Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

O triste “caso Gomes” em Fevereiro de 1989

Em fevereiro de 1989, há 35 anos, conta a perfazer por estes dias de fevereiro de 2024, deu-se o triste e inesquecível «caso Gomes», no FC Porto. Acontecido tal na ilha da Madeira, onde a equipa principal do FC Porto se encontrava para disputa de mais um jogo diante do Marítimo, para o Campeonato Nacional. Quando Gomes na defesa do plantel, como capitão de equipa, saiu prejudicado diante do treinador-adjunto, Otávio Machado. E sem defesa do treinador principal, Artur Jorge, e sobretudo da comitiva presente da Direção, liderada por Pinto da Costa, foi aí tirado da equipa. Acabando por sair da convocatória, primeiro, e depois suspenso. Levando isso, com a instauração de um processo, no clube, ao resultado de Gomes ter sido obrigado a sair do clube e ir representar outro clube grande, de modo que teve de acabar a carreira em Lisboa num dos rivais, no Sporting.

Resumidamente, dizem os ecos dessa jornada, «Fernando Gomes irritou-se na tardia chegada ao hotel no Funchal, quando começou a ser servida a refeição a dirigentes e técnicos e o capitão alegou que os jogadores deveriam ser servidos em primeiro lugar, para recolherem e de seguida poderem ir descansar, com vista ao jogo que tinham de disputar. Ao que Octávio ripostou em nome da equipa técnica e o caldo entornou-se.»

Então, continuando a lembrança, «o bibota de Ouro não jogaria no dia seguinte ante o Marítimo, afastado que foi da equipa. Não voltaria a jogar pelo FC Porto até ao final dessa época 1988-89 e a 1 de Agosto de 1989 ingressou no Sporting.

O jogador foi sujeito a um processo disciplinar e afastado, de início, do contacto com a equipa. Foi época em que os dragões não venceram qualquer troféu, nesse período. Artur Jorge assumira o comando técnico e voltara com Octávio para reatar épocas de sucesso – e iniciar o que ficou conhecido, no final dessa época, pela "limpeza de balneário" e a saída de tantos históricos, de Pacheco a Frasco, de Lima Pereira a Quim.

Mas em 1988-89, sem Fernando Gomes, o FC Porto nada ganhou… Fernando Gomes ingressaria no Sporting para dois anos de êxitos pessoais e reconhecimento dos leões, confirmando os seus dotes de goleador. Houve processo disciplinar ao grande goleador. Mas pela sua estatura como símbolo do clube e com outras preocupações para refazer a equipa para o futuro, as coisas arrastaram-se e a conclusão da ação disciplinar do clube deu-se já com Fernando Gomes de leão ao peito.»

Dessa situação, porque a história se não pode esquecer nem apagar, se dá conta aqui na Memória Portista, através de visão de uma página jornalística e mais recortes da época, ainda com o processo em curso. Sem necessidade de pormenorizar mais, embora se necessário também se possa fazer e refazer ainda mais, bastando porém as letras grandes para avivar infelizes mas inesquecíveis memórias.

Armando Pinto

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