Há muito que o autor deste blogue, apenas por paixão clubista e pela valorização pessoal do que tem valor, se dedica à preservação memorial, qual ciência particular de afeto, por tudo o que documente memórias, honras e glórias da Vida do F. C. Porto. Sem tréguas ao espírito de interesse e acompanhamento. Até que chegou um tempo proporcionador de alguma difusão, através deste cantinho informático, no sentido de ajudar a ampliar a mística Portista por tudo quanto seja sítio possível.
Assim sendo, ocasiões há, também, propícias a um cuidado mais atento, sempre que vem a talhe de foice um aumento de interesse por determinado motivo. Tal qual os casos dos jogos entre clubes chamados grandes, por ocasião de embates do F .C. Porto com outros adversários mais diretos e rivais históricos. Neste pé, a propósito do embate de domingo no Dragão, chega uma dessas alturas, em que podemos consumir algumas razões documentais, em vista a avivar alguma da exuberância da nossa História, do encantamento da expansiva memória do F. C. Porto.

Pois aí está mais um F C Porto - Sporting. Jogo que surge após a saborosa vitória do F. C. Porto sobre o milionário parisiense PSG, a contar para a Liga dos Campeões Europeus, enquanto o Sporting foi copiosamente vergado, num concludente 3-0 (!) para a Liga Europa, por uma modesta equipa de nome Videoton (clube húngaro que participa este ano pela 1ª vez em provas europeias). Contudo isto não quer dizer muito mais que isso, na diferença das situações, até porque dias antes, não se pode esquecer, o F. C. Porto não fez um bom resultado no Rio Ave, em Vila do Conde; além de que não se pode entrar em euforias, nem fazer análises baratas. Devendo, contudo, haver atenção para evitar qualquer possibilidade de surpresa, apesar do mau momento da equipa de Alvalade (...cautelas e caldos de galinhas nunca fizeram mal a ninguém...), contando com a nomeação dum árbitro tão anti-Porto como é Jorge Sousa. Embora seja de confiar que se a equipa do F. C. Porto fizer um jogo de nível, com humildade, vontade, determinação e confiança, à medida do que já fez nos desafios melhor sucedidos, consiga suplantar tudo e a vitória seja mesmo o resultado mais compatível com o valor atual dos oponentes em causa.
Visto isso, para conservar e recuperar o que tem sido apanágio dos bons momentos do F. C. Porto, porque faz bem ao coração sempre que o F. C. Porto ganha, vamos aqui procurar dilatar mais a fé através dalgumas prescrições de boa memória, na trajetória dos jogos entre Porto e Sporting. Na disputa histórica com esse clube tradicional das riscas verdes, que noutros tempos, especialmente durante o antigo regime político, era o segundo clube mais favorecido pelo sistema e cujo carácter tinha prosápias de fidalguia baronil.
Na medida do percurso entretanto evoluído, trazemos à memória dois exemplos que calham bem a preceito. Dois jogos, realizados no antigo Estádio das Antas e concluídos também pela chapa três. Entre diversos casos de ocorrências similares, antes e depois. Só que agora contamos estes, das ocorrências que também vivemos naquelas épocas de 1976/77 e 1977/78 - o período em apreço.

Pois foi! Duas vitórias, pelo mesmo resultado de 3-0, em dois anos consecutivos (metendo-se pelo meio uma outra vitória para o Campeonato de 1976/77, também, essa por 4-1). Então, tal aconteceu num período de grande fulgor, em que o F. C. Porto se superiorizou concludentemente ao rival listado de zebra, sem dar hipóteses; e, qual domador de leões, chicoteou sem apelo nem agravo o antagonista verde: Para a Taça de Portugal de 1976/77, numa época, e na seguinte já para o Campeonato de 1977/78. Sempre a golear, em ambos os casos por três golos sem resposta.
Pela curiosidade da coincidência e pertinência, deixamos aqui lembranças dessas duas grandes vitórias. Através de páginas ilustrativas dos referidos triunfos dos homens do F. C. Porto.
Disso mesmo, começamos por dar largas à memoração do 3-0 de 1976/77:
...E, por fim, uma recordação viva sobre a continuidade de 1977/78, para o Campeonato que trouxe de volta o título nacional para o F. C. Porto, no começo da grande campanha iniciada com Pinto da Costa e Pedroto:
© Armando Pinto
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