Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Custódio Pinto – “Cabecinha” das participações europeias do FC Porto de tempos antigos e “Capitão” da Taça de 1968!


O FC Porto é no século XXI o clube português com melhor historial nas provas europeias de futebol, possuindo o melhor palmarés desde que ainda no século XX começou a somar títulos e a ganhar prestígio, posicionando-se presentemente como um dos grandes, com mais presenças na Liga dos Campeões, além de entre portugueses ter mais títulos a nível europeu e mundial.

= Pinto já na equipa principal do FC Porto, nos seus primeiros tempos de azul e branco.  Em cima, a partir da esquerda: Américo, Arcanjo, Paula, Festa,  Ívan e Virgílio; em baixo, pela mesma ordem: Carlos Duarte, Pinto, Serafim, Perdigão e Jaime.

Antes ainda do FC Porto ser também o único clube português vencedor da Supertaça Europeia e da Taça Intercontinental, na anterior versão do Mundial de Clubes que o FC Porto venceu por duas vezes, anteriormente a isso, recordamos, enquanto o clube azul e branco foi conseguindo apenas alguns bons momentos nas participações em provas europeias de antanho, alguns elementos do clube foram tendo salientes prestações, como foi o caso de Custódio Pinto, alguém que enquanto jogou pelo FC Porto era detentor da melhor soma de golos do FC Porto no plano internacional.     

Custódio Pinto, apelidado de “ Cabecinha de Ouro”, como “de Diamante”, pelo seu bom jogo de cabeça, era um futebolista que durante os jogos corria pelo campo todo, tendo ficado na memória portista também como o “Capitão” que levantou a Taça de 1968 para o F. C. Porto. Normalmente conhecido por “Pinto do Porto”, como mais popularmente era chamado, até para o distinguir ao tempo de seu irmão (Manuel Pinto) que jogava a defesa do Guimarães, passou depois a ser também referido por Custódio Pinto, quando já em finais dos anos sessentas teve o irmão a seu lado pela seleção nacional.

= Custódio Pinto em foto "à civil", autografada, e com a camisola da Seleção A portuguesa

Ilustrando a afirmação, de ser considerado "Cabecinha", foi de um desses epítetos elogiosos uma coluna jornalística do ano de 1968, que respigamos como exemplo, por meio dum recorte d’ “O Porto”.


Esse Pinto, de nome completo Custódio João Pinto, foi então um valor de alto coturno dentro da mística Portista de outrora, na sensibilidade clubista há umas décadas recuadas, quando chegou a ser recordista de golos em competições oficiais das provas europeias. Pois, aquele antigo ariete do F. C. Porto, mantendo-se ainda na lista dos melhores goleadores ao longo da História do F C Porto, também teve um recorde de golos ao nível internacional, num tempo em que o clube acabava por disputar menos jogos em pugnas europeias.


Efetivamente, até há alguns anos atrás, Custódio Pinto foi recordista de golos marcados pelo F. C. Porto nas competições da UEFA, como se pode ver em caixa incluída no Palmarés Internacional do FCP até aos finais dos anos setentas - conforme publicação no primeiro dos dois pequenos livros intitulados “A Vida do Grande Clube Nortenho” (escrito por Luís César, através de edição publicada em 1978 pelas “Selecções Desportivas”).


Entretanto Custódio Pinto ficara ligado à saga dos Magriços, como um dos representantes do F. C. Porto na campanha do Mundial de 1966 disputado na velha Albion, junto com Américo e Alberto Festa, embora sem ter jogado na fase final (por na altura o FC Porto também não ter nos órgãos federativos quem defendesse os interesses do clube e olhasse pelos seus elementos, como acontecia com os outros nesses tempos do sistema BSB, com os presidentes da Federação a serem, em mandatos à vez, só do Benfica, Sporting e Belenenses)…


Com a mão na massa de exaltação da representatividade do Pinto na ambiência Portista, não se pode deixar escapar qualquer ensejo de recordar bem o feito maior desse tempo, a conquista que mais encheu de júbilo a nação Portista, como foi a Taça de Portugal conseguida em Junho de 1968. Na qual Custódio Pinto esteve de corpo e alma, tal como mostra a histórica fotografia do levantar da taça em plena tribuna de honra do Jamor, perante o feliz orgulho do Presidente Pinto de Magalhães.


