Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

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sábado, 11 de maio de 2013

F C Porto em Primeiro…!

 

Mais uma para a História: Vitória por 2-1 sobre o Benfica, ao cair do pano de tantas cenas deste “clássico” disputado no Dragão. 

Voltamos assim ao nosso lugar, ao 1º lugar, o lugar cimeiro onde merecemos estar, alcançado que foi o topo da classificação da Liga / Campeonato Nacional pelo F C Porto, o nosso Porto. Após um disputado jogo em que vencemos os rivais da luz apagada, os tais que não conseguem vencer em nossa casa em momentos decisivos, ao invés da “desfeita” que já lhes pregarmos de ser Campeões na Luz. É que no Dragão só o Porto é Campeão! 

Para cúmulo e excelsa alegria, o nosso segundo golo e golo da vitória foi mesmo ao acabar o jogo, depois dos tipos adversários terem passado a maior parte do prélio a tentarem fazer perder tempo, com anti-jogo com que pensavam poder alcançar um resultado satisfatório para eles. Tão de rastos como os encarnados estavam, quão sem pernas e valor evoluíam, procurando agarrar-se como tábua de salvação às ajudas do árbitro na permissão destrutiva. Mas felizmente houve justiça e Kelvin, o nosso jovem reguila, fez feliz o Mundo Portista, todo o universo azul… enquanto os fanfarrões derrotados ficaram destroçados, à imagem do seu técnico.

   

Sobre o jogo muito se dirá e vai escrever, reservando nós, por isso, aqui este espaço para registar mais um dia histórico, escrito a letras de ouro na história gloriosa do grandioso F C Porto. Porque nós ocupamos o lugar que temos reservado…! 

Hoje vai saber melhor adormecer, com isto... que é como ter meu neto abraçado a mim, ou ouvir as vozes de minha esposa e filha felizes, comigo; e o meu filho, como eu, comedido exteriormente e lá por dentro aos pulos... E amanhã, este Domingo, se Deus quiser, vai ser com um acordar feliz - num daqueles dias que gostamos de sentir, contentes e orgulhosos por sermos Portistas. 

Agora, ainda mais dependemos só de nós, quando falta só um jogo para sermos Campeões: Vamos a isso. E para já, entretanto, rejubilemos, que bem merecemos!!! 

Armando Pinto

sábado, 24 de novembro de 2012

Jogos Braga – F. C. Porto de Memórias mil…


Num fim de semana à imagem do tempo transitivo de outono/inverno, domina as atenções o embate que o F. C. Porto disputa em Braga, no ainda novo estádio bracarense popularmente tido por pedreira. Num semblante que nos faz recordar tempos de criança, há muitíssimos anos, quando ainda pouco entendíamos mas já sabíamos gostar do Porto. 

Corriam tempos da infância do autor, numa tarde domingueira de aspeto cinzento. Então, segundo recordo, apenas já me sentia de alguma forma Portista, mas não sabia ainda os nomes da maioria dos jogadores, aliás nem quais eram eles na totalidade, os que envergavam a camisola azul e branca. Tinha na cabeça os que via nos “macacos” da bola, como por aqui pela Longra chamavam aos populares cromos de coleção, figuras em pequenos papeis que vinham a embrulhar rebuçados baratos, dos que meus irmãos mais velhos e seus amigos juntavam e colecionavam em cadernetas. Tendo, daí, ficado na cabeça um jogo que se disputava em Braga, nessa tarde escura, porque, estando eu a brincar nas proximidades de casa com alguns amigos vizinhos e havendo alguém ali por perto a ouvir o relato do futebol, se ia sabendo que o Porto estava sem conseguir ultrapassar um teimoso empate. Então, contra o costume, em que eu normalmente brincava descontraído, dessa vez não me senti muito bem e dei comigo meio tristonho e sem vontade de continuar a brincar. 


Nas conversas dos mais velhos, por esses tempos, ainda andavam no ar resquícios do campeonato que o F. C. Porto ganhara antes, em 1958/59, coisa de que eu não tinha nem fazia ideia, mas me parecia ter sido há uma infinidade de tempo, na pouca idade entretanto vivida. Ouvindo por isso nomes duns Hernâni, Pedroto, Monteiro da Costa, Teixeira, Arcanjo, etc. mas nem sabia se eram altos ou baixos, brancos ou morenos, até porque nos que apareciam nos jornais, por vezes, via tudo a preto e branco. Por isso, naquela tarde enfadonha, já pelo ano de 1960, fiquei a saber que no Porto havia um tal Humaitá e outros que tais, que não deviam ter pés muito direitos - às bolas que não acertavam na baliza dos outros… 

E foram surgindo e desaparecendo jogadores, muitos deles de fugaz passagem pelo clube, a modos de nem terem chegado a aquecer o lugar na história. Resultando disso que, passados anos, logo que começamos a ter noção de tudo, já não conseguimos ficar com imagens de muitos deles, resultando que só anos mais tarde se nos foram deparando, no interesse memorial clubista. Tal o caso de uma equipa desse tempo que aqui juntamos (graças a cedência do amigo Abílio Faria, o cantor Monte Cristo), a servir de ilustração.

