Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Efeméride de vitórias portistas na “Clássica Porto-Lisboa” de marca histórica do Ciclismo

 

Desde meados da década dos anos cinquenta, a “clássica” Porto-Lisboa, importantíssima prova de ciclismo português, passou a disputar-se no dia 10 de Junho, ligando no Dia de Portugal as duas mais importantes cidades do país. Tornando-se ainda mais icónica essa longa ligação de bicicleta num só dia, a partir de então, sendo que anos antes a mesma corrida fora disputada em diferentes dias do calendário. 

Ora, essa clássica prova de ciclismo, disputada entre as duas principais cidades portuguesas, Porto e Lisboa, num total de 330 km e com duração de entre 8 a 9 horas (com a evolução dos tempos, visto inicialmente haver chegado a durar cerca de 17 horas nas primeiras edições e depois 10 ainda pelos anos 40), foi mesmo de grande relevância, perante as características próprias, decorrida como era sem interrupção, a pontos de ter chegado a ser considerada a segunda corrida clássica mais longa do mundo, após a Bordeaux-Paris (de 560 km). Tendo sido durante muitos anos uma das corridas mais importantes do ciclismo português, até que terminou em 2004.


Do extenso rol de edições desse famoso Porto-Lisboa, fazem parte naturalmente vitórias de ciclistas do FC Porto, antes e depois da realização a 10 de junho, cujos nomes foram inscritos na honrosa lista respetiva:

Em 1949 - Fernando Moreira; 1951 - Amândio Cardoso; 1952 e 1953  - Luciano Moreira de Sá; 1957 - Sousa Santos; 1958 - Carlos Carvalho; 1959 - Mário Sá; 1960 - Pedro Polainas; 1961 - Azevedo Maia; 1965 - José Pacheco; 1966 - Joaquim Leão; 1970 - Joaquim Leite; 1981 - José Amaro; 1982 e 1984 - Alexandre Ruas.

(Tendo continuado a prova nos anos seguintes em que o FC Porto deixou de ter equipa de ciclismo profissional, de permeio com passagem ainda por formato diferente de disputa durante mais que um dia, até que acabou extinta ainda antes do regresso do FC Porto ao ciclismo.)

Dessas vitórias, recordamos agora duas. Ou seja, como em anos anteriores neste cantinho particular de memória portista já relembramos algumas de modo singular, desta feita em vez de apenas uma, de cada vez, juntamos aqui mais e por junto, as duas das quais temos em arquivo pessoal documentação alusiva:

No primeiro caso reportando a 1958. Em que da vitória de Carlos Carvalho deitamos olhos e mãos ao que foi e está publicado na revista Sport Ilustrado, em seu número de 24 de junho de 1958.



Quanto ao segundo caso, serve a preceito o que ficou registado em arquivo particular, aqui do autor deste blogue. Pois, passados anos, e após alguns de espera, eis que em 1970 e de forma eloquente, Joaquim Leite triunfou categoricamente em Lisboa. Algo que mereceu registo próprio. 


Com efeito, desse inesquecível dia, em que de ouvido colado ao rádio transistor cá o autor destas linhas ouviu alvoroçado o relato da chegada e sentiu uma grande alegria com essa vitória, foi guardado no arquivo pessoal uma devida memorização, que agora aqui se recorda. Ainda sentindo o júbilo que aí Joaquim Leite dera ao então jovem portista… que guardou essa alegria, entre outras, nos arcanos da memória portista – conforme se dá para ler de recorte da crónica que à época foi publicada no jornal O Porto.


Armando Pinto

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