Parece ainda ter sido há pouco tempo, para quem já viveu
algo mais, mas realmente até já se passaram 16 anos desde aquele domingo de
temperatura meteorológica agreste mas ambientalmente atraente. Como foi andar ali
entre a multidão ao redor do estádio novo e nas cercanias do antigo, até que lá
dentro foi toda uma explosão de admiração que mais parecia estarmos nas nuvens,
a ver aquilo quase sem sabermos ainda muito bem como ali estávamos, em algo
nosso que ainda nem conhecíamos bem. Quase como quando sonhamos com locais que
nos parecem surreais, em mistura de ilusões e realidade sonhada.
Entretanto, passados 16 anos desde esse inesquecível dia, em que deixei de ir ao magusto anual dum agrupamento fundado precisamente por mim uns bons anos antes, para então estar quanto mais tempo possível no novo mundo azul e branco... longe estava de imaginar que 16 anos depois estaria a apresentar um livro próprio, na mesma data, este ano, agora, em novo motivo regionalista e de afeição local.
Passa então agora mais um aniversário do estádio do Dragão, sobre a
data da sua inauguração, pois de construção tem mais tempo, incluindo o do atraso provocado pelo Rio que então inundava os interesses da cidade. Ficando a valer após ter ficado pronto, com o estádio a ser aberto ao público, contando a abertura festiva que ocorreu então na época fria de outono, porém sob temperatura efusiva do calor clubista.
Como já se vão somando os anos e acumulando as apreciações,
depois de alguns anos em que neste espaço de Memória Portista também se tem assinalado cada ano dos
respetivos aniversários, pode parecer que está tudo dito (escrito), contudo
nunca será demasiado celebrar o caso, tal o que se viveu nesse dia e pela noite
adiante. Ficando as recordações personalizadas, quer na retina da memória
pessoal, como em adereços e objetos, de estimação.
Ora, como as imagens valem por muitas palavras, assinala-se
a data com algumas fotografias retiradas de literatura historiadora dessa
festiva inauguração.
E o estádio do Dragão continua a ser a nossa casa dos momentos portistas.
Armando Pinto
Post Scriptum - Das páginas do clube, juntando textos de Dragões Diário e da página fcporto.pt:
Post Scriptum - Das páginas do clube, juntando textos de Dragões Diário e da página fcporto.pt:
A nossa casa está de parabéns. O Estádio do Dragão foi
inaugurado há 16 anos com uma cerimónia que teve como ponto alto um jogo
particular com o Barcelona. O FC Porto venceu por 2-0 no encontro em que Lionel
Messi se estreou como sénior, e Derlei marcou o primeiro golo da história
recinto projetado pelo arquiteto Manuel Salgado.
Pouco dias antes, José Mourinho tinha garantido que era
“fantástico inaugurar o estádio como campeão nacional”. E acrescentava que
“fantástico seria também, na primeira época em que aqui jogarmos, voltarmos a
ser campeões”. O desejo cumpriu-se e as expectativas foram superadas: o FC
Porto foi campeão nacional e da Europa em 2003/04.
São muitas as alegrias que os portistas viveram no Dragão.
Só troféus conquistados foram 24, três deles internacionais. A este nível, só
um recinto da história do futebol português tem um registo melhor: o Estádio
das Antas, onde foram festejados três títulos europeus e um mundial.
Inaugurado em 2003, o sucessor do Estádio das Antas já
assistiu à conquista de 24 títulos: oito Supertaças, nove Campeonatos, quatro
Taças de Portugal, uma Liga Europa, uma Liga dos Campeões e uma Taça
Intercontinental. São muitas e boas as histórias que o Estádio do Dragão já tem
para contar com 16 anos de vida. Por isso, há números e registos que tem de
conhecer.
Ao sentar-se por 89 vezes no banco do FC Porto, Jesualdo
Ferreira é o treinador com mais jogos no Estádio do Dragão. Sérgio Conceição, o
atual treinador portista, soma 62 jogos e segue na segunda posição. No primeiro
lugar da lista de jogadores com mais jogos continua Helton: com a camisola do
FC Porto, o guarda-redes brasileiro defendeu as balizas do Estádio do Dragão em
159 ocasiões. No que diz respeito ao ataque, Jackson Martínez é o mais
concretizador de sempre, com 49 golos marcados no recinto portista.
No capítulo das assistências, Ricardo Quaresma continua a
liderar, com 37, mas Alex Telles é uma ameaça real ao antigo extremo portista,
pois já contabiliza 33 passes para golo no Estádio do Dragão. Por falar em
golos, o primeiro de sempre do recinto foi apontado por Derlei, no jogo de
inauguração frente ao Barcelona que marcou a estreia de um tal de Lionel Messi
na equipa principal dos catalães. Ainda assim, o primeiro golo em jogos
oficiais foi assinado por Maniche, 83 dias depois da inauguração.
A 15 de agosto de 2014, Rúben Neves tornou-se o jogador mais
jovem a marcar no Estádio do Dragão, ao abrir caminho a uma vitória sobre o
Marítimo (2-0). Na altura, o médio que agora joga no Wolves, de Inglaterra,
tinha 17 anos, cinco meses e dois dias, mas esse recorde foi batido esta época
por Fábio Silva, autor do último golo no triunfo sobre o Famalicão (3-0). Com
17 anos, três meses e oito dias, Fábio Silva tornou-se assim o jogador mais
jovem a marcar no Estádio do Dragão.
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