Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 30 de novembro de 2021

+ Dois livros a engrandecer a biblioteca pessoal mais o acervo portista cá de casa…

Chegaram à minha posse, aqui às mãos e aos olhos do autor deste blogue, mais dois livros de temática portista, os dois mais recentes publicados até agora no âmbito de matéria e interesse de ligação ao mundo azul e branco. Outros dois a engrandecer a coleção de livros com material histórico-literário do FC Porto. Os livros, pela ordem cronológica de publicação, “ALFREDO QUINTANA Um guerreiro extraordinário” e “JORGE NUNO PINTO DA COSTA  A Chama do Nosso Dragão”. Dos quais se juntam imagens das capas e duma vista de seu interior, respetivamente. Estando já a ser apreciados e lidos, para depois ficarem guardados como todos os muitos que dá gosto aqui ter, na minha biblioteca, dentro do meu escritoriozito-ateliê de escrita, leitura e passatempo.

A. P. (que tanto pode ser de Azul Porto como Armando Pinto)

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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Em tempo da anual outorga cerimonial dos Dragões de Ouro: Amplitude de Portismo.

O galardão máximo do reconhecimento Portista, o Dragão de Ouro, simbolizado na estatueta criada em 1985, deu continuidade ao anterior galardão Trofeu Pinga. Prémio oficial esse anterior que havia sido iniciado em 1964, após a morte em 1963 de Artur Sousa "Pinga", com atribuição a cargo da Comissão Pró-Sede e com existência até 1971. Iniciado durante a presidência de Nascimento Cordeiro e continuado durante a presidência de Afonso Pinto de Magalhães, até ter ficado esquecido durante os anos da presidência do Dr. Américo Sá. Sendo o galardão oficial do FC Porto mais tarde reativado em nova fórmula através do Dragão de Ouro, a que ficou ligado o então Vice-Presidente Alexandre Magalhães, um dos principais diretores das primeiras gerências presidenciais de Jorge Nuno Pinto da Costa; tendo sido ele, como presidente do Conselho Cultural, que em 1985 esteve no lançamento do galardão clubista Dragão de Ouro, entregue depois e pela primeira vez em 1986, na presidência de Pinto da Costa. Havendo mesmo alguns casos de desportistas portistas que receberam o Trofeu Pinga e mais tarde o Dragão de Ouro, como sucedeu com o guarda-redes de futebol Américo e o hoquista Cristiano, este com acréscimo nos Dragões de Ouro em ter sido como jogador e treinador. 

Ora, embora este ano, por via das condicionantes da pandemia, seja em modo mais restrito, ainda que com muitos convidados vips, como se vê pelas transmissões, e em anos mais ou menos recentes tenha sido diante de cerimónias que por norma metem muita gente que aparece por convite, sem muitas pessoas que sofrem mesmo pelo clube e o defendem graciosamente, a entrega dos Dragões de Ouro revela na essência predominante o portismo que deve correr nas veias azuladas de formato saliente, pelo sangue fervente de quem vibra com o clube de nossos olhos e coração. E, como tal, na opinião pessoal (penso eu de que…), tenho ideia que algo mais devia ser acrescido, entre diversos exemplos possíveis: como a atribuição de um Dragão de Ouro ao golo do ano e dos anos antigos. Na sequência de até momentaneamente estar na ordem do dia o facto de dois futebolistas do FC Porto, Taremi e Luís Diaz, estrem na lista dos melhores golos internacionais, no correspondente prémio da FIFA. Isto porque, por quanto representou no sentimento portista, faltam uns Dragões de Ouro para uns Madjer, Juary, Derlei e para o Kelvin, pelos golos mais emocionantes da história do FC Porto, além de outros bem representativos; assim como no caso do Dragão Saudade ou Recordação, além deste ano ter faltado um para o Quintana, que bem podia ter sido ex-aequo com Reinaldo Teles, também há um ainda devido para o Mestre Pedroto, e outro para o Magriço Festa, entre diversos possíveis. Lembrando casos de atletas que foram exemplares, como me lembro do futebolista guarda-redes Armando Silva, do polivalente Custódio Pinto, que já faleceram, mais, entre os ainda vivos, os ciclistas Mário Silva, Gabriel Azevedo, Luís Pacheco, Joaquim Leite, os hoquistas Zé Fernandes, Magalhães, Brito, Castro, Leite, entre outros (pois alguns outros que me vêm à ideia já receberam). Podendo estas lembranças parecerem coisa de somenos, mas neste espaço pensa-se, falando em nome pessoal de autor, no clube que sinto.