Custódio João Pinto, como era seu nome completo, veio do sul e arreigou-se ao Porto. Nascido a 9 de Fevereiro de 1942, no Montijo, começou a jogar futebol no clube de sua terra, C.D. Montijo, até que em 1961/62 foi contratado pelo Futebol Clube do Porto e logo se revelou um bom avançado, tendo dividido os golos da equipa principal com o goleador brasileiro Azumir, colega que na época foi o melhor marcador do campeonato nacional. Depois teve uma carreira distinta que o levou a ser considerado das melhores referências do clube. Tendo entretanto vestido a camisola azul e brancas durante dez temporadas, entre 1961/62 a 1970/71. Pelo FC Porto venceu por 5 vezes a Taça Associação de Futebol do Porto (em 1961/62, 1962/63, 1963/64, 1964/65 e 1965/66) e a Taça de Portugal de 1967/68. Ao longo de 242 jogos que disputou no campeonato e 80 golos marcados. Havendo, apesar de tudo, jogado 13 vezes pela Seleção A de Portugal, além de uma anterior pela seleção de Promessas e algumas outras pela seleção B, como também pela seleção Militar.


De permeio esteve algumas vezes perto de ajudar o clube a vencer o campeonato, coisa impossível nesse tempo da travessia da ponte mais roubos de igreja do sistema das arbitragens a mando BSB… Algo porém que em 1968/69 esteve mesmo muito perto de ser alcançado, como o autor recordará para sempre, enquanto jovem adepto ainda sem conhecer o título nacional, que se escaparia então pelo caso de Pedroto versus Custódio Pinto, Américo Lopes, Eduardo Gomes e Alberto Teixeira.


Até que, em 1971, antes do início da época de 1971/72, por decisão do treinador desse tempo, António Teixeira, o “Pinto do Porto” foi dispensado. Então Custódio Pinto rumou ao Vitória de Guimarães, onde passou a jogar mais com o irmão e teve ainda ensejo de ser dos melhores expoentes do clube vimaranense e mesmo dos maiores referenciais do campeonato português. Pondo por fim final à carreira de futebolista no fim da temporada de 1974/75.


Durante a sua permanência no FC Porto, onde era um autêntico símbolo, entre diversos factos esteve presente na noite da primeira vitória oficial do FC Porto em provas europeias, quando a 16 de Setembro de 1964 brilhou com dois golos e uma exibição de luxo na partida em que o F.C. Porto venceu o Olimpique de Lyon por 3-0, então para a Taça dos Vencedores das Taças (mais tarde extinta e com direitos de participação dos respetivos vencedores das taças, na Taça UEFA, atual Liga Europa).


Mais tarde pôde regressar ao FC Porto, numa justa reabilitação clubista, havendo integrado os quadros técnicos portistas. Foi então mesmo campeão nacional,  como treinador principal dos juniores do FC Porto.
Faleceu a 21 de Outubro de 2004.

= Plantel de Juniores do FC Porto da Época 1986/87. Em cima, da esq. p/ dta: Joaquim Carvalho, Vítor Baía, Oliveira, Fernando Couto, Zé Nuno Azevedo, Best, Zé Luis, Sérgio, Lai, Telmo Lopes e Custódio Pinto (Treinador). Em baixo pela mesma ordem: Fernando, Jorge Couto, João Paulo Tomás, Tozé Santos, Cabral, Domingos Paciência, Carlos Secretário e Zé Nando.

Merecedor de figurar em lugar de realce na História do FC Porto, Custódio Pinto justifica exaltação como nome importante do clube e do futebol nacional, conforme em apoteose recordamos com uma imagem de quadro pessoal, mais a sua ficha da galeria dos Internacionais do FC Porto (em trabalho histórico-literário de Rodrigues Teles, em 1968).  

Armando Pinto

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Efeméride sobre a 1ª vitória oficial europeia do futebol portista


Faz agora anos que aconteceu a 1ª vitória europeia do F C Porto, a nível oficial do futebol sénior.

