Já se vinha sabendo, por entretanto transpirar em certas comunicações, mas como a comunicação do regime vinha pondo inventados entraves, chegou agora notícia pública do novo facto: - O FC Porto deixou de estar oficialmente sob a alçada das limitações e restrições do chamado “Fair-Play Financeiro da UEFA”. Boa nova transmitida por canais de verdadeiras informações e também por título escarrapachado na primeira página do jornal O Jogo, com desenvolvimento nas páginas seguintes desse diário desportivo que tem sido o que menos deixa correr as águas para as mós dos clubes do poder.
Esta é pois uma boa vitória do FC Porto. Do clube, que estará
sempre acima de tudo. Embora obviamente a atual Direção do FC Porto, através de suas cúpulas,
tenha estado na resolução, tal como estiveram na ocasião das causas da origem dessa
situação anterior os diretores da época em que aquilo ocorreu. Mas sabendo-se que sempre fizeram tudo para que o FC Porto fosse grande, pensando no bem do FC Porto.
O caso não é para embandeirar em arco, por ora, nem deitar foguetes
fora de tempo, pois ainda continua a haver alguns apuros de apertar de cinto e de
largar cordões das bolsas de ativos, mas caminha-se já para um desanuviamento
do ambiente financeiro. O que leva a demonstrar que a Direção continua a ser
merecedora de confiança. Sem endeusamentos, mas realisticamente. Mesmo porque
aqui quem escreve isto não deixa nada nem ninguém colocar-se diante dos olhos
dos sentidos à frente dos interesses do nosso FC Porto. Fui acérrimo apoiante
de Pinto da Costa durante o período infeliz do verão quente de 1980, motivo que
me levou a deixar de escrever no jornal O Porto após o afastamento de Pinto da
Costa e Pedroto quando Américo Sá obedeceu aos interesses políticos de seus
partidários adeptos dos clubes do sistema regimental da capital do Império. Embora
tivesse então ainda continuado o meu nome a figurar na ficha técnica do jornal,
sem eu já ser colaborador, como havia comunicado a partir que não publicaram
artigos em que eu defendi Pinto da Costa e Pedroto. E por fim tive grandes dias com o regresso de Nuno Pinto da Costa ao clube. Mas, depois, assim como me
regozijei com os anos seguintes à entrada de Pinto da Costa como Presidente,
também não concordei com algumas situações. Incluindo o encerramento do jornal
do clube, o que motivou que desde aí tenha deixado de haver registo das atividades
portistas (visto a revista Dragões ser mais de divulgação de imagem gráfica e não tanto
de historicismo). De modo que daqui a tempos para se procurar dados históricos
do clube terá se buscar apenas nos jornais de fora do clube. Tal qual sentindo-me
triste por ver que no Museu do FC Porto não têm lugar até todas as taças conquistadas
pelas representações sucessivas do FC Porto, mais galardões, quadros, livros,
artefactos vários e outros pendões históricos portistas, porque o clube existe
desde 1893 e não apenas desde finais do século XX. Porém sabendo discernir que
foi a partir de 1982 que o clube ganhou a dimensão que tanto ansiamos.
Assim sendo o momento é de apreciar a nova realidade e
sobretudo vincar o facto, para acabar com mitos colocados pelos adversários.
Servindo isto ainda e até para tapar a boca dos inimigos, quer aos cartilheiros
como aos mercenários da comunicação social do regime, mais aos adeptos menos
atentos ou mais influenciáveis.
O FC Porto honremos, que o FC Porto nos contempla!
Armando Pinto
Nota: imagens digitalizadas da edição de papel do jornal O
JOGO.
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