A 23 de junho de 1990, na véspera da festa maior portuense e à chegada da noite de São João,
o FC Porto conquistava pela segunda vez a Taça dos Campeões Europeus de hóquei em
patins. Era então a equipa portista treinada por José Fernandes, à frente dum lote de hoquistas que derrotou o Noia na final
europeia, alinhando com: Franklim Pais, António Alves, Carlos Realista, Vítor Hugo, Tó Neves, Vítor
Bruno e Diego Allende. Depois de terem ganho por 6-0 na primeira mão, jogada no antigo Gimnodesportivo das Antas-Pavilhão Américo Sá, os Dragões foram à Catalunha erguer o troféu com mais
uma vitória, dessa vez por 5-2. Fazendo com que para o mundo portista fosse ainda mais um grande São João.
Ainda não havia passado muitos anos da primeira Taça dos Campeões Europeus de hóquei ganha pelo FC Porto. Essa no tempo em que Cristiano, o maior símbolo do hóquei portista, era treinador da equipa. Por sinal a primeira grande vitória final numa prova internacional de todas as modalidades do clube, a anteceder por um ano a primeira do futebol. E então outra veio juntar-se ao rol histórico, mais tarde acrescido de divers mais, em futebol e bilhar.
Assim, enquanto na cidade do Porto se ouviam toques de martelinhos ao início da noitada sanjoanina de 1990, em Espanha os hoquistas do FC Porto nessa bela noite de 23 de junho festejavam a conquista de mais uma Taça dos Campeões Europeus. Pois então, em plena noite dos festejos de São João do Porto, o FC Porto foi a casa do detentor do título europeu da época anterior, o Noia de Barcelona, com a vantagem de seis golos, obtidos no sábado anterior no pavilhão das Antas. E sem fazer a coisa por menos, em Espanha voltou a equipa portista a vencer por números esclarecedores, saindo os hoquistas azuis e brancos vitoriosos desse encontro da 2ª mão da final com triunfo por 5-2.
De tal importante vitória registou ao tempo o jornal O Jogo a respetiva ficha e curta nota de reportagem, que se reproduz.
Enquanto isso, a revista Dragões difundiu uma reportagem abrangente a diversos aspetos da eliminatória e correspondente deslocação.
(Nessa noite de festa da cidade, curiosamente, em que anos antes se dera um importante ato no mundo do futebol com repercussão na vida do clube, acontecia assim nova coisa boa, passados anos, desta vez no hóquei. Embora a de antes só fosse conhecida tempos depois e não na noite correspondente; pois pela noitinha de 23 de Junho de 1976 um diferente balão era aceso em noite de São João na casa do então Chefe do Departamento de Futebol, Jorge Nuno Pinto da Costa. Tendo ali sido assinado o acordo para o regresso de Pedroto ao FC Porto.)
Depois da vitória hoquística assim brilhantemente conquistada, regressados os homens do hóquei portista à Invicta, foram recebidos apoteoticamente em cerimónia condizente nos Paços do Concelho. De cuja homenagem na Câmara Municipal do Porto também deu conta à posteridade a revista oficial do clube.
Obtida assim nova vitória na mais importante prova europeia, repetindo o feito de 1985/1986, o treinador José Fernandes, da segunda Taça dos Campeões Europeus do FC Porto, dava continuidade ao anterior treinador campeão europeu, Cristiano. Então, na continuidade de tão importante conquista, na mesma revista do FC Porto era dada a palavra ao Zé Fernandes, publicada que foi uma sugestiva entrevista ao longo de mais algumas páginas, numa reportagem terminada com alusiva menção de posterior homenagem da firma que à época patrocinava o hóquei portista.
Na passagem da efeméride dessa trunfante jornada europeia, sabe bem recordar um feito assim importante, como foi a conquista da 2ª Taça dos Campeões Europeus da história do hóquei em patins do FC Porto.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Sem comentários:
Enviar um comentário