Porque por vezes as memórias se vão diluindo, conforme
interesses e conveniências, mas também por outros aspetos, inclusive por a vida passar depressa como o tempo até enganar, e porque atualmente
está a ser passada uma esponja, tipo apagador de quadro escolar, sobre diversas
matérias da história já do século XXI em Portugal, há que avivar memórias e
fazer valer sentimentos, quão se costuma dizer de quem se sente ou não.
Deixando claro desde já, também, que o que aqui move esta
lembrança não é qualquer posicionamento de foro político. Nem coisa que se
pareça. Eu (expondo na primeira pessoa, para ser direto) apenas tenho na ideia deste
escrito o FC Porto. Aliás o meu partido é tão só o FC Porto. Mesmo porque do
panorama partidário nenhuma fação me atrai atualmente, nem vou em conversas de
engalhar meninos. Não esqueço que de uns lados e doutros estão os que fizeram
tropelias do arco-da-velha. Uns extinguiram freguesias para manter correlegionários nos cargos
políticos que iam perder direito de se manterem em seus lugares já com teias; e
por isso inventaram a aberração das malfadadas uniões de freguesias que
acabaram com história e afeições de longos séculos… incluindo terem tirado serviços públicos até a vilas do interior do país... outros têm favorecido o clube
do regime até ao ponto de apressarem reuniões da Assembleia da República para
irem à bola talvez antes que a luz volte a apagar… outros tiraram direitos de
pensões que estavam nos contratos de trabalho… enquanto todos eles fizeram com
que a vida dos cidadãos tivesse regredido anos-luz… e tudo o mais que todos
sentem, pelo menos quem se sente.
Pois então, e apenas para avivar memórias, eis algumas
páginas a relembrar o caso que fez parar muito tempo as obras de construção do
estádio do Dragão.
Repete-se, frisando com veemência, que o autor deste blogue
não está comprometido com nada nem ninguém. Pois quanto a política olho sempre aos
interesses da minha vida, da minha terra e do meu clube, essencialmente. E quanto ao portismo, quando mexem com o meu FC Porto, quer seja algo ou alguém de
dentro ou de fora; - alto lá…!
Ora, no caso das Antas-Dragão, no fim acabou por prevalecer
o bom senso, graças a intervenções decisivas de Américo Amorim, cabeça do Grupo
empresarial Amorim, do Presidente da Republica Jorge Sampaio, do ministro José
Luís Arnaut, do então presidente da UEFA Lennart Johansson, do ao tempo
Governador Civil do Porto Manuel Moreira, etc. Mas mesmo assim o projeto inicial
foi parcialmente alterado, bastando comparar o que estava inicialmente
delineado, conforme se pode ver pela capa da revista dragões de Março de 2001,
e o que foi depois possível edificar.
Atente-se no que ficou registado na revista Dragões de Fevereiro
de 2002 (então ainda os meses se escreviam com a primeira letra maiúscula):
Porque a memória existe e prevalece!
Armando Pinto
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