Armando Pinto

domingo, 28 de novembro de 2021

Guilherme Mota - Pedalada de apresentação do jovem novo reforço da equipa de ciclismo W52-FC Porto (no Jornal de Leiria): «FC Porto é “oportunidade demasiado grande para ser desperdiçada”»

- Do Jornal de Leiria - Declarações, ao jeito de pedalada de início de corrida, de nova corrida, nova "viagem" pelo ciclismo clássico de competição, do jovem ciclista Guilherme Mota, que na próxima época de 2022 passa a representar a W52-FC Porto de Adriano Quintanilha, equipa superiormente orientada por Nuno Ribeiro, mais ação dirigente e diligente de Maximino Pereira, com a carismática figura de Pinto da Costa e da Direção do FC Porto como charneira de todo esse vitorioso projeto portista.

Guilherme Mota, jovem promessa, é assim um valor em que se depositam boas esperanças, além de natural curiosidade, como mais-valia na junção de juventude à experiência predominante na equipa azul e branca.

Eis o que está publicado no jornal referido:

FC Porto é “oportunidade demasiado grande para ser desperdiçada”

J L (jornaldeleiria.pt/) - 27 NOV 2021

Guilherme Mota, da Caranguejeira, vai representar a equipa de ciclismo que mais sucesso tem tido no País - vai ser colega de ciclistas que também são ídolos

«Estávamos em finais de Junho e em todo o País havia ciclistas a ultimar a preparação para os Campeonatos Nacionais. Guilherme Mota, mesmo a chegar ao pico de forma, optara pela região de Braga.

Era dia de treino e quando descia o Bom Jesus a todo o gás teve uma queda violenta que lhe coartou todo o resto da temporada. A fratura de rádio e cúbito precisou de duas placas, de 16 parafusos e vários meses para ser debelada.

No entanto, o talento do campeão nacional de contra-relógio, tanto em sub-23 quanto em juniores, é há muito reconhecido no pelotão e não foi por causa da lesão grave que foi esquecido.

Na verdade, surgiram “várias propostas interessantes” ao ciclista da Caranguejeira que representava a Oliveirense, “de Portugal e do estrangeiro”, mas houve uma em especial que lhe arregalou os olhos.

Em Agosto, começou a haver “alguma manifestação de interesse do senhor Adriano Quintanilha”, responsável máximo pela equipa do Futebol Clube do Porto.

“Foi o melhor desafio que me foi proposto e não consegui dizer que não”, admite Guilherme Mota, que acabou por assinar até final de 2023.

“Gostei muito do projeto. É uma equipa bastante madura, com uma média de idades bastante alta, mas decidiram também olhar para o futuro.”

O palmarés do FC Porto é “absolutamente invejável” e na última meia-dúzia de anos, desde que se associou à W52, tem dominado a Grandíssima, com cinco vitórias nas últimas seis edições (N. A.- Aliás 6 em 6, se houver justiça no caso-Alarcón).

O estudante de Engenharia Biomédica, que tem como um dos objetivos da temporada uma grande participação no Europeu de contra-relógio, na Anadia, não teve dúvidas.

“É um sonho ir à Volta a Portugal com estas pessoas que foram meus ídolos e agora são meus colegas de equipa”. A oportunidade é também uma prova de que “tudo é possível”. “Se acreditarmos em nós, se trabalharmos, mesmo que tenhamos um percalço as pessoas não vão deixar de olhar para o que fizemos. E esta é uma oportunidade demasiado grande para ser desperdiçada.”»