Com efeito, perfaz 51 anos, na data deste dia, que o FC Porto conseguia a sua primeira vitória nas competições da UEFA. Foi na Taça das Taças (antiga Taça dos Vencedores de Taças, entretanto extinta e, por junto com a também anterior taça das Cidades com Feira, na prática substituída pela Taça UEFA, agora Liga Europa), então frente ao Lyon e por claros 3-0, através de 2 golos de Pinto e 1 de Carlos Baptista, guarnecidos com grande exibição de Américo e seus companheiros. Depois, na segunda mão, em França, a equipa do F C Porto voltaria a ganhar, aí por 1-0, com golo do Valdir.

Calha a propósito, neste dia em que o F C Porto inicia em Kiev a campanha europeia desta época de 2015/16, a contar para a Liga dos Campeões Europeus, recordarmos o acontecimento, lembrando anterior rememoração que já prestamos aqui neste nosso blogue, em (clicando sobre o link, abaixo)



Armando Pinto

sábado, 23 de agosto de 2014

Equipa do F C Porto que derrotou o Lille é a mais nova vencedora em provas europeias


O F C Porto é princípio e fim - como dizíamos aqui no anterior artigo. E é mesmo, tal qual a própria palavra quer dizer, sendo Porto de onde partem e aportam embarcações e tudo quanto abarcam seus meios e destinos. E, por analogia, o Porto é ancoradouro congregador de fortes sentimentos, refúgio de sensações, abrigo de sonhos e ponto de referência superior, qual voo de andorinha, avezinha benéfica, a levar e dar boas novas.

Contrariamente a aves de rapina que andam à cata de presas, à falta de melhor, quase como alguns clubes cujos representantes se julgam mais do que são, maila sua afeta comunicação. A pontos de tentarem por todos os meios minar terreno, até recorrendo a filmes (como alguém dizia, ainda por estes dias), de ficção menor...

Ora, sem ligar a campanhas orquestradas, porque o F C Porto está a começar bem a época futebolística e isso provoca já calafrios em determinadas pessoas, continuamos aqui e agora com mais umas dicas retemperadoras de tempos e modos, aproveitando a maré de recordes que a equipa principal de futebol do Porto está a passar. Desta feita sem tanta repercussão, mas com expressiva mensagem para dentro, por revelar quão apurado e avantajado está o estado atual do futebol portista, comparativamente com tempos de antanho.


Pois então, embora, como diz bem Lopetegui, o F C Porto é que deve ser protagonista, voltamos com algo paralelo, visto o que anda em torno da atualidade do clube merecer sempre atenção e apreço. Daí que, a propósito do jogo da 1ªa mão da pré-eliminatória de apuramento para a Liga dos Campeões, reparemos que a nossa equipa que bateu Lille é a mais nova de sempre a vencer em provas europeias.

Assim, com efeito, até nesse aspeto os “Dragões” fizeram história vitoriosa em França. Com a equipa que se vê na imagem cimeira: Da esquerda para a direita, em cima - Fabiano, Indi, Jackson, Danilo, Casemiro e Maicon; em baixo - Óliver Torres, Alex Sandro, Herrera, Rúben Neves e Brahimi.

Posto isso, passemos a historiar mais esta marca curiosa, relativamente ao F C Porto:

Depois de ter sido dado um passo importante no triunfo em França diante do Lille (por 1-0, como visitante), constata-se que o FC Porto alcançou essa vitória com uma equipa muito jovem em média de idades, dos que alinharam de início. Julen Lopetegui tem demonstrado ser um treinador habituado a apostar em jovens jogadores – Rúben Neves é o exemplo mais evidente - e isso tem-se notado tanto na constituição do plantel como nas equipas apresentadas durante os jogos. 

Estará possivelmente, deste modo, a formatar-se um bom naipe, cujos nomes, por certo, ficarão na História do F C Porto, como alguns símbolos referenciais do passado que  perduram pelos tempos adiante.

= Nomes históricos: José Rolando, Custódio Pinto e Fernando "Pavão"...

Voltando a enquadrar a atualidade destes tempos de 2014: Durante o encontro referente a 1ª mão do decisivo play-off de acesso à Liga dos Campeões, da passada quarta-feira, os “Dragões” entraram mesmo para a história, já, ao apresentar a mais nova equipa vitoriosa em provas europeias - embora contando como terceiro onze com média de idades mais baixa da  história portista, mas, por outro prisma melhor, como formação mais nova a vencer em competições entre clubes europeus. Pois, com a não inclusão inicial de Ricardo Quaresma (de 30 anos) e a entrada de Casemiro (de 22 anos), o onze azul e branco ficou com uma média de idades situada nos 23,48 anos de idade, fazendo assim história no âmbito das estatísticas no F C Porto, sobretudo por ter vencido, ou seja fazendo melhor que as formações antecessoras.

