Esta quinta-feira, 21 de novembro, no dia em que à noite se
realizava a Gala da entrega dos Dragões de Ouro, durante o mesmo dia faleceu um Portista de ouro, o jornalista António Tavares-Teles.
Transmontano radicado primeiramente em Lisboa, por via de
sua profissão, sendo que na capital política e sócio-informativa do país gira
tudo e mais alguma coisa, mostrou-se sempre bom Portista e nortenho, sem
renegar raízes nem sentimentos; enquanto depois ficou a viver no Algarve, onde se
estabeleceu com uma galeria de arte.
A nível clubístico, entre a massa da família portista, ficou
conhecido como autor da letra do novo Hino que nos inícios da presidência de Pinto
da Costa chegou a ser assim considerado, na ideia de incluir a palavra Dragão
no hino portista. Com letra forte, à Porto de finais do século XX. Porém essa
canção de teor heroico não chegou a vingar como tal, por um lado por o autor da
respetiva música ser um conhecido benfiquista (Tó Zé Brito, agente musical e cantor residente em Lisboa, embora portuense,
mas afeto ao clube do sistema reinol da nação centralista) e por outro, mais
importante, por estar bem arreigado nos hábitos portistas o histórico hino,
cantado pela nossa Maria Amélia Canossa.
Também Tavares Teles se tornou algo familiar no conhecimento do meio azul e branco por crónicas que escreveu nalgumas publicações de teor dragoniano, como na
revista Dragões; e por ter sido incluído em alguns debates púbicos entre gente portista.
Ora, ainda durante o mesmo dia chegou ao público a notícia: Morreu
António Tavares-Teles.
O infausto acontecimento teve difusão então através da
comunicação social, de modo mais genérico sobre sua faceta jornalística e de figura
pública dos meios sociais.
«Morreu António Tavares-Teles, jornalista do célebre 'O
Pato' do jornal 'O Jogo', que escreveu, durante anos, a célebre
coluna 'O Pato' do jornal 'O Jogo'. Tinha 77 anos. A notícia da morte do
jornalista foi avançada pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Tavares-Teles
foi igualmente autor de textos que serviram o humorista 'Estebes', personagem
celebrizada por Herman José e, em 2005, ficou célebre uma indemnização de um
euro que Luís Filipe Vieira lhe teve de pagar após decisão dos tribunais.»
«António Tavares Teles era jornalista, tendo-se dedicado
sobretudo à área do desporto - foi colaborador n´A Bola e n' O JOGO - e era igualmente
autor de livros e de programas de televisão. O jornalista e escritor António
Tavares Teles, de 77 anos, morreu no Algarve, segundo a Sociedade Portuguesa de
Autores, que enviou uma nota a expressar pesar pelo falecimento.»
«Natural do Pinhão, no Alto Douro, António Tavares Teles
faleceu no Algarve, onde tinha uma galeria de arte. Opositor à ditadura nos
tempos do Estado Novo, saiu de Portugal e soube da notícia da
revolução de 25 de Abril de 1974 quando estava em Bruxelas. Como jornalista,
destacou-se na área do desporto e trabalhou em vários órgãos de comunicação
social, desde jornais, à rádio TSF e televisão. Também escreveu textos para o
humorista Herman José, nomeadamente para a personagem "Estebes", um
comentador de futebol com pronúncia do Norte. Publicou vários livros, um dos
quais sobre o antigo presidente do Sporting Filipe Soares Franco. "Tavares
Teles viveu as lutas e inquietações do seu tempo de uma forma
inconfundível", refere a Sociedade Portuguesa de Autores, lamentando a
perda "de uma personalidade invulgar".»
- Curvamo-nos diante de sua memória, lembrando sempre a forma
decidida e veemente como defendia ser Portista.
Paz à sua alma
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ANTÓNIO TAVARES-TELES Grande dragão e transmontano que nunca se vergou ao centralismo e lutador pelos seus ideais. O jornalismo Português perdeu uma figura incontornável e lutador da verdade , que sempre defendeu. Que descanse em paz.
ResponderEliminarParabéns por conhecer e saber transmitiir História do F. C. do Porto. Pouca gente se deve lembrar mas esse hino foi mesmo a tentar substituir o original, só que não deu, entrou no ouvido dos portistas como canção mas não hino. E não foi associada à conquista do campeonato de 1985 como alguem escreveu, mas hino que era sim para incluir a palavra Dragão no mesmo. Porém sem necessidade, porque a palavra já vinha de trás e lembro-me duma ideia que o amigo srº Armando Pinto deu no jornal O Porto pelos idos de 1975, mais ou menos.
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