Mais uma vez no FC Porto são atribuídos os anuais Dragões de
Ouro antes do fim do ano correspondente. Conforme a divulgação da respetiva
lista de galardoados de 2021 publicada esta quarta-feira. Tema que se regista e
dá azo para um bom remirar do passado, com a lembrança de uma outra ação de reconhecimento
e gratidão em jornadas acontecidas noutros tempos, como eram as festas dos campeões.
Vindo a propósito dos Dragões de Ouro anunciados neste início de outubro de
2021, lembrar uma festa assim ocorrida no princípio também de outubro, em 1968.
Antes ainda, porém, regista-se o rol dos Dragões de Ouro de
agora, deitando mão e olhos, com a devida vénia, à coluna publicada no jornal O
Jogo, em recorte que para aqui se transpõe.
Embora as opiniões se dividam nalguns casos, quanto à
galeria total dos premiados com o Dragão de Ouro, sobretudo porque o falecido
Quintana merecia ser também homenageado com o Dragão de “Recordação”, podendo
ser naturalmente ex-aequo com Reinaldo Teles (o que pode até muito bem ainda
acontecer, caso haja ponderação devida), todos os dragonados merecem, afinal, e
só é pena que não possa ser alargado o número, perante tantos casos possíveis.
E de todo o modo, diante desta realidade atual, vem a calhar, a propósito,
então dar um ar de rememoração. Porque aqui, neste espaçozinho de memória
portista, o que conta é mesmo o FC Porto e não só o que possa ser mais apreciado
por alguém, seja dos dias que correm ou dos tempos decorridos ao longo de mais
de um século da história do clube.
Ora, em tempos idos, era o Trofeu Pinga a distinguir os valores portistas (antecessor do Dragão de Ouro surgido na primeira presidência de Pinto da Costa). Sendo então o Trofeu Pinga o galardão oficial
do FC Porto, quão representava o reconhecimento oficial aos atletas que mais se
distinguiam, sendo entregue de dois em dois anos, sensivelmente. Trofeu esse criado após o
falecimento do célebre futebolista Artur de Sousa “Pinga”, considerado ao tempo
o maior desportista dentro da história do FC Porto e um dos melhores de sempre
do futebol português. Até que o mesmo galardão máximo do clube deixou de ser atribuído durante a presidência de Américo Sá. Enquanto, antes e depois, havia por vezes uma grande
festa para agraciar os desportistas do FC Porto que haviam sido campeões nacionais.
Como foi a Festa dos Campões de 1968, para apenas incidir a
recordação num caso, pois essas festas aconteceram por diversas vezes como
consta da História do FC Porto. Festa essa, no caso referido, acontecida durante
a presidência de Afonso Pinto de Magalhães e dessa vez com lugar na aprazível
localização da Quinta Fonte da Vinha, do presidente honorário Sebastião Ferreira Mendes.
Tendo ali sido homenageados 136 atletas campeões pelo FC Porto, entre 250 convivas (apenas não tendo
sido mais engrossado tal número, na ocasião, por não poderem então estar presentes os
futebolistas que haviam vencido a Taça de Portugal de 1968, por terem jogo no
dia seguinte). Em ato oficial e festivo decorrido num repasto, sob idílico
cenário, que depois durante a tarde continuou na sede do clube, em plena sala-museu, e à noite teve seguimento com um festival desportivo no
estádio das Antas, nesse sábado 5 de outubro.
Dessa memorável jornada de confraternização (por vezes já aqui neste blogue também referenciada em memorizações de atletas, por exemplo), deu destaque na época o jornal O Porto com uma desenvolvida reportagem. Da qual, além de se juntar respigos de algumas imagens ilustrativas, se juntam também visualizações de captações fotográficas das respetivas páginas, diante da profusão e grandeza do registo publicado no órgão oficial do clube, sobre tão grandioso acontecimento.
Armando Pinto
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