Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

À laia da lenda de D. Caio…


Em tempos que lá vão, quando aqui o autor destas linhas se sentava ainda no banco de carteira da escola primária, era useiro vir à baila uma descrição do livro de leitura, narrando a lenda de um tal D. Caio que pôs medo aos inimigos com fama que matava sete duma vez…

Tal o ditote dum conto popular português sobre um alfaiate medricas mas fanfarrão, que gostava de se gabar. Fingindo-se de valente, a pontos de por uma vez ter tido a sorte de com uma palmada ter morto sete moscas, a partir dali se ufanar que matava sete de uma só vez, levando a confundir ser sete pessoas ou coisa que assim valesse. O que chegou aos ouvidos de seu rei e levou a que esse gabarola fosse posto a substituir um guerreiro desaparecido em combate, conhecido por D. Caio, muito temido por sua valentia. E o certo é que o fala barato, colocado no cavalo antes montado pelo D. Caio e posto a cavalgar a galope, com tamanho susto desatou a gritar: - eu caio, eu caio. Ouvindo tal, em confusão, os inimigos pensaram que o temido guerreiro estava vivo, e sem olhar para trás desataram a fugir… como contava a história.

Ora desta vez, no caso que faz lembrar esse conto, não foi por bazófia a história, mas por alarde de antecipação, que um só até parece ter chegado para sete. Tal o que mais parece da fotografia de ilustração… Quão certo é que num Tiquinho do campo, em pleno relvado do Dragão, um só, o atacante Soares do FC Porto chegou para sete… e restantes, até, quantos os que estavam à sua beira. Pois eram mais, com os onze que vestiam a camisola do clube adversário e outros… os da outra camisola tradicionalmente mais adversos ainda. Enquanto o povo, nas bancadas e em tudo o que era sítio onde se viu, ouviu e leu sobre aquilo, gritava a cada golo (como que pensando, pela certa): nós cá matamos aos milhões! – pelo menos (em desejos e manias), os adeptos do clube do outro lado do campo e, por junto, extensivamente, também os tais fanfarrões que se gabam de ser mais que nem eles sabem quantos milhões…!  


Armando Pinto 
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2 comentários:

  1. grande narrativa e que bem lembrado este texto do dom caio.
    É do meu tempo e tambem eu conto isso muitas vezes.

    É disso que os bazófias precisam.

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  2. Bem enquadrada, a lenda. Certo é que, para fanfarrões e auto convencidos, um mítico Dragão basta para aterroriza muito milhão.

    DRAGÃO, SEMPRE!

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