 (Texto entre parênteses e foto, do jornal de Leiria: Miguel Pereira/Global Imagens)

Armando Pinto 


sábado, 27 de novembro de 2021

Efeméride: Jogo que fez Cubillas também vencedor da Taça de Portugal de 1976/77

A 27 de novembro de 1976 o FC Porto deslocou-se a Viseu para jogar no Estádio do Fontelo diante do Académico de Viseu, na eliminatória de entrada dos clubes primodivisionários na edição de 1976/77 da Taça de Portugal. 

Nessa eliminatória, ainda que perante um adversário de escalão inferior, os comandados de José Maria Pedroto não tiveram um jogo fácil, tanto que só nos últimos 30 minutos é que a questão ficou resolvida, com golos da autoria de Oliveira e Cubillas, os marcadores de serviço na vitória por 2-0 então acontecida. 


O FC Porto então alinhou com: Joaquim Torres, Murça, Adelino Teixeira, Carlos Simões e Gabriel; Octávio, Rodolfo e Cubillas; Ailton (depois Oliveira), Duda e Ademir. Sendo marcadores: Oliveira, aos 69 minutos; e Cubillas, aos 86 minutos do jogo.

Esse encontro, que foi do início da caminhada triunfal na Taça de Portugal que o FC Porto veio a vencer, na primavera de 1977, acabou por ser também um dos dois jogos em que Teófilo Cubillas jogou com a camisola do FC Porto nessa mesma prova, na época de 1976/77 (junto com o da eliminatoria seguinte com o Alba), visto ter depois regressado ao seu país. Ficando consequentemente como participante na mesma competição e como tal a fazer parte integrante do lote dos jogadores utilizados ao longo das eliminatórias correspondentes, como vencedor também da Taça de Portugal de 1976/1977 (culminada meses volvidos, em maio de 1977, com o triunfo sobre o Sporting clube de Braga por 1-0, na final disputada no Estádio das Antas e resolvida com um golo de Fernando Gomes).

= Da revista O Chuto - Edição Especial 1977 =

Cubillas, célebre futebolista peruano que passeou pelos estádios de futebol a sua elegante classe, e que para muitos simpatizantes continua a ser considerado o melhor futebolista estrangeiro que jogou no FC Porto e mesmo dos melhores em clubes portugueses, conquistou assim também um título português, pelo Futebol Clube do Porto, em competições do calendário futebolístico superior de Portugal.

Armando Pinto

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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O FC Porto também já teve em tempos idos a modalidade de Râguebi – a propósito de efeméride cujo trofeu consta no Museu do FC Porto

A 26 de Novembro de 1934 a equipa de Râguebi do FC Porto vencia o Boavista por 36-0 e conquistava a “Taça Outono”, uma das estrelas da vitrina Ecletismo da AT “Azul ao Fundo do Túnel” no atual Museu do FC Porto (Museu FC Porto by BMG).

Naturalmente muitos outros trofeus foram conquistados pela Secção de Râguebi do FC Porto, apenas que no museu atual estão, por ora, simplesmente alguns trofeus das modalidades como amostra, até que seja possível a prometida colocação de tudo o que faz parte do património histórico-museológico portista.

= Foto da História do FC Porto de Rodrigues Teles, e que consta no arquivo do Museu do FCP =

Ora, o FC Porto foi um dos primeiros clubes a desenvolver a prática desta modalidade desportiva na cidade do Porto e até no país, tendo o Râguebi tido no FC Porto inícios pelo ano de 1928. Através de alguns entusiastas, com realce para César Augusto Machado. Tendo (conforme diz uma publicação do clube, a revista do aniversário de 1981), apresentado nessa altura, em finais dos anos 20, «uma plêiade de praticantes que deixaram o seu nome para sempre ligado à história do Râguebi nacional». 