Em todo o caso, para encontrar um onze com menor média de idades nas competições europeias é preciso recuar e recordar um jogo da já extinta Taça das Cidades com Feira (antecessora da Taça UEFA e sua seguidora Liga Europa).


Assim, aproveitando o facto, relembramos: Corriam os anos sessentas e os “Dragões” defrontavam os alemães do Hannover, em 1965, num encontro que ficou marcado por uma derrota por números inesperados de cinco golos sem resposta (que anularam a vitória do F C Porto por 1-0 na 1ª mão). Flávio Costa era o treinador e escalou uma equipa com uma idade média de 22,79 anos, atendendo também ao impedimento de um ou outro com mais idade (como por exemplo o guarda-redes titular, substituído então pelo habitual suplente), através de formação composta por Rui, Atraca, Valdemar, Almeida, Rolando, Luís Pinto, Custódio Pinto, Jaime, Manuel António, Amaury e Nóbrega.

Como ilustração, juntamos fotos relacionadas, mais esta aqui com o plantel alargado com outros elementos utilizados ao longo da mesma época.

Equipa do F.C. Porto, época de 1964/1965. De pé da esquerda para a direita: Rui, Rolando, Azumir, Paula, Miguel Arcanjo, Luís Pinto, Festa, Joaquim Jorge e Américo. Agachados: Jaime, Artur Jorge, Custódio Pinto, Almeida, Rico, Carlos Baptista e Nóbrega (Imagem que, com a devida vénia, recolhemos do espólio do blogue Dragão do Porto).

Depois, outra fornada jovem, com marca dentro do mesmo escalão, alinhou em 1966, um ano depois, quando o clube da “Invicta” voltou a participar na mesma competição com um onze muito jovem (22,89 anos), dessa vez frente ao Bordéus. José Maria Pedroto, o popular Mestre Zé do Boné, era o técnico e, perante as possibilidades do momento, fez entrar de início Rui, Valdemar, Almeida, Sucena, Atraca, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Ernesto, Djalma e Manuel António, num jogo que acabou igualmente em derrota (por 2-1, igualando a respetiva eliminatória, após a vitória portista por 2-1 nas Antas; dando-se por fim o caso da eliminação por moeda ao ar… como ficou na memória histórica).

= Grupo de avançados dessa época: Manuel António, Amaury, Ernesto e Nóbrega.

Até que agora em 2014 a equipa que venceu em Lille, desta feita, foi a mais nova a vencer o jogo correspondente. Havendo, efetivamente, o onze composto por Fabiano, Danilo, Maicon, Bruno Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Herrera, Óliver Torres, Brahimi e Jackson Martínez dado bom resultado e colocado os esquadrão dos “Dragões” em vantagem para a 2ª mão, a ser disputada na próxima terça-feira. 

Assim sendo, daqueles outros tempos, de outrora, serviu o presente, pelo menos, neste caso, para avivar memórias e recordar nomes que muito deram na defesa das cores azuis e brancas.

= Linha atacante de meados da década dos anos sessentas, entretanto com Djalma...

Os tempos agora são outros e o FC Porto é um grande clube europeu mais habituado a vencer, com estatuto carismático e estofo superador de dificuldades, já com tradição de vitórias. Sempre a alcançar novos objetivos e a obter novas forças, consolidando tão grande estatura desportiva.

Armando Pinto

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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Há 50 anos: Início do trajeto vitorioso do FC Porto com franceses...!


Passaram já cinquenta anos, desde o início europeu do futebol portista com equipas francesas. Sendo bem positivo o registo dos frente a frente do nosso clube diante de congéneres clubes gauleses.

Agora, calhou uma equipa do futebol francês ao F C Porto, para o embate europeu de início às hostilidades internacionais para esta época já próxima, saindo no sorteio a formação francesa do Lille. Desse modo o F C Porto vai defrontar a equipa que na época passada se classificou no terceiro lugar do campeonato gaulês, com quem medirá forças na fase de acesso à Liga dos Campeões, naquele que será o primeiro confronto frente à equipa atualmente referenciada; mas, de outro ângulo de visão, em mais uma das vezes acontecidas com outras equipas do mesmo país. Nesta que  é mais uma eliminatória do histórico de jogos entretanto realizados diante de clubes franceses de futebol, numa série iniciada precisamente há cinquenta anos.


