Desde meados da década dos anos cinquenta, a “clássica”
Porto-Lisboa, importantíssima prova de ciclismo português, passou a disputar-se
no dia 10 de Junho, ligando no Dia de Portugal as duas mais importantes cidades
do país. Tornando-se ainda mais icónica essa longa ligação de bicicleta num só
dia, a partir de então, sendo que anos antes a mesma corrida fora disputada em
diferentes dias do calendário.
Ora, essa clássica prova de ciclismo, disputada entre as
duas principais cidades portuguesas, Porto e Lisboa, num total de 330 km e com
duração de entre 8 a 9 horas (com a evolução dos tempos, visto inicialmente
haver chegado a durar cerca de 17 horas nas primeiras edições e depois 10 ainda pelos anos 40), foi mesmo de grande
relevância, perante as características próprias, decorrida como era sem interrupção,
a pontos de ter chegado a ser considerada a segunda corrida clássica mais longa
do mundo, após a Bordeaux-Paris (de 560 km). Tendo sido durante muitos anos uma
das corridas mais importantes do ciclismo português, até que terminou em 2004.
Do extenso rol de edições desse famoso Porto-Lisboa, fazem
parte naturalmente vitórias de ciclistas do FC Porto, antes e depois da realização
a 10 de junho, cujos nomes foram inscritos na honrosa lista respetiva:
Em 1949 - Fernando Moreira; 1951 - Amândio Cardoso; 1952 e
1953 - Luciano Moreira de Sá; 1957 -
Sousa Santos; 1958 - Carlos Carvalho; 1959 - Mário Sá; 1960 - Pedro Polainas; 1961
- Azevedo Maia; 1965 - José Pacheco; 1966 - Joaquim Leão; 1970 - Joaquim Leite; 1981
- José Amaro; 1982 e 1984 - Alexandre Ruas.
(Tendo continuado a prova nos anos seguintes em que o FC Porto
deixou de ter equipa de ciclismo profissional, de permeio com passagem ainda
por formato diferente de disputa durante mais que um dia, até que acabou
extinta ainda antes do regresso do FC Porto ao ciclismo.)
Dessas vitórias, recordamos agora duas. Ou seja, como em
anos anteriores neste cantinho particular de memória portista já relembramos algumas
de modo singular, desta feita em vez de apenas uma, de cada vez, juntamos aqui
mais e por junto, as duas das quais temos em arquivo pessoal documentação alusiva:
No primeiro caso reportando a 1958. Em que da vitória de Carlos Carvalho deitamos olhos e mãos ao que foi e está publicado na revista Sport Ilustrado, em seu número de 24 de junho de 1958.
Quanto ao segundo caso, serve a preceito o que ficou registado em arquivo particular, aqui do autor deste blogue. Pois, passados anos, e após alguns de espera, eis que em 1970 e de forma eloquente, Joaquim Leite triunfou categoricamente em Lisboa. Algo que mereceu registo próprio.
Armando Pinto
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