Ainda dos primeiros tempos da modalidade da bola oval, no ambiente portista, registou Rodrigues Teles na primeira experiência da sua História do FC Porto, então até 1933:

Ainda durou mais alguns anos, entretanto, mas... Depois deixou de ser praticado, no FC Porto, e só mais tarde se fez um reaparecimento precário, no qual o Futebol Clube do Porto também esteve pela mão de Eduardo Queirós, mas que cedo acabou por falta de estímulo na cidade. De qualquer modo o FCP está ligado a um período inesquecível do Rugby nacional e regional, e isso convém vincar com a devida vénia.

Com efeito, a modalidade do “Rugby” (como inicialmente se escrevia, à inglesa), nunca foi um desporto de grandes simpatias entre os simpatizantes portistas e mesmo adeptos desportistas. Não chegando por via disso a deter grandes raízes. A pontos que dentro do clube as próprias camisolas eram também diferentes no padrão, embora de riscas azuis e brancas mas horizontais.

Em resumo e como atualização disso tudo, respiga-se duma crónica de 1964, inserta no jornal O Porto de novembro de 1964, a então apresentação da fase de reabertura em 1964, com resenha historiadora do percurso memorando dentro do clube.

Ora, foi contudo efémera essa revitalização de 1964/1966, sob a coordenação de António Queirós e José Gonçalves, havendo aí reunido um lote de jovens desse tempo, tais como Durana Pinto, Américo Correia, Augusto Boucinha, José Maciel, Luís César, Vítor Oliveira, João Veiga, Luís Sousa, Albertino Azevedo, Leal da Silva e Pimenta de Carvalho, os componente do plantel do ressurgimento.

Segundo Luís César, na revista “Vida do Grande Clube Nortenho (2)", edição de 1978 das Seleções Desportivas, então «defrontando o CDUP e REGENTES AGRÍCOLAS de Coimbra na 1ª época a equipa apenas somaria derrotas; a sua única vitória nessa época do ressurgimento aconteceu a 13 de fevereiro de 1966 no Estádio Universitário, frente aos regentes Agrícolas por 11-6; enquanto para a Taça de Portugal seria esmagado pelo Benfica, em 1 de maio, no Lima, por 55-3!!! Foi o canto do cisne do rugby azul e branco…»

Como a modalidade não tinha muitos adeptos seguidores e os resultados eram desanimadores, não admira que tenha acabado, de vez, dentro do clube. Sendo o FC Porto um clube onde sempre haverá aspiração da disputa dos lugares cimeiros, pelo menos, e quanto possível no plano vitorioso. Mas a história conta, e tudo o que existiu merece rememoração. Como no caso do FC Porto ter tido já essa modalidade, em tempos idos.

Armando Pinto

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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Reinaldo Teles: Um ano de ausência física, mas sempre presente no sentimento portista!

 

Desapareceu  há um ano o carismatico dirigente portista Reinaldo Teles. Falecido aos 70 anos, vítima da pandemia Covid-19. Cujo desaparecimento foi e continua sentido por todo o universo portista. Sendo ele pessoa que era figura querida de toda a gente afeta ao coletivismo azul e branco. 

( Parte duma página do livro “5 – 1999… um ano d‘ouro”, edição do Conselho Cultural do FC Porto em 1999, sobre o Penta do futebol FC Porto e das principais modalidades do clube.)

Um senhor cuja memória continua presente, quão importante é o legado que ele deixou, como pessoa que tinha o FC Porto acima de tudo e muito fez pelo futebol português.


(...do livro “F. C. Porto - O Dragão soma e segue” – Álbum 91/92”, de Manuel Dias, edição ASA, 1993.)

Braço-direito de Nuno Pinto da Costa no FC Porto, nos tempos recentes já não exercia tão ativamente como antes funções diretivas na frente do quotidiano azul e branco, por motivos de saúde. Mas era presença normal perto de tudo o que fosse relacionado com o futebol portista. Como ficou bem patente no respeito e gratidão que aquando de seu internamento e antes de um jogo do FC Porto (com o Portimonense) dezenas de elementos da claque Super Dragões tiveram, em manifestaçãofeita à porta do hospital, a apoiar o "tio Reinaldo"


(... Do livro “F. C. Porto – O Tetracampeonato ou o vício de vencer – Álbum 97/98, de Manuel Dias, edições ASA, 1998.)

