisa bem gravada no íntimo dos sentidos. E tanto também guardado, entre jornais, livros, revistas e posters. Ficando aqui algo em imagens, para sempre recordar o início dessa que foi uma das melhores épocas e a mais vitoriosa de sempre do futebol do FC Porto.

- Jornais - Supertaça - 2010:


- Desdobrável, com super poster do treinador da mudança, referente ao início da época e vitória na Supertaça vencida sobre o Benfica, como grito de revolta e afirmação... Edição O Jogo (agosto de 2010):


- "Revista Super Dragões" - SETEMBRO 2010:


Armando Pinto

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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Lembrando: Ligação do FC Porto ao futebol argentino em imagens soltas – a propósito do Papa Francisco adepto de futebol…

Com a vinda do Papa a Portugal para a Jornada Mundial da Juventude de 2023 agora na ordem do dia, neste início de agosto, vários motivos relacionados vêm acima das atenções e lembranças. Sendo o Papa Francisco natural da Argentina e mais ainda um fervoroso adepto dum clube desportivo argentino, nesse puxar de temas vem à ideia também o futebol. E por extensão particular a ligação do FC Porto com a Argentina. Além de por cá já terem sido vários e bons os jogadores argentinos que vestiram a camisola do FC Porto em futebol e até no hóquei em patins, também há memórias interessantes de jogos com equipas argentinas.

Nesse prisma, a mais antiga memória é do famoso encontro com o San Lorenzo de Almagro, em 1947. Tendo no final de 1946 até aos inícios de 1947 esse clube, aportuguesadamente conhecido por São Lourenço de Almagro, efetuado uma célebre digressão à Península Ibérica após a conquista do título de Campeão da Argentina nessa época; e, em tal périplo, rumou a Portugal já em 1947. Nesse tempo em que não havia ainda provas oficiais de âmbito internacional, circunscrevendo-se tais encontros particulares como espetáculos de cartaz proporcionadores de experiências além-fronteiras. Começando aí o San Lorenzo seu passeio por Portugal no Porto, cuja receção se revestiu festivamente pela fama com que o campeão do país das pampas vinha aureolado. Numa notoriedade verdadeira, de tal forma que o FC Porto, que tinha tradição de bater o pé a clubes estrangeiros de nomeada, saiu copiosamente derrotado por 9-4, nesse jogo disputado no estádio do Lima a 31 de janeiro de 1947. Facto que causou parangonas mas seguidamente teve maior repercussão... Quão seguidamente, tendo a mesma equipa argentina ido jogar a Lisboa, para o segundo encontro em solo português, no início de fevereiro imediato, teve pela frente uma seleção de Lisboa formada por jogadores de Benfica, Sporting e Belenenses, com resultado ainda mais desnivelado, tal a derrota do Misto BSB: 10-4. Memorização que vem a preceito por esse dos grandes clubes argentinos, o San Lorenzo de Almagro, ser o clube do coração do Papa Francisco, como simpatizante e sócio com cotas pagas até à sua eleição papal, e agora seu sócio honorário.

Outros jogos entretanto se realizaram entre equipas portuguesas e argentinas, e quanto ao que mais interessa, para o caso, particularmente com o FC Porto. Havendo ficado na memória, esse mesmo em boa memória, um jogo disputado em 1967 no Porto, nos inícios da época de 1967/68, com receção ao Estudiantes de La Plata, ao tempo também Campeão da Argentina. Tendo aí então o FC Porto vencido o jogo e por resultado concludente: 5-0.


Encontro futebolístico este que, como tal, merece referência memorial, através de imagens elucidativas. Umas imagens soltas, por assim dizer, guardadas em arquivo pessoal aqui pelo autor destas lembranças, a servir bem, como ilustração da ligação em apreço.

Armando Pinto

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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Objeto do Mês do Museu do FC Porto fora do espaço do museu – Peça de Agosto em exposição no átrio da loja e museu do Dragão

 

“O Objeto do Mês” de agosto leva-nos até ao Brasil, a uma digressão realizada em 1956 e que tornou o FC Porto mais conhecido entre os amantes do desporto-rei brasileiros...”

Assim está apresentado e legendado no expositor exterior ao Museu do FC Porto, que contém o chamado “Objeto do Mês”, no caso referente ao mês de agosto, deste ano de 2023, como há um sempre todos os meses desde que existe esse espaço de entrada, na área livre. Mostrando à vez um dos objetos que estão guardados em armazém e como tal não podem ainda ser vistos na exposição permanente. Ou seja Peças do Museu do FC Porto que estão fora do espaço do museu (quando tudo o que faz parte da história do grande clube dragão devia estar sempre à vista de todos, no Museu do FC Porto). Tal o que desta vez está em exposição temporária no átrio da loja e museu do Dragão – um galhardete oferecido em 1956 ao clube aquando da digressão ao Brasil efetuada pela equipa principal de futebol do FC Porto, após a “Dobradinha” desse ano, sendo o FC Porto então vencedor do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal de 1955/56.

Então, aureolada com os títulos e prestígio da “Dobradinha”, a equipa do FC Porto treinada pelo brasileiro Yustrich rumou ao Brasil, para uma digressão que também incluiu a Venezuela para disputa da “Pequena Taça do Mundo” ou “Mundialito” como era de ambas as formas conhecida essa antiga prova. Sendo a Embaixada do FC Porto chefiada pelo Presidente Dr. Cesário Bonito e incluído na caravana o jornalista Rodrigues Teles, o célebre primeiro historiador do FC Porto. Tudo em sinal da expansão do FC Porto, que levava assim pelo mundo sua imagem. Ora essa viagem começou pelo Brasil, onde houve jogos com grandes equipas e também desafios mais de confraternização, sabendo-se da grande comunidade portuguesa existente no país irmão. Entre cujas visitas de amizade ficou como lembrança dum desses momentos um galhardete oferecido pelo União Radium de S. Paulo, a perpetuar tal convívio com a comunidade de patrícios emigrantes. Sendo desse facto o galhardete em apreço. 

Tal como o FC Porto ofereceu galhardetes próprios, que foram levados para o efeito. Quão dá conta uma foto então publicada no jornal O Porto, com Virgílio num desses atos.

Dessa digressão foi por fim feita uma crónica de apreciação no jornal O Porto, também. Num género de relatório de rescaldo, que ilustra o que se passou.

Armando Pinto

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