Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

128.º Aniversário do FC Porto – História em memórias guardadas

O FC Porto, o grande clube desportivo de nossos sentidos que se juntam no pulsar do sangue bombeado desde o coração até aos olhos e pensamentos, perfaz nesta data de 28 de setembro de 2021 a bela conta de 128 anos de existência. Estando assim de parabéns todos os que sentimos este especial afeto pelo clube que melhor representa Portugal no mundo, a pontos de até já por diversas vezes ter sido mesmo Campeão Mundial de futebol e Campeão Europeu de futebol senior e junior, mais de hóquei em patins e bilhar, também. Acrescido de no futebol profissional ter tido em diversos anos ainda goleadores Botas de Ouro da Europa e num ano o melhor guarda-redes europeu, entre tantas honrarias e títulos, incluindo os de campeão nacional português em todas as modalidades praticadas no seio do mundo azul e branco, mais vitórias nas mais importantes provas de ciclismo em Portugal e mesmo algumas no estrangeiro, etc.  Sem esquecer que no futebol internacional o FC Porto é detentor do maior número de presenças e melhor histórico de participações na Liga dos Campeões Europeus de futebol e é o único clube português com vitórias na Taça Intercontinental/Mundial de clubes e na Supertaça Europeia, no quadro de honra futebolístico. 

Como neste espaço de memorização portista já têm sido evocados visual e documentalmente os momentos históricos da fundação, registamos desta feita a passagem de mais um aniversário de modo diferente: dando uma vista de olhos pela documentação literária, arquivística e colecionista em que se guarda, aqui na posse do autor, bons pedaços da memoranda Vida do grandioso Futebol Clube do Porto.

Armando Pinto

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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Efeméride: Quando Armando recebeu a Medalha de Exemplar Comportamento da FPF – Há 40 anos!

A 27 de setembro de 1981 o antigo guarda-redes Armando, que se salientou na defesa das balizas do Futebol Clube do Porto e do Sporting de Braga, especialmente, além de ter representado ainda e bem outros emblemas (como Gil Vicente, Ferroviário de Malange e Salgueiros), foi agraciado publicamente com a Medalha de Exemplar Comportamento da Federação Portuguesa de Futebol. Tendo o ato decorrido em Braga, com a presença dum representante da Federação e também do FC Porto, em dia de jogo entre as equipas principais dos clubes bracarense e portista.

Armando Pereira da Silva, após ter acabado sua carreira de futebolista, como guarda-redes, em 1975, foi em 1981 reconhecido oficialmente como exemplo de “comportamento exemplar”, por nunca ter sido castigado, durante sua carreira em que disputou 391 jogos oficiais sem qualquer castigo. 


Para a entrega dessa distinção foi então escolhida a data em que o FC Porto se deslocava a Braga para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1981/82. (Jogo que acabou empatado 1-1, com o golo do FC Porto marcado por Jacques e o do empate num auto-golo do defesa Fernando.)

Antes porém o próprio Armando comunicou ao FC Porto o seu desejo que a cerimónia respetiva acontecesse na presença da equipa principal do FC Porto, no dia do jogo em causa, e como tal solicitava a anuência do clube. Tendo recebido aprovação comprovativa, através de carta oficial que lhe foi enviada pelo FC Porto. 


Então, antes do início do encontro entre arsenalistas e dragões, com as equipas do FC Porto e do Braga, mais a de arbitragem, perfiladas no centro do terreno, foi feita a entrega respetiva, pelas mãos do dirigente federativo Joaquim Azevedo. Enquanto, associando-se à homenagem pública, o FC Porto também fez questão de distinguir o guarda-redes formado nas camadas jovens do FC Porto e que durante uns bons anos foi detentor da camisola n.º 1 da principal equipa portista, tendo-lhe oferecido como recordação uma estatueta em forma artística dum guarda-redes, que Armando recebeu comovidamente das mãos do então dirigente Dr. Alfredo Clemente, ao tempo um dos vice-presidentes do FC Porto (estava-se na última época da derradeira gerência do Dr. Américo Sá).

