A 26 de Novembro de 1934 a equipa de Râguebi do FC Porto
vencia o Boavista por 36-0 e conquistava a “Taça Outono”, uma das estrelas da
vitrina Ecletismo da AT “Azul ao Fundo do Túnel” no atual Museu do FC Porto
(Museu FC Porto by BMG).
Naturalmente muitos outros trofeus foram conquistados pela Secção
de Râguebi do FC Porto, apenas que no museu atual estão, por ora, simplesmente alguns trofeus das
modalidades como amostra, até que seja possível a prometida colocação de tudo o
que faz parte do património histórico-museológico portista.
Ora, o FC Porto foi um dos primeiros clubes a desenvolver a prática desta modalidade desportiva na cidade do Porto e até no país, tendo o Râguebi tido no FC Porto inícios pelo ano de 1928. Através de alguns entusiastas, com realce para César Augusto Machado. Tendo (conforme diz uma publicação do clube, a revista do aniversário de 1981), apresentado nessa altura, em finais dos anos 20, «uma plêiade de praticantes que deixaram o seu nome para sempre ligado à história do Râguebi nacional».
Ainda dos primeiros tempos da modalidade da bola oval, no
ambiente portista, registou Rodrigues Teles na primeira experiência da sua História
do FC Porto, então até 1933:
Com efeito, a modalidade do “Rugby” (como inicialmente se
escrevia, à inglesa), nunca foi um desporto de grandes simpatias entre os
simpatizantes portistas e mesmo adeptos desportistas. Não chegando por via
disso a deter grandes raízes. A pontos que dentro do clube as próprias
camisolas eram também diferentes no padrão, embora de riscas azuis e brancas
mas horizontais.
Em resumo e como atualização disso tudo, respiga-se duma
crónica de 1964, inserta no jornal O Porto de novembro de 1964, a então
apresentação da fase de reabertura em 1964, com resenha historiadora do
percurso memorando dentro do clube.
Ora, foi contudo efémera essa revitalização de 1964/1966,
sob a coordenação de António Queirós e José Gonçalves, havendo aí reunido um
lote de jovens desse tempo, tais como Durana Pinto, Américo Correia, Augusto
Boucinha, José Maciel, Luís César, Vítor Oliveira, João Veiga, Luís Sousa,
Albertino Azevedo, Leal da Silva e Pimenta de Carvalho, os componente do plantel
do ressurgimento.
Segundo Luís César, na revista “Vida do Grande Clube
Nortenho (2)", edição de 1978 das Seleções Desportivas, então «defrontando o
CDUP e REGENTES AGRÍCOLAS de Coimbra na 1ª época a equipa apenas somaria
derrotas; a sua única vitória nessa época do ressurgimento aconteceu a 13 de
fevereiro de 1966 no Estádio Universitário, frente aos regentes Agrícolas por
11-6; enquanto para a Taça de Portugal seria esmagado pelo Benfica, em 1 de
maio, no Lima, por 55-3!!! Foi o canto do cisne do rugby azul e branco…»
Como a modalidade não tinha muitos adeptos seguidores e os
resultados eram desanimadores, não admira que tenha acabado, de vez, dentro do
clube. Sendo o FC Porto um clube onde sempre haverá aspiração da disputa dos
lugares cimeiros, pelo menos, e quanto possível no plano vitorioso. Mas a história conta, e tudo o que existiu merece rememoração. Como no caso do FC Porto ter tido já essa modalidade, em tempos idos.
Armando Pinto
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