Este ano, obrigado a disputar um “play-off” para garantir a sua 19.ª presença na fase de grupos da principal prova europeia de clubes, algo que não acontecia desde 2001/02, o F C Porto, agora sob orientação do espanhol Julen Lopetegui, vai protagonizar um inédito duelo com o Lille nas competições da UEFA, com quem diretamente o nosso clube nunca se tinha encontrado em provas oficiais. Porém, relembre-se, a nível de clubes de ambos os países, o F C Porto já teve outros encontros perante equipas de clubes franceses, numa série interessante. Com o pontapé de saída dado em 1964, há 50 anos, diante da equipa leonina que mal teve oportunidade de palrar, então.


Nesse ponto, o saldo de embates oficiais com equipas da Liga francesa é amplamente positivo para o F C Porto. Desde a estreia, há 50 anos, com o Lyon, na Taça das Taças, os dragões venceram 12 das 25 partidas disputadas, perdendo apenas seis. O exemplo mais marcante dessa tradição remonta à Liga dos Campeões de 2003/04, ganha pela equipa portuguesa azul e branca, com uma campanha que deixou pelo caminho três equipas do hexágono: Marselha, Lyon e Mónaco. Mas tudo começou há cinquenta anos, portanto, em 1964/65 (para a Taça das Taças), numa eliminatória em que o F C Porto venceu o Lyon pela primeira vez, também, e logo com duas vitórias, cá e lá.

= Equipa do F C Porto que alinhou no jogo das Antas com o Lyon, com (a partir de cima e da esquerda para a direita): Rolando, Paula, Festa, Almeida, Joaquim Jorge e Américo; Jaime, Pinto, Valdir, Carlos Baptista e Nóbrega.

Pela curiosidade e pertinência, recordamos essa disputa a duas mãos com o Lyon, resultante numa ampla vitória caseira por 3-0 e depois reforçada com a confirmação na visita ao terreno francês, tal o resultado final de 0-1 favorável à turma portista.


Dessa célebre jornada dupla e amplamente triunfante, recordamos alguns "flashes" históricos através de imagens que guardamos em nosso acervo pessoal, deixando tais recortes fazer uma devida crónica visual perante a natural diluição gráfica, patente no que ficou impregnado em papeis gastos pelo efeito dos tempos, contudo de afetos ainda visíveis no que ficou de memória ternamente vitoriosa.


^^ * ^^
Aditamento
- O Lille é referenciado especialmente, a nível da comunicação latina, por ter nas suas fileiras um futebolista oriundo dum país de língua portuguesa, mais propriamente de Cabo Verde, o atacante Ryan Mendes. Derivado ao próximo encontro com o F C Porto, esse jovem avançado cabo-verdiano expôs-se ao site do Lille, revelando que desde pequeno torce pelos portistas. Mas deu a volta, com uma mensagem apropriada.


«"Quero tranquilizar os adeptos do Lille: pela primeira vez não vou estar a torcer pelo FC Porto", disse Ryan Mendes depois de revelar ao site do Lille que desde pequeno é adepto dos azuis e brancos. "Admito, é o meu clube. É o clube que apoio desde pequeno. Por isso, será um prazer defrontar o FC Porto e no Estádio do Dragão", disse.
O avançado cabo-verdiano, de apenas 24 anos, está a iniciar a terceira época no Lille depois de ter sido contratado ao Le Havre. Sobre o resultado do sorteio, que coloca o F C Porto no caminho da equipa da Ligue 1, a mesma ideia do treinador. "No papel, o FC Porto é favorito mas tudo pode acontecer...»

Cada vez se nota mais que o F C Porto tem adeptos espalhados por todo o mundo, como grande clube mundial que é! 

Armando Pinto

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Honra e Glória Internacional do F. C. Porto


Está o F. C. Porto apurado para a fase seguinte da Liga dos Campeões europeus de futebol. Com mais esta passagem além da fase de grupos e integrado que fica entre os melhores clubes, com lugar nos oitavos de final da mais prestigiada prova desportiva da Europa, mantém o grande grémio desportivo azul e branco o rumo de honra e glória, sendo atualmente o clube português com maior e melhor palmarés nas competições internacionais. 