Como testemunho desta importante ocorrência e assinalável honra, que muito orgulha a Memória Portista, documenta-se a narrativa do facto com imagens da referida estatueta que fez parte dos trofeus do guarda-redes Armando Pereira da Silva (permanecendo na família após o seu falecimento); e ainda, a seguir, com recorte duma alusiva nota noticiosa saída a público no jornal O Porto, na edição de 30 de setembro de 1981 do órgão informativo do FC Porto.

Faz agora, neste setembro de 2021, 40 anos!

- Armando Silva, que é uma saudade já, continua pois a ser aqui merecedor também de constante recordação.

Armando Pinto

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domingo, 26 de setembro de 2021

FC Porto conquista a Supertaça de Voleibol Feminino /2021. Mais uma, a 3.ª em 3 anos!

Mais uma, das que gostamos! 💙 A AJM/FCPORTO venceu o Leixões S.C por 3-0 e conquista a 3.ª Supertaça do Vólei Feminino da história do clube. 🏆

E vão três, ao terceiro ano da existência da equipa de meninas e senhoras de voleibol no FC Porto. Como esta é uma modalidade que dentro de nossas atenções no FC Porto tem especial simpatia, num jeito de mais encanto pela beleza que tudo o que é feminino contém; e pela simpatia que o projeto tem merecido desde seu surgimento no seio do FC Porto, também; as vitórias da equipa do voleibol feminino portista são sempre esperadas e cada vez mais apreciadas. Quanto esta foi e é.

Pois então, como este é mais um feito digno de registo e porque se deve dar nota do que se conhece, regista-se neste espaço de memória portista tão bela ocorrência, acontecida no sábado 25 de setembro, em tempo de vindimas. Uma semana antes do começo do Campeonato Nacional da nova temporada, a época começa bem com tal vitória na prova inicial. 

Assim sendo, deitando mãos, para o efeito, ao que vem publicado na página oficial do FC Porto – fcporto.pt  regista-se mais esta vitória engrandecedora:

« AJM/FC PORTO FAZ O TRI NA SUPERTAÇA

25 DE SETEMBRO DE 2021

- Voleibolistas azuis e brancas derrotaram o Leixões (3-0) e ergueram o troféu pelo terceiro ano consecutivo

A AJM/FC Porto soma e segue. No primeiro embate oficial da temporada, a equipa de voleibol feminino dos Dragões bateu o Leixões por 3-0 e conquistou a terceira edição consecutiva da Supertaça. O embate entre as campeãs nacionais e as detentoras da Taça de Portugal começou por ser equilibrado, mas com o passar do tempo o natural favoritismo das atletas agora orientadas por Carlos Carreño foi-se fazendo notar, tal como demonstra o resultado de três parciais sem resposta favorável às da Invicta.

O ponto inaugural da contenda caiu para o lado da AJM/FC Porto e foi premonitório do que estava para vir. O Leixões respondeu, beneficiou da vantagem mínima em duas ocasiões (4-5 e 5-6), mas um parcial de 6-0 favorável às azuis e brancas serviu de prova cabal da real distância entre ambos os conjuntos. As matosinhenses ainda conseguiram reduzir a desvantagem para três pontos em diversas ocasiões, mas nunca estiveram perto o suficiente para colocarem em causa a conquista do primeiro set. No segundo, as voleibolistas equipadas de vermelho reagiram e a marcha do marcador foi pautada pelo equilíbrio entre ambas as formações até ao 18-18. A partir daí, as portistas somaram cinco pontos consecutivos e fizeram o 2-0 logo na primeira bola de set. A derradeira partida foi a mais desequilibrada e a diferença entre ambas as equipas ficou patente no resultado final de 25-13, consumado ao cabo do único match point de que as azuis e brancas dispuseram.