= …Uma formação de 1959/1960, incluindo (desde a esquerda, a partir de cima): Pedroto, Américo, Janko Daucík, Miguel Arcanjo, Paula e Monteiro da Costa; na fila de baixo: Rico, Montaño, António Teixeira, Fernando Perdigão e Humaitá. =

Mas, apesar disso, não fiquei a ver Braga por um canudo. Não simpatizava muito com aquela terra, é verdade, por ter sabido (numa excursão da “doutrina”, em que o Padre João de Rande nos levara, aos moços da catequese, até ao Sameiro e Bom Jesus) que, embora sendo das redondezas, aqui do Norte, por lá havia muitos simpatizantes daquela equipa “armante” (como dizíamos, de ser de gajos que se armavam em finos…), do Benfica de Lisboa; talvez pela parecença das camisolas vermelhas, mas também por certo gosto parolo, como se dizia também.

E no campeonato da época seguinte, como me recordo bem e soube melhor, estava à mesma a jogar uma partida de bola com outros amigos (daqueles jogos de mudar aos três e acabar aos seis, que podiam durar até às tantas), quando por um rádio se ia ouvindo a algazarra dum relato radiofónico, doutro jogo que o Porto disputava em Braga. Mas aí, então, tudo correu bem, e, sabendo que os golos foram aparecendo, houve boa disposição. - Pudera… O Porto foi lá e espetou quatro secos, para eles verem como era…!

= Equipa do tempo de Ívan, já por 1961 dentro. Contendo (a partir da esquerda, e desde cima) Américo, Arcanjo, Paula, Ívan, Barbosa e Virgílio; (em baixo) Jaime, Pinto, Azumir, Hernâni e Serafim.= 

Nesse jogo ouvi o nome de um outro apelido engraçado, um tal Ívan, não o terrível mas o do Porto, simplesmente, que passara a jogar com o Hernâni, Virgílio, o Carlos Duarte, Perdigão, e demais. Nome que, volvidos tempos, já em 1961, foi um dos que me deu uma grande alegria, entre outras, quando integrou a equipa que venceu em Alvalade o Sporting, com um golo de Azumir - por ter tirado o pio aos lagartos que andavam pela nossa escola…

Dessa equipa guardamos uma foto, tirada duma carteira de bolso (como ao tempo havia, daquelas carteiras de plástico com capa de bolsa transparente, onde estava uma gravura da equipa, dum monumento ou duma terra, assim como também duma “gaja”, conforme se quisesse). Cuja gravura mantivemos pelos anos fora e presentemente temos emoldurada, junto com outras relíquias.


Depois disso, naturalmente, sucederam-se outros bons desempenhos e muitos grandes jogos nas idas do F. C. Porto até à cidade dos arcebispos, ao chamado estádio 28 de Maio (e por fim rebatizado por 1º de Maio). Num curso que teve grandes tardes nos embates de avançados como Pinto, Naftal, Manuel António, Nóbrega e outros, diante do guarda-redes Armando que ficou célebre na guarda das balizas arsenalistas, onde ajudou mesmo a conquistar (numa final com o Setúbal) a única taça a nível nacional que o clube minhoto possui.


Não esquece, nem pode olvidar-se, ainda, que foi em Braga que o F. C. Porto teve um embate que decisivamente deu mais confiança para o título nacional alcançado, ao fim de 19 anos de espera, em 1977/78, com uma inesquecível reviravolta, quando já escasseavam as esperanças e parecia ir manter-se a sina… através de golos de Oliveira e Gomes, com que foi suplantada a vantagem inicial dos vermelhos bracarenses. Estava-se no virar da 1ª para a 2ª volta desse campeonato...


E que jogo… ?!! Lá vibramos, durante tal jornada, nas bancadas de pedra do estádio helénico do Minho, com esse triunfo empolgante, surgido quase no fim.

A partir dali tudo já era possível, afinal… como foi. E a realidade suplantou até os sonhos de menino. Desde então, com efeito, o Porto passou a ganhar muito mais e melhor!


