Num mundo de encantamento como
é o espírito afetivo do que liga a mística portista surgida da paixão clubista,
ao género de amor à primeira vista ou clique do “big bang” de grande expansão
das coisas, estão gravadas sensações relacionadas com as primeiras vibrações, nossos
primeiros ídolos e tudo o mais que nos enche sempre o imaginário no universo do
reino do Dragão. Desde ouvirmos exaltar nomes como os de Pinga, Siska, Soares dos Reis, Araújo, Barrigana, Pedroto e
outros, até ao bendizer duns Hernâni, Virgílio, Arcanjo, Carlos Duarte e mais uns quantos, e sobretudo ganhar
grande admiração por Américo, Pinto, Festa, Nóbrega, etc, etc, bem como mais tarde Armando, Rolando,
Lemos, Pavão e Cª… há na retina da vista memorial sempre algo que seduziu tal
sortilégio da ligação portista personalizada. Como aconteceu com a chegada de
um grande ídolo estrangeiro ao FC Porto, conforme sucedeu na vinda de Cubillas.
Teo Cubillas… O sorridente
futebolista que tanto encantou quem o viu pela televisão a desenhar elegantes jogadas,
ao serviço da seleção peruana, e quase custava a acreditar como foi possível
ter vindo vestir a camisola azul e branca do FC Porto. Numa transferência a que
ficou associado o trabalho diligente de Jorge Vieira, histórico dirigente, que
era chefe do departamento de futebol portista nesse tempo.
Pois então, após tudo o que se
passou ao tempo dessa aquisição sonante, Cubillas passou a envergar a linda
camisola das duas listas azuis, corriam inícios de 1974. Ano que, como se sabe,
viria a ser histórico pela mudança político-social que adveio, mas também no
plano desportivo, mais tarde.
Foi no dia 27 de Janeiro, mais
precisamente, em 1974, que Teófilo Cubillas se estreou pelo FC Porto. Com essa
estreia a ter lugar num amigável contra a Portuguesa de Desportos, no Porto. Onde,
apesar do resultado desfavorável para a equipa das Antas, desde logo se
salientou o virtuosismo de Cubillas, autor até de um dos dois golos da sua equipa. Dias depois, em novo jogo festivo, a 3 de
Fevereiro, Cubillas voltou a entrar em campo pelo FC Porto num outro desafio
particular, em jogo da equipa principal do FC Porto contra a Seleção Nortenha (formada
por escolhidos das restantes equipas do Norte do país), a quem o FC Porto
venceu por 2-0, novamente com um golo do Cubillas. E daí para a frente passou a alinhar em jogos oficiais.
Tendo esse célebre peruano ficado na história como um dos melhores jogadores a
vestir a camisola azul e branca.
Armando Pinto
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Fiquei deslumbrado com Cubillas pelo campeonato de mundo que fez em 1966 (?) na Suécia, mal sabendo que o iria ver vestido com camisola do FC do Porto a fazer exibições inesquecíveis. Foi um jogador extraordinário, de extrema simpatia e ficou amigo do Clube e da cidade do Porto como afirmou recentemente durante uma visita que fez ao Dragão.
ResponderEliminarHá pouco li um livro de Vítor Hugo Mãe, que tenho para aí algures e cujo título de momento não me ocorre, que conta uma a paixão que Cubillas provocou numa tripeira de gema a ponto de insinuar que houve intimidade entre ambos para felicidade da admiradora do mago chileno. Muito engraçado o episódio desta fogosa paixão que tudo leva a crer existiu, efectivamente, mesmo que a personagem tivesse nome diferente.
DRAGÃO, SEMPRE!