“Estou muito contente, porque foram sete semanas de trabalho. A equipa trabalhou, muito, bem e da forma que eu queria. Chegámos aqui num bom momento. Estou feliz pelo clube e pela massa associativa. O FC Porto é um clube enorme, que nos dá muito, e temos que devolver isso sob a forma de títulos. Estou contente, sobretudo, porque o esforço despendido nos treinos foi recompensado e chegámos aqui numa ótima forma. Tivemos sempre o controlo do jogo, houve coisas que podíamos ter feito melhor, mas foi o primeiro jogo oficial da temporada. Estou satisfeito, ainda estamos em setembro, e agora vamos preparar os próximos desafios. Temos que continuar a celebrar títulos, a sensação vitoriosa é algo muito importante e há que continuar a trabalhar para a manter”, declarou Carlos Carreño já depois de a capitã Renatinha levantar o primeiro caneco da época 2021/22.

= Uma linda adepta do FC Porto, por sinal filha dum grande portista, o amigo Fernando Moreira (de Vila Real), a festejar a vitória junto das campeãs:  Cristina Moreira, presente em Santo Tirso, com a equipa da AJM FC PORTO e as grandes jogadoras Renatinha e Joana Resende.

FICHA DE JOGO


AJM/FC PORTO-LEIXÕES, 3-0

Supertaça Feminina

25 / 9 / 2021

Pavilhão Municipal de Santo Tirso

Árbitros: Michelle Ferreira e Raquel Portela

AJM/FC PORTO: Joana Resende e Sofia Macedo (líberos); Aline Delsin, Bruna Gianlorenço, Renata Colombo, Carly Skjodt, Graziele Souza, Fernanda Isis, Janaína Vieira, Ana Couto, Adriani Vilvert, Magda Conceição, Ana Karina Olaya e Juliana Souza

Treinador: Carlos Carreño

LEIXÕES: Beatriz Basto e Adriana Monteiro (líberos); Fabíola Gomes, Eliana Durão, Eugenia Nosach, Viviane Isidoro, Juliana Antunes, Victória Pinto, Helena Monteiro, Carina Moura, Cláudia Vila Cova, Inês Costa, Maria Inês Peneda e Carolina Costa

Treinador: Miguel Coelho

Parciais: 25-21; 25-20 e 25-13 » !

= O Provedor dos Associados do FC Porto e Diretor de ligação da AJM/FC PORTO, Rodrigo Afonso Barros - com mais um trofeu, desta vez a Supertaça/2021, que será entregue no Museu do FC Porto. 

Armando Pinto

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sábado, 25 de setembro de 2021

Uma “notícia” no jornal O Porto de há 44 anos…

A sexta-feira dia 24 deste mês e ano fica nos anais pela saborosa vitória do FC Porto em Barcelos, na sensação de justiça com que a equipa principal do futebol portista conseguiu superar o jogo no reduto do Gil Vicente, ultrapassando a arbitragem do Soares Dias descaradamente anti-Porto, além das dificuldades do jogo. No mesmo dia que fez anos, esta sexta-feira, dia 24, que num sábado de há já uns bons anos começou a vida de casado aqui do autor deste blogue. Como passados dias foi depois registado no jornal O Porto, ao tempo órgão informativo oficial do FC Porto, assinalando o casamento do seu colaborador da Longra… ocorrido a 24 de setembro de 1977, há 44 anos.

Tendo nesse dia, de 1977, a reportagem fotográfica do casamento sido feita pelo amigo sr. Fernando Timóteo, fotógrafo também do jornal O Porto (que à noite seguiu depois à pressa para o Porto a fim de fotografar o jogo FC Porto-Feirense, e assim captou momentos importantes também da goleada de 6-1 ao Feirense, no estádio das Antas), foi através dele que chegou depois aos responsáveis do jornal do clube o conhecimento da ocorrência festiva, levando ao que foi então publicado.  

Dessa nota da redação d’ O Porto ilustra-se esta anotação com o que do facto está também assinalado entre recordações pessoais. E aqui se coloca, com o reflexo fotográfico a não deixar ver bem as caras dos noivos de há quatro décadas e tal, pois o que interessa é a lembrança e não mostrar caras, porque quem vê caras não vê corações.

