Estando-se em março, agora ao correr de algumas lembranças de aproximação cronológica, quando por estes dias de 2021 a Primavera se aproxima ainda em tempo de confinamento da pandemia atual, calha bem lembrar a atividade do ciclismo no FC Porto nos inícios de época numa temporada longínqua mas de abertura livre, sem restrições. Vindo assim a talhe algo das pedaladas do ciclismo portista em março de 1970.
Começada aí a época, logo no princípio de março a equipa do FC Porto recebeu a taça correspondente à vitória por equipas na Volta a Portugal de 1969. Tendo então sido finalmente entregue o trofeu que por direito era do FC Porto, depois de longa maratona burocrática… «Após seis meses em relação ao último dia da “Volta-69”, o Conselho Jurisdicional da Federação Portuguesa de Ciclismo, sob a presidência do Dr. Manuel Vieira Pinto, reuniu-se para apreciar o recurso do FC Porto. E o seu veredicto foi aquele que não podia deixar de ser: para o FC Porto a vitória colectiva na “Volta a Portugal” de 1969, tendo-se em consideração o que sucedeu a Joaquim Agostinho, via “doping”, ao ser-lhe retirado o 1º lugar na classificação individual. Mais um título que traz mérito à prova efectuada pela equipa do FC Porto…»
E, assim sendo, veio
finalmente alguém responsável, no caso o vice-presidente da FPC, trazer a taça
que era e é do FC Porto (embora nalgumas publicações continue a faltar a devida
atualização, continuando em falta nalguns livros e estatísticas essa verdade).
Na ocasião, como se passara entretanto cerca de meio ano e estava já a
decorrer a época seguinte, na entrega da taça não estiveram
presentes dois dos ciclistas que contribuíram para essa vitória. Como foi o
caso de não terem podido marcar presença na volta de honra nas Antas: Mário
Silva, que entretanto passara a correr pela Fagor em Moçambique na sua última
época de ciclista, e Custódio Gomes, que estava em recuperação de uma lesão.
No seguimento das primeiras provas, nesse mesmo mês de março
de 1970 começara a disputa do Regional de Fundo (Estrada). Tendo, após primeira
corrida ganha por Joaquim Leão, seguido por Cosme de Oliveira em 2º, a segunda
prova sido ganha por Cosme de Oliveira, enquanto o seguinte corredor portista
foi Hubert Niel em 3º.
Estava assim em marcha, através de pedaladas já ritmadas,
mais uma temporada dos ciclistas do FC Porto, in illo tempore.
Armando Pinto
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