Assim como há quem queira separar tudo, havendo até quem imagine à sua maneira haver incompatibilidade de interesses em assuntos culturais perante o desporto, por exemplo, também haverá quem pense num distanciamento entre clubismo desportivo e religiosidade em geral. Mas há muita e boa gente para quem tudo o que é bom tem interesse, merecendo atenção apaixonada, sem redutora visão de intelectualidade supérflua. Nem tanto no sentido que em certos aspetos o FC Porto é como uma religião, entre correlegionários portistas e diante do sentimento dragoniano, mas na vastidão de quanto o que tem valor merece ser valorizado. Tanto assim que mesmo no jornal O Porto, em tempos recuados órgão oficial do FC Porto, além de colaboração com artigos da vida azul e branca, também coube um artigo sobre um santo, por sinal numa crónica também do autor destas linhas e a elevar um santo da predileção pessoal – S. Francisco de Assis.
Sobre esse caso já neste blogue foi referenciada tal ocorrência, quer em artigos publicados no dia do aniversário do mesmo patrono franciscano, quer no dia dedicado pela Igreja ao próprio S. Francisco. Vindo agora a talhe apenas por lembrança particular, havendo sido num dia de finais de setembro, dum dos idos anos de meio da década de 60, que começou uma ligação mais afetiva com a entrada do autor deste blogue num estabelecimento de ensino de regras franciscanas e em cujo ambiente, apesar de curta convivência, ficaram laços que perduram em boas memórias e afetos. Quanto esse santo nos diz muito.
Francisco de Assis nasceu a 26 de setembro de 1181, na cidade de Assis, em Itália, com o nome de Giovanni di Pietro di Bernardone. Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernardone dei Moriconi e de Pica Bourlemont, e tinha origens francesas. A família fazia parte da rica burguesia de Assis, detendo prestígio no nome e nas posses financeiras. Francisco era chamado pela família de “Francesco”, e ficou na religiosidade mundial como S. Francisco de Assis.
Após sua vida pública de frade religioso carismático, fundador duma ordem religiosa que se desenvolveu depois em diversos ramos, ele faleceu a 3 de outubro de 1226 e no seguinte dia 4 foi sepultado, sendo o dia das exéquias dedicado pela Igreja no calendário litúrgico a este santo "Poverello" dos estigmas sagrados.
Vem assim ao caso, mais uma vez, sobre São Francisco de Assis, lembrar tal crónica feita há muitos anos, numa evocação especial escrita nos primeiros tempos de colaboração do autor n’ O Porto. Tendo então, através desse artigo, correspondido ao apelo do diretor do mesmo, Dr. Paulo Pombo, antigo presidente do FC Porto e nos anos 70 diretor do periódico informativo do FC Porto, que então estava a dar um rumo também cultural ao jornal do clube. Tendo para o efeito seguido uns apontamentos pessoalmente tirados anos antes, do que ouvi numa conferência do diretor do Seminário dos Padres Capuchinhos de Gondomar, naquele tempo de mil novecentos e sessenta e tal (ainda hoje um amigo que perdura da vida entretanto vivida, após contactos tornados possíveis pelas possibilidades proporcionadas pelo facebook).
Pois assim recordamos agora, por meio de recortes desse texto inserto em O Porto, corria o ano de 1975, o artigo de fundo histórico-cultural que dedicamos ao fundador da Ordem Franciscana e patrono dos Frades Capuchinhos. Santo que nos é muito querido, por assim dizer, sendo um dos mais admirados, com uma aura especial na simpatia de devoção pessoal, também.
ARMANDO PINTO
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