Armando Pinto

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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Cultura e religiosidade no mundo da afeição portista – A propósito dum artigo no antigo jornal O Porto


Assim como há quem queira separar tudo, havendo até quem imagine à sua maneira haver incompatibilidade de interesses em assuntos culturais perante o desporto, por exemplo, também haverá quem pense num distanciamento entre clubismo desportivo e religiosidade em geral. Mas há muita e boa gente para quem tudo o que é bom tem interesse, merecendo atenção apaixonada, sem redutora visão de intelectualidade supérflua. Nem tanto no sentido que em certos aspetos o FC Porto é como uma religião, entre correlegionários portistas e diante do sentimento dragoniano, mas na vastidão de quanto o que tem valor merece ser valorizado. Tanto assim que mesmo no jornal O Porto, em tempos recuados órgão oficial do FC Porto, além de colaboração com artigos da vida azul e branca, também coube um artigo sobre um santo, por sinal numa crónica também do autor destas linhas e a elevar um santo da predileção pessoal – S. Francisco de Assis.


Sobre esse caso já neste blogue foi referenciada tal ocorrência, quer em artigos publicados no dia do aniversário do mesmo patrono franciscano, quer no dia dedicado pela Igreja ao próprio S. Francisco. Vindo agora a talhe apenas por lembrança particular, havendo sido num dia de finais de setembro, dum dos idos anos de meio da década de 60, que começou uma ligação mais afetiva com a entrada do autor deste blogue num estabelecimento de ensino de regras franciscanas e em cujo ambiente, apesar de curta convivência, ficaram laços que perduram em boas memórias e afetos. Quanto esse santo nos diz muito.


Francisco de Assis nasceu a 26 de setembro de 1181, na cidade de Assis, em Itália, com o nome de Giovanni di Pietro di Bernardone. Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernardone dei Moriconi e de Pica Bourlemont, e tinha origens francesas. A família fazia parte da rica burguesia de Assis, detendo prestígio no nome e nas posses financeiras. Francisco era chamado pela família de “Francesco”, e ficou na religiosidade mundial como S. Francisco de Assis.

Após sua vida pública de frade religioso carismático, fundador duma ordem religiosa que se desenvolveu depois em diversos ramos, ele faleceu a 3 de outubro de 1226 e no seguinte dia 4 foi sepultado, sendo o dia das exéquias dedicado pela Igreja no calendário litúrgico a este santo "Poverello" dos estigmas sagrados. 

Vem assim ao caso, mais uma vez, sobre São Francisco de Assis, lembrar tal crónica feita há muitos anos, numa evocação especial escrita nos primeiros tempos de colaboração do autor n’ O Porto. Tendo então, através desse artigo, correspondido ao apelo do diretor do mesmo, Dr. Paulo Pombo, antigo presidente do FC Porto e nos anos 70 diretor do periódico informativo do FC Porto, que então estava a dar um rumo também cultural ao jornal do clube. Tendo para o efeito seguido uns apontamentos pessoalmente tirados anos antes, do que ouvi numa conferência do diretor do Seminário dos Padres Capuchinhos de Gondomar, naquele tempo de mil novecentos e sessenta e tal (ainda hoje um amigo que perdura da vida entretanto vivida, após contactos tornados possíveis pelas possibilidades proporcionadas pelo facebook).  

Pois assim recordamos agora, por meio de recortes desse texto inserto em O Porto, corria o ano de 1975, o artigo de fundo histórico-cultural que dedicamos ao fundador da Ordem Franciscana e patrono dos Frades Capuchinhos. Santo que nos é muito querido, por assim dizer, sendo um dos mais admirados, com uma aura especial na simpatia de devoção pessoal, também.


ARMANDO PINTO

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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Quando - em 1963 - um jornalista venezuelano considerou Américo guarda-redes de defesas suicidas («que não conhece o medo», «algumas vezes com um arrojo suicida»)… sentido depois alterado numa publicação portuguesa!