O histórico dirigente portista era uma das pessoas mais próximas de Jorge Nuno Pinto da Costa no FC Porto. Estava ligado aos dragões desde 1967.

Recorde-se que além de sua ligação ao futebol, era dirigente e administrador da SAD do FC Porto. E como dirigente do futebol fica na história por ter ganho todos os títulos possíveis no futebol profissional, como a Taça Intercontinental, Liga Campeões, Liga Europa, inúmeras vezes campeão nacional, assim como venceu inúmeras Taças de Portugal e Supertaças Cândido Oliveira.

Começara por andar no FC Porto, além de adepto, também como atleta pugilista, em cuja modalidade foi campeão regional e nacional. Depois exerceu funções de dirigente na mesma secção. Ocasião em que conheceu Pinto da Costa quando ele ainda chefiava essa mesma secção de Boxe. Foi na modalidade que o consagrou que entrou no dirigismo a convite do líder dos dragões. Continuando seguidamente por andar de perto como colaborador na secção de futebol, tendo começado a ser visto publicamente aquando da conquista da Taça dos Campeões Europeus em Viena, no ano de 1987. E depois passou a liderar o futebol dos dragões no final da década de 80 e início dos anos 90, tempos de grandes conquistas portistas. Recentemente, afastado devido a doença, mas mantendo sua presença, era administrador não executivo da SAD.

Figura acarinhada pelos adeptos e dirigente reconhecido pelos seus, no final de 1989 recebeu o Dragão de Ouro para dirigente do ano, em 1994 foi distinguido com o estatuto de sócio honorário do FC Porto e em 1998 foi condecorado com o Dragão de Honra.

Gostava de estar na sombra. Não queria ser protagonista e por isso poucas vezes acedeu a dar entrevistas e normalmente apenas para publicações do clube. Segundo ele a sua opinião só contava para dentro (do clube, entenda-se) e não para fora. Uma das raras vezes que falou foi para recordar os tempos em que era pugilista. "Eu tinha muito jeito mas, acima de tudo, treinava muito. Chegava a estar mais de uma hora aos murros ao "saco" e fui campeão porque era mais forte, mais ágil de pernas e braços. Que me lembre, nunca fui ao tapete e nunca perdi por KO", disse ao jornal Tribuna de Macau em agosto de 2020.

Um mês depois de ser infetado perdeu a luta para a covid-19. Não por KO, mas pelo soar do gongo do combate da vida.

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Em jeito de homenagem perene, ainda que por este simples meio, junta-se mais algum material histórico, na preservação de seu nome na História do FC Porto. Quão Reinaldo Teles está em letras de ouro como Dirigente para sempre ligado a grandes momentos do futebol azul e branco, associado a grandes alegrias da família portista.  


Nascido Reinaldo Teles no dia 14 de Fevereiro de 1950, em Frazão-Paços de Ferreira, é  figura emblemática do FC Porto, onde entrou como pugilista e mais tarde passou a ser chefe do departamento de futebol profissional do FC Porto, enquanto depois continuou como um dos diretores do FC Porto Futebol SAD e colaborador atento ao futebol do clube.


Dispensa muitas palavras o carisma dele como dirigente, mesmo porque sempre foi mais homem de ação que de palavras. Acrescentando-se assim como sobre o mesmo está registado no livro “FC Porto figuras  & factos 1893-2005”.

(Parte de página do livro “FC Porto figuras & factos 1893-2005”, por Manuel Dias e J. Tamagnini Barbosa, edição Notícias do Douro / O Comércio do Porto, 2005.)

Reinaldo Costa Teles Pinheiro (1950-2020) além de Dragão de Ouro e Sócio Honorário do Futebol Clube do Porto, era também Sócio de Mérito da Associação de Futebol do Porto. 


