Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Título de Bicampeão Nacional de 1978/1979


Para quem tinha esperado muitos anos e finalmente viu o Porto campeão de futebol sénior em 1978, a época terminada a meio de junho de 1979 foi um regalo. Ainda estava presente o gosto de algo conseguido e logo era repetido. Como no ditado popular de não haver fome que não traga fartura, embora sempre desejando mais. Especialmente porque o FC Porto tinha uma grande equipa, muitíssimo superior à concorrência das equipas adversárias, a dar para superar assim as manobras de bastidores do sistema português.


Então a 17 de junho de 1979 chegava ao fim o Campeonato Nacional de 1ª Divisão de 1978/79 com o FC Porto campeão!

= Pose de conjunto de uma equipa do FC Porto num dos jogos da época 1978/79. Em cima, e da esquerda para a direita - Duda, Murça,  Adelino Teixeira, Gabriel, Oliveira e Joaquim Torres; em baixo - Lima Pereira, Rodolfo, Gomes, Marco Aurélio e Costa. Em jogo da 1ª volta do campeonato, antes de Marco Aurélio ter ficado afastado da competição, com uma perna fraturada pela entrada dura de Toni sobre ele no jogo do empate da Luz…

Na parte final da prova, e uma semana antes do último jogo, ficara mais próximo esse título nacional, mediante o FC Porto haver passado a ter um ponto a mais que o concorrente Benfica, havendo vantagem do FC Porto no confronto direto (pois vencera nas Antas e empatou na Luz). Bastando assim no derradeiro jogo um empate ao FC Porto, sendo tempo de 2 pontos por vitória e 1 por empate. Mas, sem fazer a coisa por menos, o FC Porto bateu o último adversário, o Barreirense, por 4-1 e nas Antas festejou-se mais uma grande alegria, com o estádio à pinha. Cheio a abarrotar, mesmo, o estádio do FC Porto meteu muito mais gente que a sua lotação. Tanto que os bilhetes de Dia do Clube, com era sempre em dias de jogos grandes, dessa vez até tiveram edição extra, sendo aproveitados bilhetes oficiais da FPF com indicação de serem para jogo da 2ª Divisão, metendo-lhe um carimbo com legenda da 1ª Divisão, para dar efeito… e ajudar mais à receita, como também acontecia ao tempo – conforme se pode ver pelo bilhete pessoal, de entrada nesse dia.


E foi mesmo uma tarde em cheio, com calor ambiental a amenizar a canícula das horas nobres do futebol desse tempo. Enquanto no campo de jogo o FC Porto sentiu durante algum tempo dificuldades em marcar, perante a defesa cerrada dos homens do clube do Barreiro, que vinham de lição estudada para tentarem que o Gomes não marcasse, pois estava acesa a disputa com Nené do Benfica pela marca de melhor marcador do campeonato.

= Pose da equipa inicial no último jogo, com a equipa técnica também e acompanhantes, antecedendo a festa...

Ora, bastando um empate, mas com a vitória no pensamento natural, depois foram aparecendo golos que cedo mostraram que a vitória sobre o Barreirense consumava a renovação do principal título nacional. Oliveira, Duda, Gomes e Coentro Faria, na baliza errada (em corte a jogada de Gomes…), marcaram os golos «de um triunfo por 4-1 que permitiu a Pedroto igualar um dos grandes feitos de Siska, o primeiro treinador bicampeão da história azul e branca. Uma semana antes do São João, o Porto já rebentava de alegria.». Tendo Gomes então sido mais uma vez Bola de Prata de rei dos goleadores.


Isso foi já há 41 anos (na conta de agora, em 2020), mas está bem presente nas recordações pessoais e coletivas, obviamente. Nem sendo necessário documentação a atestar, por estar bem vivo na retina da memória.  Sendo mais como reforço que se juntam imagens do jornal O Primeiro de Janeiro, da sua edição do dia seguinte, em captações por fotografia (visto o jornal ser demasiado grande para o alcance do digitalizador pessoal do autor deste blogue).


Foi essa uma tarde gloriosa, com o FC Porto campeão, em mais uma vitória do bem sobre o mal. Como dizem as escrituras que mil anos para Deus são como um dia que passa apenas na imensa eternidade, e havendo algo no Além que um dia faça justiça e condene todos os batoteiros que andaram e andam no desporto, pois assim os que antes impediram o FC Porto de ser campeão, além de nessa tarde terem tido mais um desgosto, terão algum dia de sentir o tal ranger de dentes que também está escrito… tal como todos os da teia do sistema toupeiral, quer os que roubaram e roubam, como os que ficam à porta das decisões.

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

Sem comentários:

Enviar um comentário