Quem conhece os pequenos livros dos “Ídolos do Desporto”, que fizeram história em anos recuados, deve estranhar o título atribuído ao famoso guardião portista Américo no primeiro livrinho escrito sobre ele, em 1964 (sendo que mais tarde houve um segundo, em reconhecimento de sua valia). Não devendo haver muita gente até hoje a saber o porquê de tal epíteto deveras bizarro. Havendo ideia que quem escreveu o livro quis fazer um trocadilho, em choque de cotovelo (sabendo-se que essa coleção era editada em Lisboa…). Quão de certo modo foi, mas por alteração de ideia à afirmação de quem primeiro lhe atribuiu um gabanço (em 1963) com palavras idênticas mas sentido diferente.

Pois então, no primeiro livro da coleção Ídolos do Desporto a biografar o guarda-redes Américo Lopes, do FC Porto, apareceu e lá está ao cimo um título algo estranho: “AMÉRICO – o guarda redes suicida !” E durante muitos anos ficou interrogação sobre aquilo. Até que volvidos anos, teve um mais interessante título no segundo sobre ele: “AMÉRICO – o guarda-redes «eterno»” !  E o porquê de tal título primeiro a dar ideia dele ser suicida? A tal troca da ideia, em forma de jogo de palavras. Pegando num elogio, como era, dito e escrito duma forma, para de modo diferente alterar o sentido, fazendo parecer outra coisa… Quando, conforme o elogio que esteve na origem, devia ser e era de afirmar que o Américo não tinha medo, por fazer defesas de maneira destemida, num arrojo suicida… O que era e é diferente!

Essas edições, de 1964 e 1968, tiveram certo impacto, efetivamente, por quanto Américo era apreciado entre admiradores do excelente guarda-redes portista. Mas também por esses pequenos livros, ao género de revista de bolso, terem muita procura, a pontos de ainda haver muitos colecionadores da mesma publicação, que teve séries várias ao longo de anos consecutivos.

Com efeito, esse foi um tempo em que os seguidores do desporto eram brindados regularmente com publicações colecionáveis a historiar a vida dos clubes desportivos, mais as carreiras anuais das equipas de futebol e das provas de ciclismo, por exemplo, e especialmente sobre as biografias de desportistas salientes. Tendo havido assim uma coleção deveras popular, intitulada “Ídolos do Desporto”, que registou os percursos de diversos atletas entre as décadas dos anos 50 a 70, embora como sendo de Lisboa tivesse dado à estampa muitos mais casos de desportistas dos clubes de Lisboa, desde o futebol e ciclismo, passando por atletismo, basquetebol, hóquei etc. Enquanto, por exemplo, do FC Porto, quase só tiveram direito a constar nessa coleção jogadores de futebol, e em muito menor numero que os colegas dos outros clubes, e doutras modalidades apenas dois ciclistas do FC Porto ficaram assim à posteridade. Quão foi na realidade o interesse dessa coleção, através da qual hoje ainda se conhecem pormenores biográficos dos ídolos de tempos idos.

= Américo, de fato oficial com o emblema do clube, tal como os colegas, na comitiva portista à saída para a digressão à Venezuela, em agosto de 1963. Junto com Carlos Duarte, Azumir, Joaquim Jorge, Hernâni, Festa, Miguel Arcanjo, Paula, Rui, Custódio Pinto, Carlos Batista, Jaime, Atraca, Jorge Gomes e Mesquita, mais treinador, massagista e diretores, no tempo da presidência de Nascimento Cordeiro.