Armando Pinto
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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

65.º Aniversário Natalício do nosso Bi-Bota d'Ouro: - Parabéns Fernando Gomes !


Em maré azul de aniversários, nesta data é a vez de Fernado Gomes, melhor marcador de golos de sempre do FC Porto, festejar seu 65.º aniversário natalício - efeméride que aqui celebramos por este meio.


Gomes foi o ídolo maior da grande massa apoiante do FC Porto durante bons anos, sensivelmente entre meio dos anos setentas até perto dos noventa, no século XX. Eternamente celebrizado como “Bibota”, em permanente recordação de ter conquistado duas Botas de Ouro da Europa. Sendo os golos de Fernando Gomes celebrados de modo particular e conhecendo-se dele quase tudo o que era possível, dentro do que chegava ao grande público. Tendo sido depois, por isso, uma desilusão frustrante quando se viu esse nosso ídolo de juventude afastado do clube, por erros da equipa técnica e da direção, ao tempo – mediante os acontecimentos em que esteve envolvido Octávio Machado e entretanto por via disso os responsáveis diretivos se deixaram levar. Felizmente mais tarde foi reabilitado dentro do clube, com um regresso ao seio do FC Porto como dirigente da prospeção e representante em atos oficiais, como Relações Públicas. Isto porque a história não se pode apagar, mas lembrando ocorrências boas e outras tristes, essas lembranças reforçam quão apreciado era e é o Gomes a nossos olhos Portistas, o camisa 9 que, quando o Amaro relatava no Quadrante Norte, seus golos eram mais vitoriados…


Ora Fernando Gomes, antigo goleador do FC Porto e atual dirigente do clube, também, com especial destaque na área responsável pelo departamento de scouting portista, é pois alvo de nossos Parabéns, nesta data, além de tantos outros motivos - como ídolo-mor do portismo dos melhores anos.


Gomes, agora com 65 anos, foi quando muito jovem formado nas camadas da formação do FC Porto e vestiu a camisola azul e branca, das duas listas azuis tradicionais, tendo sido campeão regional e nacional pelo FC Porto em juvnis e juniores; seguindo-se como senior 13 épocas como profissional portista, desde 1974/75 até 1988/89, sucedendo-se os títulos de cá, pela Europa e além mar na estranja com a camisola do FC Porto colada ao corpo ao longo de tantos anos. Em cujo trajeto foi campeão nacional de Juvenis (vencedor 2 vezes da Taça Nacional de Juvenis) e igualmente em Juniores (vencedor 1 vez do Campeonato Nacional Junior); como em seniores depois por cinco vezes (Campeão Nacional, como vencedor do Campeonato da 1ª Divisão), assim como venceu 3 vezes a Taça de Portugal e outras tantas a Supertaça nacional; mais foi campeão europeu e mundial, tendo com o FC Porto conquistado a Taça dos Campeões Europeus de 1987, assim como a Taça Intercontinental/Mundial de Clubes no mesmo ano e ainda a Supertaça Europeia em 1988. Além de ter vencido seis Bolas de Prata, como melhor goleador do Campeonato Nacional em seis épocas, e por duas vezes ter sido Bota de Ouro de melhor marcador da Europa. Também representou os espanhóis do Gijón, após o "verão quente das Antas" e durante o período de ausência de Pinto da Costa do clube; como ainda o Sporting, após saída do FC Porto devido a suspensão interna, na ponta final da carreira. Enquanto a nível de Seleções, além de ter jogado algumas vezes pela Seleção da Associação de Futebol do Porto (quando houve jogos inter-associações em seu tempo), foi intermnacional 6 vezes pela seleção nacional de Juniores, como em seniores 9 pelas Esperanças e 48 pela Seleção A.


