Esteve antes na loja do Dragão, “FC Porto Store”, e está agora no Museu do FC Porto, o popularmente chamado carro do Madjer. Inicialmente colocado na loja anexa ao museu do clube, pendurado no teto do espaço de vendas de artigos desportivos e adereços portistas...
...até que recentemente foi
transferido para dentro do museu, passando à sua função museológica de
estimação memoranda. Como ainda recentemente se viu com a visita ao museu por atletas das diversas modalidades, a inteirar-se da grandeza sentimental do Clube.
Com efeito, foi mudado e bem o local de exposição do carro Toyota entregue ao Madjer em 1987, como prémio de melhor jogador do jogo da final do Mundial de Clubes de Tóquio. Automóvel da marca da firma patrocinadora do evento, e que, depois de adquirido pelo Clube e passado por diversas facetas, ficou exposto na Loja do Dragão desde a abertura da mesma Dragão Store e do Museu FC Porto By BMG, a partir de 2013.
Sendo que na loja era apenas visto por baixo e estando suspenso do teto permanecia em modo instável e até algo perigoso.
Enquanto
agora, colocado dentro do museu e em baixo, junto à estatueta de homenagem ao Madjer,
fica em posição mais acessível e está num local apropriado. Como icónico
símbolo da primeira das duas vitórias do FC Porto em Mundiais de Clubes. Sendo
esse carro um género de troféu de 1987, assim como do Mundial de 2004 ficou a
chave entregue ao Maniche, quais prémios individuais que ficaram a simbolizar tais
grandes feitos coletivos. E enquanto a chave simbólica do carro de Maniche
ficou logo à vista no Museu, a partir da sua abertura, o carro do Madjer
estacionou recentemente então também no mesmo museu.
Efetiva e verdadeiramente significativa glória da grande vitória alcançada em 1987 pelo FC Porto, como Campeão Europeu, diante do representante das Américas, Peñarol, e consequente conquista do Mundial de Clubes dessa temporada, ostenta o FC Porto diversos testemunhos patrimoniais da honra de ser Campeão do Mundo, desde as duas taças conquistadas em Tóquio, até ao carro que ficou como terna e curiosa recordação. Daí ter ficado o carro, que esteve na loja e agora está no museu. Bem no seu interior, depois de na entrada, entre as diversas estátuas (em tamanho real) de treinadores e atletas do clube, até haver uma, a do treinador da Liga Europa de 2011, André Villas-Boas, apontando o mundo ali dentro existente.
Assim… Havia um Toyota Carina II pendurado na Loja do
Estádio do Dragão – FC Porto Store. Carro que agora, finalmente, está no Museu do
FC Porto. Cuja história recordamos, para explicar e preservar a memória desse
carro, um Toyota Carina II GL que esteve pendurado no teto da loja anexa ao
Museu do Estádio do Dragão. Não como um troféu automóvel no habitual sentido da
expressão. Tratando-se, neste caso, de um autêntico carro, de marca Toyota Carina
II GL que é mesmo um troféu no sentido afetivo, dizendo respeito ao prémio
atribuído ao jogador argelino do FC Porto, Rabah Madjer, por ter sido
considerado o melhor jogador da Taça Intercontinental de 1987, também
conquistada pelo clube «azul e branco» no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão.
Final essa disputada entre o FC Porto e a equipa uruguaia do Peñarol que a
equipa portuguesa venceu por 2-1, com golos de Fernando Gomes e do próprio
Madjer. A final da Taça Intercontinental de 1987 disputada sobre um inesperado
manto de neve, que a tornou ainda mais célebre, pelas dificuldades superadas e
imagens eternas desse cenário branco, que o Toyota vermelho entregue a Madjer,
no final, contrastou alegremente com as cores azuis e brancas da vitória.
Tendo Madjer posado diante de um exemplar desse carro e recebido uma chave
simbólica em tamanho grande, para depois a entrega se efetuar no regresso.
Ora, desse facto, veio depois o carro. Por fim entregue pessoalmente pelo representante oficial da mesma marca automóvel em Portugal. Sendo que esse prémio de melhor em campo era um Carina vermelho, mas Salvador Caetano teve o bom senso de pensar numa cor mais neutra, entregando um de cor cinzenta. O carro, entregue com pompa e circunstância a todo o plantel numa cerimónia na Exponor, chegou a circular durante alguns anos, primeiro como veículo ao serviço do clube, mais tarde nas mãos do próprio Madjer, que o conduziu no período em que foi treinador dos juniores. Ora, esse modelo também considerado um dos porta-estandartes da marca nipónica na década 80, o Toyota Carina II oferecido ao jogador do FC Porto, transformar-se-ia, com o decorrer dos anos, num objeto mítico para o clube.
Armando Pinto
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