Com essa honra bem presente, recordamos tais glórias entretanto alcançadas. Deitando, por isso, olhos a algumas imagens inesquecíveis, que fazem parte das excelsas Memórias Portistas.





O que nunca é demais lembrar e valorizar, sempre! 

Armando Pinto 
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

F.C. Porto-D.Zagreb: 100ª vitória anfitriã / europeia… à vista?!


Aí está mais uma jornada internacional de clubes, cabendo ao F. C. Porto receber o Dínamo de Zagreb no que pode ser o jogo correspondente à centésima vitória portista nas competições europeias, enquanto clube anfitrião. 

Vamos a isso, pois!!! 

Com efeito o F. C. Porto, até à receção da eliminatória presente, tem 99 triunfos em casa para as provas europeias. Assim, perante cenário de já estar assegurada a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, e diante da possibilidade de poder juntar o apuramento com o primeiro lugar no respetivo grupo, o jogo ganha algum atrativo mais por se agregar tal curiosidade histórica. Pois a vitória sobre o Dínamo de Zagreb permite ao F. C. Porto atingir a vitória número 100 em provas europeias, no alcance desse número certo e numa contagem redonda, como se costuma dizer. O que possibilita perfazer essa conta perfeita, a concretizar um percurso iniciado há quarenta e oito anos, desde que a 16 de Setembro de 1964 a principal equipa de futebol do clube alcançou a primeira vitória – quando os dragões desse tempo venceram o Lyon de França por 3-0, então para a entretanto extinta Taça das Taças. Inicial vitória dentro de portas, essa, no plano internacional, por parte do F. C. Porto, oito anos depois de, em 1956/57, ter ocorrido a estreia portista nas competições europeias de futebol ao mais alto nível, recorde-se.

Desse facto deu conta o Jornal de Notícias, em sua edição do dia 19 passado recente, num interessante artigo que transportou a esses tempos também através de mostra da 1ª página onde constava referência à referida vitória ancestral.


Ora, nessa longínqua noite, de Setembro de 1964, foram dados primeiros passos vitoriosos da caminhada que presentemente está em alta dimensão. Tendo, daí até agora, o F. C. Porto já disputado 156 jogos oficiais na condição de visitado, nos quais se registaram 99 vitórias, 33 empates e 24 derrotas, entre jogos disputados no estádio das Antas e no Dragão. Havendo, no meio dessas ocorrências, surgido a 50ª vitória caseira em 1993/94, no alcance da metade desta contagem agora em vista, então na receção ao Werder Bremen (3-2), em pleno relvado das Antas. Enquanto se a estreia vitoriosa nas Antas demorou alguns anos, já a estreia no estádio do Dragão, para as competições europeias, coincidiu com auspicioso resultado de 2-1 sobre o Manchester United, a contar para a Champions.

= Equipa de 1964, que venceu por 3-0 o Lyon, no Porto. Vendo-se, a partir da esquerda: em cima - Rolando, Paula, Festa, Almeida, Joaquim Jorge e Américo; em baixo - Jaime, Pinto, Valdir, Carlos Baptista e Nóbrega.

Desse percurso, entre outras curiosidades, ressalte-se o fator dos golos caseiros, também – como se assinala com a nomeação dos goleadores e correspondente contagem dos golos, em respigo atual (de caixa anexa ao artigo saído na passada segunda-feira no J.N.):


Diante destas notas históricas, relembre-se ainda algumas imagens do jogo da vitória inicial, através de gravuras de jornais da época e do arquivo pessoal do autor destas recordações. Numa sequência de fotografias já com visibilidade carcomida pela erosão do tempo, porém cientes do que demonstram, tal a expressividade das legendas e precisão dos instantâneos.





Posto isto, escusamos de alongar mais a memorização por, entretanto, havermos publicado outros dados e curiosidades em devido tempo, num artigo antes inserto em nosso anterior blogue.

Obs.: Acresce ainda à 100ª vitória em casa, com o D. Zagreb esta quarta-feira, também o total de 150 vitórias do F. C. Porto nas provas europeias, na soma dos jogos como visitado e visitante. Mais uma marca e outra curiosidade relacionada, de todo este grandioso mundo que é o universo Portista.

Armando Pinto 
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