Depois de ter posto ponto final na carreira, e após algum tempo de afastamento do futebol, regressou ao FC Porto pela porta grande como elemento diretivo. Ao jeito de embaixador com diversas funções públicas, em feliz atitude ainda da Direção de Pinto da Costa. Atualmente é também diretor do “Scouting” e tem sido representante do clube nos sorteios das competições nacionais e internacionais.


Pois Gomes é mesmo um incontornável nome da História do FC Porto e do futebol português, europeu e mundial. Como damos nota, ao correr da escrita, através de respigos de algumas publicações. Mais imagens de cromos e calendários de bolso da coleção particular do autor.

Quando ele começou a dar nas vistas nos juvenis, primeiro, e depois nos juniores, sendo então já deveras admirado, por junto com o Maia, ambos cabeludos e autênticos craques em surgimento, até parecia que eu (exprimindo na primeira pessoa aqui o autor desta linhas) já estava a adivinhar que ele ia ser alguém, pelo menos desejando que fosse outro Hernâni, de modo a que o meu FC Porto passasse a ter outra grande referência depois de Pinga, Valdemar Mota, Araújo, Virgílio, Hernâni, Arcanjo, Festa, Pinto e Américo. E o Gomes superou praticamente as expetativas. Sendo um dos maiores nomes da mística portista. Tanto que conseguiu superar as adversidades relacionadas com os acasos que impossibilitaram que tivesse ultrapassado Eusébio na lista de marcadores nacionais, com as lesões e dois anos fora do país, mais a maneira como saiu do clube contra sua vontade quase ao expirar a carreira. Tal como conseguiu e soube voltar ao clube a bem, depois.
Sendo Fernando Gomes um lutador nato, persistente e vitorioso, está no coração dos portistas e tem toda a admiração aqui de quem tem  alma de dragão. Para quem o valor da vida combina com a cor azul do céu, dos valores do bem.



Abraço de Parabéns, Bibota!

Armando Pinto


Nota:  - Pode-se fazer uma revisão por alguns artigos mais sobre Gomes, num COMPACTO de pesquisa, clicando em


A. P.  

Novo livro de Nuno Pinto da Costa… da História do Dragão contada por ele mesmo!

21 - 11 - 2021

Na manhã do domingo de meio de novembro, com um sol meio envergonhado de início de dia santificado desta semana, ao olhar para os escaparates dos jornais deparo-me com uma imagem da 1ª página do JN que me confundiu: à primeira vista (pelas parecenças visuais) pareceu-me uma foto antiga do célebre “Capitão”-General João Sarmento Pimentel, transmontano episódico de nascimento mas habitante em boa parte de sua meninice e juventude na casa-mãe de sua família em Rande-Felgueiras, no Douro Litoral (onde nasceu seu irmão Francisco, piloto da 1.ª Viagem Aérea à Índia)… Aquele João Sarmento Pimentel herói da derrota da Monarquia do Norte em 1919, que está homenageado no Quartel do Carmo, do Porto, de onde comandou esse movimento e foi então reconhecido pela cidade do Porto com uma espada de honra, que ele mais tarde legou ao museu da cidade do Porto e não se sabe agora onde repousa… Mas afinal, verificando melhor, quanto ao destaque do Jornal de Notícias, vi de imediato e com interessante surpresa tratar-se do Presidente da Direção do meu FC Porto, o tão admirado Jorge Nuno Pinto da Costa. Vendo depois, após analisar tudo bem, reportar à pré-apresentação dum novo livro com seu nome, em que surpreendentemente também Pinto da Costa se revela deter certa afinidade de historiador, quando nalgumas anteriores intervenções pareceu demonstrar o contrário, pois sempre fora dizendo que o passado era para os historiadores, como se o não fosse também. Quão afinal demonstra ter essa costela ainda, também, felizmente.

Surge assim no horizonte a possibilidade de termos mais um livro em mãos, dos que mais me interessam ter. E no caso um livro sobre o Presidente-Dragão Pinto da Costa, algo que não é qualquer um que consegue ter assim sobre sua figura, como Nuno Pinto da Costa vai ter mais um.

