Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 28 de junho de 2020

Recordando a conquista da 1ª Taça dos Campeões Europeus de Hóquei em Patins do FC Porto


No dia 28 de Junho de 1986, em Itália, o FC Porto venceu no "inferno" de Novara por 7-5 e ergueu a primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus de hóquei em patins conquistada pelo esquadrão das Antas.

Foi essa a primeira conquista do FC Porto duma Taça dos Campeões Europeus de todas as modalidades do ecletismo portista, depois de anteriormente também ter sido a equipa senior do hóquei patinado azul e branco a ter obtido a Taça das Taças, entre trofeus oficiais europeus do galarim portista.  Antecedendo assim a  conquista do futebol, que chegaria no ano seguinte, em 1987. E a do Bilhar, mais a correspondente da equipa de futebol B do FC Porto, já no século XXI.


Foi então nesta data da véspera da festa de S. Pedro que os dragões abriram o ferrolho dessa competição europeia de hóquei, ao bateram os italianos do Novara por 7-5, no segundo jogo da final, depois de terem vencido em casa por 5-3. Antes, nas meias-finais o FC Porto eliminara o Barcelona, após haver empatado na Catalunha por 5-5 e vencido no pavilhão Américo Sá por 6-3.

Estava então Domingos Guimarães na baliza, enquanto António Alves, Carlos Realista, Vítor Hugo e Vítor Bruno compunham o cinco normalmente inicial, revezando com Franklim Pais como segundo guarda-redes, mais António Vale, Domingos Carvalho, Tó Neves e Luís Almas, que completavam o conjunto de dez hoquistas do plantel. Os quais, junto com o treinador Cristiano, os diretores Ilídio Pinto e João Baldaia, mais elementos de apoio desde o massagista Alvim ao mecânico sr. Óscar e o presidente Pinto da Costa, levantaram a Taça dos Clubes Campeões Europeus (mais tarde e atualmente denominada Liga Europeia).


Cristiano Pereira era o treinador e passados anos ainda recorda: «Foi incrível. Levávamos para Itália uma vantagem de dois golos. Em Novara o ambiente era hostil. Na primeira parte, o Novara goleava. Na segunda, foi a reviravolta com o 7-5 a acontecer a quatro minutos do fim. O árbitro terminou o jogo antes do tempo, devido ao comportamento dos adeptos e recebemos a taça no balneário. Foi o culminar de cinco anos de trabalho e essa temporada foi formidável, terminando com o título europeu num ano em que ganhámos o Campeonato Nacional, a Supertaça nacional e depois a Supertaça Europeia».

 

Então, em 1986, veio para o Porto tal pioneira Taça dos Campeões Europeus, ao tempo com esse nome, através do hóquei em patins, graças a uma brilhante campanha culminada na inesquecível jogatana em Itália, desse desporto jogado com aléu sobre patins.

   

Na passagem da correspondente efeméride, é pois oportuno recordar essa primeira Taça dos Campeões Europeus conquistada pelo F C Porto. Corria o início do verão de 1986, quando vivemos então tamanha alegria e tivemos a ditosa possibilidade de guardar intimamente a consagração dessa inesquecível proeza dos hoquistas do F C Porto.

   
= Imagens dos dois jogos da final de 1986, a duas mãos: fases do jogo no Porto e do decisivo em Novara.=

  

 
= Reportagem do jornal Gazeta dos Desportos, da edição seguinte à vitória (visto à época os jornais desportivos ainda não serem diários).

Como tal, e por tanto que nos lembra e queremos sempre preservar na Memória Coletiva Portista, juntamos aqui e agora alguns testemunhos impressos, por via de notas de reportagem jornalística, no caso recortados da Gazeta dos Desportos, e algumas páginas coevas da revista mensal Dragões, de 1986. Sem necessidade de mais descrições, que as que foram impregnadas no papel dessas publicações, cujas edições falam por si.

  













 

Para a história ficava tudo isso, conquistado em plena noitada da festa tradicional do São Pedro, última festividade dos santos populares, sob o comando do treinador campeão dessa primeira Taça dos Campeões, Cristiano. Abrindo assim com as chaves desse santo pupular a porta para os triunfos que se seguiram.

Curiosamente, passados anos, em 2019, era nesse dia oficialmente atribuída ao mesmo, Cristiano Pereira, a Medalha de Mérito-Grau Ouro da Cidade do Porto. Incluído assim que foi Cristiano entre personalidades e instituições da cidade. Proposto pelo presidente da Câmara do Porto, entre nomes ilustres merecedores de reconhecimento da edilidade portuense: - Cristiano Joaquim Marques Trindade Pereira, histórico hoquista internacional que durante anos foi o principal estandarte do hóquei em patins do FC Porto e também treinador campeão europeu de clubes, mais treinador e selecionador nacional campeão europeu e mundial pela seleção portuguesa.

Armando Pinto 
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1 comentário:

  1. Entrou na caixa de comentários deste artigo um comentário anónimo que não se entende se é pergunta ou afirmação. Contudo, para ser credível precisa de ter identificação.

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