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 Armando Pinto

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mais Recordações: Na Calha do "Clássico" F. C. Porto - Sporting…


Há muito que o autor deste blogue, apenas por paixão clubista e pela valorização pessoal do que tem valor, se dedica à preservação memorial, qual ciência particular de afeto, por tudo o que documente memórias, honras e glórias da Vida do F. C. Porto. Sem tréguas ao espírito de interesse e acompanhamento. Até que chegou um tempo proporcionador de alguma difusão, através deste cantinho informático, no sentido de ajudar a ampliar a mística Portista por tudo quanto seja sítio possível. 

Assim sendo, ocasiões há, também, propícias a um cuidado mais atento, sempre que vem a talhe de foice um aumento de interesse por determinado motivo. Tal qual os casos dos jogos entre clubes chamados grandes, por ocasião de embates do F .C. Porto com outros adversários mais diretos e rivais históricos. Neste pé, a propósito do embate de domingo no Dragão, chega uma dessas alturas, em que podemos consumir algumas razões documentais, em vista a avivar alguma da exuberância da nossa História, do encantamento da expansiva memória do F. C. Porto.


Pois aí está mais um F C Porto - Sporting. Jogo que surge após a saborosa vitória do F. C. Porto sobre o milionário parisiense PSG, a contar para a Liga dos Campeões Europeus, enquanto o Sporting foi copiosamente vergado, num concludente 3-0 (!) para a Liga Europa, por uma modesta equipa de nome Videoton (clube húngaro que participa este ano pela 1ª vez em provas europeias). Contudo isto não quer dizer muito mais que isso, na diferença das situações, até porque dias antes, não se pode esquecer, o F. C. Porto não fez um bom resultado no Rio Ave, em Vila do Conde; além de que não se pode entrar em euforias, nem fazer análises baratas. Devendo, contudo, haver atenção para evitar qualquer possibilidade de surpresa, apesar do mau momento da equipa de Alvalade (...cautelas e caldos de galinhas nunca fizeram mal a ninguém...), contando com a nomeação dum árbitro tão anti-Porto como é Jorge Sousa. Embora seja de confiar que se a equipa do F. C. Porto fizer um jogo de nível, com humildade, vontade, determinação e confiança, à medida do que já fez nos desafios melhor sucedidos, consiga suplantar tudo e a vitória seja mesmo o resultado mais compatível com o valor atual dos oponentes em causa. 

Visto isso, para conservar e recuperar o que tem sido apanágio dos bons momentos do F. C. Porto, porque faz bem ao coração sempre que o F. C. Porto ganha, vamos aqui procurar dilatar mais a fé através dalgumas prescrições de boa memória, na trajetória dos jogos entre Porto e Sporting. Na disputa histórica com esse clube tradicional das riscas verdes, que noutros tempos, especialmente durante o antigo regime político, era o segundo clube mais favorecido pelo sistema e cujo carácter tinha prosápias de fidalguia baronil.

Na medida do percurso entretanto evoluído, trazemos à memória dois exemplos que calham bem a preceito. Dois jogos, realizados no antigo Estádio das Antas e concluídos também pela chapa três. Entre diversos casos de ocorrências similares, antes e depois. Só que agora contamos estes, das ocorrências que também vivemos naquelas épocas de 1976/77 e 1977/78 - o período em apreço.     


Pois foi! Duas vitórias, pelo mesmo resultado de 3-0, em dois anos consecutivos (metendo-se pelo meio uma outra vitória para o Campeonato de 1976/77, também, essa por 4-1). Então, tal aconteceu num período de grande fulgor, em que o F. C. Porto se superiorizou concludentemente ao rival listado de zebra, sem dar hipóteses; e, qual domador de leões, chicoteou sem apelo nem agravo o antagonista verde: Para a Taça de Portugal de 1976/77, numa época, e na seguinte já para o Campeonato de 1977/78. Sempre a golear, em ambos os casos por três golos sem resposta. 

Pela curiosidade da coincidência e pertinência, deixamos aqui lembranças dessas duas grandes vitórias. Através de páginas ilustrativas dos referidos triunfos dos homens do F. C. Porto. 

Disso mesmo, começamos por dar largas à memoração do 3-0 de 1976/77:



...E, por fim, uma recordação viva sobre a continuidade de 1977/78, para o Campeonato que trouxe de volta o título nacional para o F. C. Porto, no começo da grande campanha iniciada com Pinto da Costa e Pedroto:


© Armando Pinto 
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