Diante da sensibilidade emanada de tal novidade, apressei-me natural e obviamente a adquirir o mesmo jornal, acompanhado da sua revista domingueira, Notícias Magazine, em que por sinal vinha e está a reportagem alusiva ao caso em apreço. Revista essa que passa agora a fazer parte da minha coleção pessoal de publicações com material histórico portista. De cujas páginas, para possível visualização (devido ao tamanho, não compatível com o alcance do scanner que tenho), aqui se partilham imagens em formato de modo fotográfico.

Da reportagem da revista, porém, há um reparo que não pode deixar de ser feito: a foto referente à fotomontagem em que Pinto da Costa surge numa foto duma equipa antiga não pode ser de 1937, pois aquela equipa é de 1906/1907... 

Ainda em estado de assimilação do facto, quanto à novidade do livro, deparei-me também com uma mais pequena reportagem no jornal O Jogo, sobre o mesmo caso, não tão evidente pelo pequeno destaque na capa, tal como na reportagem nas páginas do próprio jornal, que mesmo assim desenvolve o tema noutros parâmetros.

Ora, este é pois mais um livro para adquirir, ler e juntar aos muitos da minha coleção guardada na pessoal biblioteca doméstica, aqui no meu ambiente portista-longrino. Que com vivo interesse quero juntar aos “LARGOS DIAS TÊM 100 ANOS”, “O PORTADOR DE ALEGRIAS”, “LUZES E SOMBRAS DE UM DRAGÃO”, “PÁGINAS COM HISTÓRIA”, 31 ANOS DE PRESIDÊNCIA 31 DECISÕES” e “ATÉ AO MAR AZUL”…

Assim sendo, há natural ânsia de ver, ler e ter esse livro: "A CHAMA DO NOSSO DRAGÃO". Coisa que acontecerá logo que seja possível, para mais umas horas de prazer a gravar na memória o que por ali estará descrito, quanto à história do FC Porto vivida e contada pelo próprio Pinto da Costa. Não sei se terá lembrado quando em tempos idos foi visto como simples adepto com um saco de plástico enfiado na cabeça por causa da chuva, para não perder nada de um jogo do Porto em dia de intempérie (como mais tarde foi contado por um depois seu amigo e consócio portista), mas muitas peripécias por ali estarão registadas. Enquanto algo mais, ainda, um dia deve aparecer num outro livro que ele está a fazer, como ele mesmo revela na revista do JN.

Armando Pinto  

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domingo, 21 de novembro de 2021

João Pinto e Paulinho Santos – dois icónicos “Jogadores do Porto” – de parabéns nesta data!

A 21 de Novembro, em anos diferentes, nasceram dois futebolistas de nomes sonantes na História do FC Porto e do futebol português, o célebre defesa-direito e capitão de Viena João Pinto e o inesquecível médio-polivalente Paulinho Santos, de marca raçada de valor e garra. Como estão bem na memória portista.

Com efeito, na data de 21 de novembro... de 1961 nasceu João Pinto, o eterno nº 2 da era da Taça dos Campeões Europeus ganha em Viena e restantes grandes conquistas dos anos 80’s; e a 21 de novembro… de 1970 nasceu Paulinho Santos, da era seguinte dos anos 90’s, grande jogador e exemplo de raça, dedicação e acirrado portismo.

A um e a outro, nesta data, aqui o autor deste blogue, que muito os admirou com a camisola azul e branca do FC Porto e admira como figuras carismáticas do sentimento portista, lhes presta homenagem nesta oportunidade, com pessoais parabéns como aniversariantes.

Assim sendo, formulo votos de continuidade de tão boa parceria portista, neste dia 21 de novembro de 2021 em que o João Pinto faz 60 anos (João Domingos Silva Pinto, nascido em Vilar de Andorinho-Gaia) e o Paulinho Santos 51 anos de idade (João Paulo Maio Santos, natural de Vila do Conde). Envolvendo num abraço de parabéns tudo o que tal dupla significa no portismo que nos enche a alma.

Armando Pinto

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