Mas então, quanto ao que esteve na origem do tal título inserto na capa do nº 5 da 3ª série da “Colecção Ídolos do Desporto", de 1964… Foi que numa deslocação do FC Porto à Venezuela, para disputar o “Torneio de Caracas”, vulgo Pequena Taça do Mundo ou Mundialito, em agosto de 1963, o guarda-redes Américo fez tão boas exibições que nos jornais desportivos de Caracas “disseram muito bem” de Américo, entre outras apreciações simpáticas a elementos portistas e à própria equipa azul e branca. Apesar dos resultados nem terem sido famosos, também por haver tido pela frente adversários mundialmente cotados, em dois jogos com o Real Madrid de Espanha e o S. Paulo do Brasil. Tal como depois foi transcrito no jornal O Porto, em setembro seguinte:

Tendo um jornalista de "La Esfera", o crítico Lorenzo Mascarill, afirmado que Américo foi o melhor, sendo «um guarda-redes que não conhece o medo. Defendeu tudo que era possível defender. Saiu de sua baliza, algumas vezes, com “arrojo suicida”».


Armando Pinto

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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Comemoração particular da vitória no Campeonato Europeu de Juniores de Hóquei em Patins de 1969 – Convívio assinalável dos 52 anos desse Título Europeu !

 

A cada ano que passa mais um aniversário se presta a comemoração, quanto às ocorrências dignas de registo. Enquanto o tempo permite e há vontades em assinalar coisas que foram vividas. Tal o que mais uma vez aconteceu com um grupo de hoquistas que em 1969 foram campeões europeus de hóquei em patins, por quanto fizeram parte da seleção portuguesa de juniores que venceu o Campeonato Europeu da categoria em Vigo, na Galiza (Espanha). Com esse feito a ter ainda significado especial no caso do FC Porto, sendo esses 4 Campeões Europeus (Cristiano, Casto, Fernando Barbot e António Júlio) então os primeiros desportistas do FC Porto que se sagraram Campeões Europeus de alguma modalidade em competições desportivas oficiais.

= Júlio, Castro, Fernando Barbot e Cristiano

Assim sendo, este ano, passados já 52 anos sobre esse acontecimento, juntaram-se meia dúzia da dezena dos campeões de 1969, tendo marcado presença num convívio comemorativo a maioria dos hoquistas que durante sua carreira jogaram no FC Porto – Cristiano, José Fernandes, António Vale, Vítor Orêncio, José Castro e Fernando Barbot. Não tendo estado desta vez António Júlio, dos portistas. Além de mais três do Sul.

= 1969 = (Identificação, a partir da esquerda) Em cima - selecionador Guilhermino Rodrigues, Dinis, Fernando Barbot, Leitão, Cristiano e Júlio (mais dois elementos da Federação); em baixo - Victor Orêncio, José Fernandes, Monteiro, Castro e Vale.

À época dos factos de 1969 foram quatro os que então representavam o FC Porto (Cristiano, Castro, Fernando Barbot e Júlio, dos quais três já jogavam na equipa sénior azul e branca, mas com idade de juniores). Havendo depois se juntado mais três (Fernandes, Vale e Orêncio), dos que fizeram parte dessa seleção júnior, transferidos já para a equipa sénior do FC Porto.

Assim sendo, os que puderam estar presentes, desta vez, puderam também conviver entre amigos do mesmo campeonato e recordar aqueles tempos de sua juventude. Tendo havido razão ao ditote de que recordar é viver, mantendo-se firmes mesmo com o tempo a voar, enquanto ali pousou e folgou.

Desse Almoço dos Campeões Europeus de 1969 ficaram algumas imagens captadas da ocasião e entretanto publicadas na página de facebook do José Castro – de onde, com a devida vénia e muito gosto, para aqui transpomos como ilustração de mais esse belo momento da família do hóquei em patins portista dos anos 60 e 70.

= Cristiano Trindade Pereira, José Fernandes, José Castro, Fernando Barbot, Vítor Orêncio, António Vale.

Armando Pinto

 Nota: Também como recordar e viver… recordamos que anteriormente foi comemorado o cinquentenário do mesmo acontecimento, há dois anos e então com maior número de presenças. Conforme se pode rever em dois artigos alusivos: 

(clicando em)  

- Cinquentenário da vitória no Europeu de 1969...

A P